Religião

Interesses estranhos
Ciência, História, Religião
Interesses estranhos
21 de dezembro de 2022 at 15:02 0
Tenho interesses que eu mesmo acho estranhos. Pesquisei muita coisa sobre o Império Wari, que veio antes dos incas no Peru. Li quase tudo na internet que consegui sobre São Luís de Tolosa, um santo medieval obscuro. Tenho também particular interesse na vida de outro santo esquecido, São Lourenço de Brindisi (1559-1619). Atualmente tenho pesquisado os poucos vídeos no YouTube que consegui sobre a fauna do Período Permiano, cujos animais dominantes – quase todos destruídos no evento cataclísmico hoje chamado de A Grande Morte – eram muito mais parecidos com os mamíferos de hoje do que os dinossauros, que surgiram milhões de anos depois. Foi tema de um texto no meu “Rua Paraíba” as micronações, “países” inventados por alguns sujeitos estranhos. Já pesquisei até sobre um obscuro e excêntrico candidato a presidente nas eleições presidenciais de 1989, Antônio Pedreira, do PPB (Partido do Povo Brasileiro). Claro, tenho interesses mais “normais”, como o Império Romano, música clássica, filmes noir e os horrores do período nazista, mas não é esse o assunto aqui. Meus novos interesses esquisitos – bem, não sei se tão esquisitos assim – são o Jesus Histórico e os etruscos. Vamos lá. Como já comentei aqui, sou fascinado pela seguinte questão:
“o que será que os antigos romanos, com seus deuses imponentes e grandiosos, achavam de um pessoal - muitos compatriotas entre eles, inclusive - que achava que Deus era um pobre judeu que teve a morte mais humilhante possível, na cruz? Deviam achar estranho, no mínimo. Eu acho que também acharia.”
Para dar uma ideia da coisa, a figura que acompanha este texto, obtida aqui, é um desenho esquemático do Grafite de Alexamenos (também conhecido como grafite blasfemo) que, segundo a Wikipédia,
“é um grafite da Roma Antiga gravado em gesso sobre uma parede nas proximidades do Palatino, em Roma, hoje encontrado no Museu Antiquário do Palatino. É uma das primeiras representações gráficas da crucificação de Jesus, junto com algumas gemas encravadas. É difícil datar, mas estima-se que tenha sido feito por volta de 200. A imagem parece mostrar um jovem adorando uma figura crucificada e com cabeça de burro. A inscrição grega traduz-se aproximadamente como 'Alexamenos adora [o seu] deus', indicando que o grafite aparentemente foi feito para satirizar um cristão chamado Alexamenos.”
As pesquisas sobre o chamado Jesus Histórico tentam desvendar essas e outras questões, utilizando métodos científicos para descobrir mais sobre o fundador do cristianismo (bem, até essa denominação é discutível, mas essa é outra questão). Existem dois canais no YouTube excelentes sobre esse assunto: o de Jonathan Matthies, mais voltado à divulgação científica, e a do professor da UFRJ Andre Leonardo Chevitarese, um pesquisador de mão cheia. O primeiro livro que li sobre Jesus Histórico é de um livro que eu tinha comprado, coincidentemente, antes de acompanhar o canal do pesquisador da UFRJ: “A descoberta do Jesus histórico”, coletânea organizada pelo próprio Chevitarese e por Gabriele Cornelli (Paulus, 167 páginas, lançado em 2009). São muitos artigos interessantíssimos, e os meus preferidos versam sobre assuntos que correlacionam cristianismo e judaísmo: “Parábolas de Jesus e parábolas talmúdicas", de Edgard Leite Ferreira Neto, “O Cristianismo e os essênios. João Batista e Jesus conheceram os essênios?”, de Isidoro Mazzarolo, e “A oração de Nabônides (4Q242) e o Jesus histórico”, de André Leonardo Chevitarese. Numa live dia desses o professor da UFRJ comentou que logo lançará um livro sobre a visão de outros povos (como os romanos) sobre