setembro 2021

“Mundos paralelos – uma jornada através da criação, das dimensões superiores e do futuro do Cosmo”, de Michio Kaku
Filosofia
“Mundos paralelos – uma jornada através da criação, das dimensões superiores e do futuro do Cosmo”, de Michio Kaku
19 de setembro de 2021 at 17:57 0
Entrevistado frequente de programas científicos em emissoras como Discovery e History Channel, o físico norte-americano de origem japonesa Michio Kaku é, segundo a Wikipédia, autor de vários artigos científicos envolvendo a teoria das cordas, a supergravidade, supersimetria, hádrons, e, atualmente, se dedica à Teoria de Tudo - uma teoria científica hipotética que unificaria, procuraria explicar e conectar em uma só estrutura teórica, todos os fenômenos físicos (juntando a mecânica quântica e a relatividade geral) num único tratamento teórico e matemático. Ele também é divulgador científico, tendo escrito diversos livros para o público em geral – eu já tinha comentado aqui sobre “Hiperespaço”, e o presente texto se concentra em “Mundos paralelos - uma jornada através da criação, das dimensões superiores e do futuro do Cosmo” (Rocco, 428 páginas, traduzido por Talita M. Rodrigues). O livro versa sobre vários aspectos da física moderna, como o fim do universo, universos quânticos paralelos, uma espécie de teoria das cordas chamada “Teoria M”, viagens no tempo, dimensões maiores que as quatro que estamos acostumados (três espaciais e uma temporal). São tantas informações malucas que Michio Kaku traz sobre a física moderna que um leitor leigo, mas com alguma formação matemática, como eu, fica se perguntando como os físicos e matemáticos conseguem entender aquelas teorias todas – mas a leitura do livro vale muito a pena, mesmo assim. E, depois dessa loucurada toda, a conclusão de Michio Kaku tão bonita que resolvi transcrevê-la inteira:
“Acredito que Sigmund Freud, com todas as suas especulações sobre o lado sombrio da mente inconsciente, tenha chegado mais perto da verdade ao dizer que o que dá estabilidade e sentido a nossa mente é trabalho e amor. O trabalho ajuda a nos dar uma sensação de responsabilidade e propósito, um foco concreto para nossos esforços e sonhos. O trabalho não só confere disciplina e estrutura a nossa vida, ele também nos dá uma sensação de orgulho, conquista e uma estrutura para a satisfação. E o amor é um ingrediente essencial que nos coloca dentro do tecido da sociedade. Além do trabalho e do amor, eu acrescentaria mais dois outros ingredientes que dão sentido à vida. Primeiro, satisfazer os talentos com os quais nascemos. Por mais abençoados que sejamos, com diferentes habilidades e pontos fortes, devemos tentar desenvolvê-las ao máximo, em vez de deixá-las atrofiar e apodrecer. Todos nós conhecemos indivíduos que não cumpriram a promessa que demonstraram na infância. Muitos se assustaram com a imagem do que poderiam se tornar. Em vez de culpar o destino, penso que devemos nos aceitar tal como somos e tentar satisfazer todos os sonhos que estejam dentro da nossa capacidade. Segundo, devemos tentar deixar o mundo um lugar melhor do que quando nele chegamos. Como indivíduos, podemos fazer a diferença, seja sondando os segredos da Natureza, limpando o ambiente e trabalhando pela paz e justiça social, ou nutrindo o espírito inquisidor e vibrante dos jovens, sendo um mentor ou guia.”
(foto que acompanha o texto obtida da Wikipédia)
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“Stroheim”, de Arthur Lennig
Cinema
“Stroheim”, de Arthur Lennig
12 de setembro de 2021 at 16:49 0
Minha memória não costuma falhar para esse tipo de coisa, e realmente lembro de ter lido na Gazeta do Povo uma crônica do escritor e poeta curitibano Paulo Leminski (1944-1989), escrita enquanto ele era vivo, que falava sobre um tipo especial de chato, “o chato contador de filmes” - não precisa explicar muito. Mas sei lá, procurei na internet e não achei nada que se referisse a este texto. Não importa. O que importa aqui é que lembrei bastante daquela crônica enquanto lia o monumental “Stroheim”, de Arthur Lennig (University Press of Kentucky, 574 páginas, publicado originalmente em 2000). Já comentei bastante sobre Erich von Stroheim (1885-1957) aqui, e não sei se vale a pena escrever de novo sobre a vida deste grande diretor de cinema austríaco que fez grande sucesso como diretor em Hollywood nos anos 1920, mas que gastava tanto dinheiro em suas produções que acabou não conseguindo mais trabalho como diretor, apenas como ator, nos seus 25 últimos anos de vida. Voltando ao livro de Arthur Lennig: realmente, é emocionante a dedicação do autor pela obra de um dos meus diretores preferidos – ele chegou a trabalhar na restauração de alguns filmes do diretor. Mais do que isso, a pesquisa que ele fez é primorosa, e com a leitura ficamos sabendo de muitos detalhes da vida de Stroheim. Mas acho que metade de seu livro descreve os filmes do diretor. Sim, é meio chato, como já dizia Leminski. De todo modo, como fã de Stroheim, fiquei satisfeito com a leitura, claro. E ele ainda cita uma visita do diretor ao Brasil, no Festival Internacional de Cinema do Brasil em 1954, sobre o qual já descobri na internet dois artigos (ver aqui e aqui) – quem sabe eu comente alguma coisa sobre aquele festival por aqui ainda.
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