o cristianismo nos primeiros séculos da nossa era. Não vejo a hora de ler! Finalmente, meu último interesse estranho a ser comentado neste texto é o povo etrusco, que habitava o norte da Itália e que acabou sendo conquistado – e/ou absorvido – pelos romanos alguns poucos séculos antes de Cristo. Muito do que se sabe sobre a cultura e os costumes desse povo é de difícil comprovação, já que sua linguagem ainda não foi totalmente decifrada e que os romanos não fizeram muita questão de preservar os documentos etruscos. Já li o primeiro dos quatro livros sobre o assunto que comprei recentemente na Estante Virtual, “Os Etruscos – uma civilização reencontrada”, de Attilio Gaudio (Edições MM, tradução de Charles Marie Antoine Bouéry, 207 páginas, publicado originalmente em 1969), mas não vou comentar nada sobre ele ainda – pretendo escrever mais sobre esse povo fascinante no futuro.
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“São Luís de Tolosa”, de Léon Chancerel
Religião
“São Luís de Tolosa”, de Léon Chancerel
12 de outubro de 2022 at 18:27 0
Sou fascinado por São Luís de Tolosa, ou São Luís d’Anjou, sobre o qual já escrevi aqui. Numa das minhas muitas procuras na internet sobre o santo, acabei achando na Estante Virtual um livrinho de 109 páginas, publicado pela Editora Vozes em 1958, que prontamente comprei. No livro não há nenhuma indicação de tradutor mas, conforme a Wikipédia francesa, o autor do livro, Léon Chancerel (1886-1965), era um escritor, diretor de teatro e dramaturgo. Uma de suas distinções foi ter recebido a “Ordre de la Francisque”, do regime de Vichy, e seu livro sobre o santo tinha sido publicado originalmente em 1943.  Nobre que queria ser franciscano, São Luís d’Anjou (1274-1297) teve uma vida curta e espantosa: era herdeiro ao trono da Sicília e foi sequestrado durante sete anos na infância e adolescência junto com dois irmãos no lugar de Carlos II, seu pai, que tinha perdido uma batalha naval para os aragoneses. Segundo Léon Chancerel,
“muito intensa até o século XVI, sobretudo em Valença, Nápoles, Marselha, Brignoles e Toulouse e incentivada e mantida, por motivos familiares e políticos, pelos soberanos da França e da Espanha, a devoção a São Luís aos poucos foi abandonada, para quase não mais subsistir hoje, viva, senão entre os Frades Menores.   Na devoção popular há santos privilegiados. São Luís d'Anjou não é destes. Não se lhe atribui nenhuma "especialidade", seja para curar dores de dentes, seja para fazer ganhar causas desesperadas ou reencontrar os objetos perdidos. Nenhuma anedota romanesca, nenhum elemento pinturesco na sua vida, para reter a atenção das multidões. Deste ponto de vista, S. Luis d'Anjou pode ser considerado um santo que "não foi bem sucedido”. Entremeado a um período particularmente complexo da história europeia, são quase inexistentes os documentos de arquivo concernentes à sua ação política. Não temos dele nenhuma carta. Quanto ao orador sacro, nenhum texto escrito nos informa sobre o valor teológico, filosófico e literário dos seus sermões. Nenhuma carta, nenhumas memórias, emanadas da sua mão, chegaram até hoje a nós.”
Não importa. O livro de Léon Chancerel é delicioso, foi uma sorte tê-lo encontrado na Estante Virtual.
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Ciência e religião
Ciência, Religião
Ciência e religião
23 de maio de 2021 at 19:08 0
Santa Clara (1194-1253) era amiga de São Francisco de Assis e acabou, com a assistência dele, criando a Ordem das Clarissas. Interessado que sou na vida de santos em geral e na de São Francisco em particular, achei que era uma boa ideia ler a biografia “Clara, a primeira plantinha de Francisco”, de Chiara Augusta Lainati (Paulinas, tradução de Leonilda Menossi, 120 páginas). Infelizmente, o livro pouco conta sobre a história da santa e, numa linguagem empolada e cansativa, fica elogiando Santa Clara sem parar – ela não precisa disso, né? A alemã Edith Stein (1891-1942) era uma filósofa importante, de origem judaica, e que resolveu virar monja carmelita. Perseguida pelos nazistas devido às suas raízes, foi assassinada em Auschwitz. Em 1998 ela foi canonizada como mártir, com o nome de Santa Teresa Benedita da Cruz, o que causou protestos na comunidade judaica, que considera que ela foi morta apenas por ser judia – os católicos rebatem que seu martírio foi causado por ela pertencer à Igreja Católica da Holanda, cuja oposição ao nazismo gerou perseguição de judeus convertidos ao catolicismo (Folha de São Paulo, edição de 12 de outubro de 1998). Polêmicas à parte, a curtíssima biografia (li em menos de uma hora) “Edith Stein”, de Vittoria Fabretti (Paulinas, 78 páginas, tradução de Antonio Efro Feltrin), ao contrário da de Santa Clara citada anteriormente, é extremamente objetiva, mostrando uma mulher forte, corajosa - e que aparentemente quis mesmo se martirizar por sua fé e por sua raça. Recomendo fortemente a leitura. A física moderna, queiram ou não, é uma doideira. Partículas que estão em dois lugares ao mesmo tempo, espaço pluridimensional, matéria escura (que se sabe que existe, mas que não se tem ideia do que seja), energia escura (que expande o universo, mas que também ninguém tem ideia exata no que consiste) e outros temas afins são muito bem explicados em “Astrofísica para Apressados”, do astrofísico americano Neil deGrasse Tyson (Planeta, 190 páginas, tradução de Alexandre Martins). Ilustra este texto uma "representação, a fresco, de Santa Clara por Simone Martini (13121320), localizada na Basílica de São FranciscoAssisItália" - fonte: Wikipédia
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“A leitora do Alcorão”, de G. Willow Wilson
Religião
“A leitora do Alcorão”, de G. Willow Wilson
1 de janeiro de 2021 at 15:44 0
G. Willow Wilson é uma autora de HQs, criadora da super-heroína Kamala Khan da Marvel. A americana também é ensaísta e jornalista, e seu livro autobiográfico “A leitora do Alcorão” (Rocco, 318 páginas, tradução de Antônio E. de Moura Filho, lançado originalmente em 2010) é fascinante. Estudante de história e de língua e literatura árabes na Universidade de Boston, inicialmente ela tinha a visão blasée que boa parte da intelectualidade tem em relação à experiência religiosa. Com o tempo ela passou a sentir como que um “chamado divino”, e inicialmente pensou em se converter ao judaísmo, porque admirava “a ideia do Deus indivisível que é um e todo ao mesmo tempo”. Mais tarde, já vivendo no Cairo, aonde fora trabalhar como professora de inglês,  acabou se convertendo (ou se “revertendo”, pela terminologia muçulmana) ao Islã, religião pela qual ela já se sentia atraída um bom tempo antes. Também no Cairo ela se casa com Omar, um professor de física que era seu “guia cultural” local. Tudo é fascinante no livro de G. Willow Wilson: a descrição dos contrastes entre as culturas e hábitos ocidentais e egípcios, o relato do aprofundamento de sua relação com Islã - e com Deus, por consequência -, a coragem da autora em enfrentar todos os problemas causados por suas decisões. Segundo a Wikipédia, ela continua casada com o Omar – hoje um advogado especializado em refugiados – e, pela foto que acompanha este texto, obtida da mesma fonte, ela parece muito feliz como muçulmana, não acham?
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Literatura, Religião
Os livros que eu levaria para o exílio
8 de setembro de 2019 at 17:58 1
foto do autor

Se a polícia política chegasse aqui e eu fosse obrigado a me exilar, levando apenas doze livros de casa, eu acho que eu levaria esses:

- “Heavier than heaven – Mais pesado que o céu: Uma biografia de Kurt Cobain”, de Charles R. Cross (Globo Livros, 456 páginas): a biografia do líder do Nirvana (estou no meio da leitura), me lembraria de uma impressionante história do rock, assim como

- “Atravessar o fogo - 310 letras de Lou Reed” (Companhia das Letras, 792 páginas): uma edição com as letras do líder do Velvet Underground (no original e traduzidas para o português), algumas das quais citei no meu livro “Rua Paraíba”, ainda não publicado. Antes que me perguntem, não existe um livro semelhante com as letras do Morrissey aqui no Brasil;

- “En una noche escura - poesía completa y selección de prosa”, de San Juan de la Cruz (Penguin Clásicos, 560 páginas), que ainda não li, mas que serviria para eu treinar meu espanhol - além do que a poesia do santo carmelita é maravilhosa;

- “Alcorão Sagrado”: conheço outras versões do livro sagrado dos muçulmanos, mas nenhuma tão linda como a tradução de Samir El Hayek, publicada na coleção “Livros que mudaram o mundo”, da Folha de São Paulo. Além disso, a edição, com 700 páginas, tem mais de 2500 notas;

- “Bíblia Sagrada”, da NVI (Nova Versão Internacional – Editora Vida, 1640 páginas), com letra grande e linguagem bem mais acessível do que a maioria das que se encontram por aí;

- “Légendes de Catherine M.” (Denoël, 240 páginas), em que o marido de Catherine Millet – crítica de arte e autora do escandaloso e autobiográfico “A vida sexual de Catherine M.” – posta fotos da esposa, nua, e as comenta;

- “Machado de Assis – Obra Completa – Volume 1 – Romances” (Companhia Nova Aguilar, 1216 páginas): o bacana do mais importante escritor brasileiro é que ele faz comentários geniais em cada página - o que acaba incentivando bastante a releitura. Reler é útil num exílio, o que fez me lembrar também de

- “La Chartreuse de Parme”, de Stendhal (Éditions du milieu du monde, 676 páginas), provavelmente o único romance que li quatro vezes;

- “O Conto da Aia”, de Margaret Atwood (Rocco, 368 páginas): preciso confessar que gostei mais da série “Handmaid’s Tale” do que do romance que lhe deu origem. Mas o mundo que a escritora canadense criou é assombroso e distópico – e são livros que eu teria que levar e não séries para TV, não é?

- “Oeuvres”, de Diderot (Bibliothèque de la Pléiade, 1448 páginas), edição que amo tanto que até já fiz um texto sobre ela no meu blog;

- “Poemas”, de Friederich Hölderlin (Companhia das Letras, 216 páginas): vou querer levar comigo o meu poema preferido, “Aos jovens poetas”:

“Irmãos! Talvez a nossa arte logo amadureça

Porque, como o jovem, de há muito fermenta para

Chegar logo à tranquila beleza;

Sede só piedosos, como o grego era!

Amai os deuses, pensai nos mortais com afeto!

Ebriez e frieza, lição e descrição: odiai-as

Todas e, se o mestre vos der medo,

Pedi conselho à grande Natureza.”

- “O verão de 54 (novelas)”, de Fabricio Muller (Appris, 222 páginas): ah, que se dane.

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Literatura, Religião
“’Ecos de mi pluma’ – Antología em prosa y verso”, de Sor Juana Inés de la Cruz
14 de abril de 2019 at 14:52 0

Mexicana-espanhola (o México era uma colônia espanhola durante sua vida), Sor Juana Inés de la Cruz (1648-1695) teve uma biografia para lá de inusual: resolveu ser monja – da ordem de São Jerônimo – porque gostava tanto de estudar que achava que a vida religiosa lhe daria a paz necessária para seus estudos. Escreveu comédias, autos sacramentais, exercícios espirituais e uma polêmica argumentação teológica. Deixou também duas cartas, uma dirigida a seu confessor, o jesuíta Antonio Nuñez de Miranda, outra ao bispo de Puebla, Manuel Fernández de Santa Cruz, que contêm valiosíssima informação autobiográfica. Mas foi como poetisa - profana e religiosa – pertencente ao estilo barroco que conseguiu destaque na literatura já em vida, e hoje é considerada um dos maiores expoentes do chamado “Século de Ouro” espanhol.

“’Ecos de mi pluma’ – Antología em prosa y verso” é uma edição conjunta da Penguin-Random House Grupo Editorial e da Universidad Nacional Autónoma de México (408 páginas), e dá um apanhado abrangente da poesia da Sor Juana Inés de la Cruz, além de apresentar as duas cartas citadas acima.

As poesias escolhidas têm uma grande variedade de temas: a ciência (“Primero Sueño” era considerada pela própria poetisa sua obra-prima), o estudo, elogios a pessoas proeminentes, jogos de adivinhação. Um dos temas principais – o que mostra a ousadia da monja – é o amor. A leitura da antologia apresenta dificuldades para o leitor não-especializado no barroco espanhol, conforme as palavras de Martha Lilia Tenorio, a organizadora da edição:


“(...) a poesia barroca está muito distante de nós, e o leitor não habituado a ela topará com usos linguísticos e recursos estilísticos que desconhece ou não entende.”

Para minimizar a dificuldade na leitura das poesias de Sor Juana Inés de la Cruz para o leitor contemporâneo, Martha Lilia Tenorio inseriu um grande número de notas de pé-de-página na edição da antologia: de fato, estas notas esclarecem os muitos trechos obscuros das poesias, mas com perda no ritmo na leitura.

Já as duas cartas escritas pela poetisa presentes na antologia são respostas a acusações, respectivamente de Antonio Nuñez de Miranda e Manuel Fernández de Santa Cruz, de que se dedicava demais à poesia profana e ao estudo: nelas, a grande poetisa mostrava ter também clareza nas ideias e grande capacidade argumentativa.

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Os livros que eu mais gostei de ter lido em 2018
Literatura, Religião
Os livros que eu mais gostei de ter lido em 2018
16 de dezembro de 2018 at 15:12 0
  1. “As irmãs Makioka”, de Junichiro Tanizaki: um painel da vida no Japão em meados do século XX, a história de quatro irmãs, um dos melhores livros que já li.
  2. “Ilíada”, de Homero: o início da literatura ocidental.
  3. “Triste Fim de Policarpo Quaresma”, de Lima Barreto: a história do nacionalista patético que queria que o tupi fosse a língua oficial do Brasil é apenas parte deste livro fascinante.
  4. “O Gigante Enterrado”, de Kazuo Ishiguro: um livro de fantasia e grande literatura.
  5. “Confissões”, de Santo Agostinho: não há como superestimar a influência deste livro na literatura, na teologia e na filosofia ocidentais.
  6. “A Descoberta da Escrita”, de Karl Ove Knausgard: o quinto dos seis livros da série “Minha Luta”, do grande escritor norueguês. Quando a Companhia das Letras vai lançar o sexto?
  7. “Un cirque passe”, de Patrick Modiano: uma jovem misteriosa, perdida - e apaixonante.
  8. “A gorda do Tiki Bar”, de Dalton Trevisan: o título já diz tudo. O curitibano em sua melhor forma.
  9. “Hors d’atteinte?”, de Emmanuel Carrère: o vício em jogo, no meio de um casal intelectualizado e vazio, numa história contada com carinho e um pouco de cinismo.
  10. “Lúcia McCartney”, de Rubem Fonseca: acho que nunca vou esquecer o impacto dos primeiros contos deste livro.
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Duas biografias sobre o Buda
Religião
Duas biografias sobre o Buda
24 de setembro de 2018 at 15:48 0
A data escrita a mão na primeira página de “A vida do Buda”, de H. Saddhatissa (Zahar, 96 páginas) é testemunha de um fato antigo na minha vida: o início dos anos 80 foi a época em que eu era interessado em filosofias orientais – nessa toada, cheguei a ficar praticamente um ano sem comer carne, mas isto é tema para meu livro de crônicas chamado “Memórias”, e não para este texto. (mais…)
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