junho 2018

“Conversão”, meu segundo livro
Literatura, Obra Literária, Religião
“Conversão”, meu segundo livro
26 de junho de 2018 at 18:38 0
Comecei a escrever “Conversão” em 2006. Mostrei para alguns amigos, uns gostaram, e bastou um criticar para eu desistir da empreitada no meio. Depois que escrevi o meu primeiro romance, “Um amor como nenhum outro”, que está fora de catálogo já que a Editora Schoba, aparentemente, faliu, resolvi retomar o “Conversão” pouco mais de dez anos depois. Relendo o que eu tinha escrito, até que não achei tão ruim: eu queria escrever um livro que tivesse um estilo parecido com o de “Sábado”, de Ian McEwan, e que falasse de religião, e a coisa estava mais ou menos bem encaminhada.
Só que – aí é que a porca torce o rabo – eu nunca tinha tido a menor ideia de como continuar a história do médico Jorge, sua esposa Joana, e seus filhos Cecília e Paulo. E nem fazia ideia ainda de como a religião iria entrar na história. Retomando a história, enfim, fui arranjando soluções – só que o que era escrito de maneira detalhada e esmiuçada no começo de “Conversão” passou para um estilo mais parecido com o “Um amor como nenhum outro”, direto e sem firulas. E a religião, sim, entrou na história – mas de maneira totalmente diferente da que eu tinha previsto em 2006. Agora que estou fora da Intertechne e estou com mais tempo livre, resolvi retomar a publicação dos meus (muitos, eu diria) livros. Conforme comentei na entrevista para “Um amor como nenhum outro” no youtube, mandei meu primeiro romance para umas dez editoras, e não obtive nenhum sim, e praticamente nenhum não: ninguém nem quis saber de um romance escrito por um engenheiro. Teve gente que gostou, depois de publicado. Então, acabei me rendendo à autopublicação pela Amazon: meu romance curto (uma novela, na verdade) pode ser baixado, por R$ 1,99, para ler no Kindle no seguinte endereço: https://www.amazon.com.br/dp/B07F1J8DVZ… Quem não tiver o aparelho Kindle, para leitura de ebooks, pode baixar o aplicativo e ler no celular, tablet ou computador. Dá para pedir para a Amazon imprimir e mandar para cá: só que demora em torno de um mês e custa quase 17 dólares, já que deve ser mandado dos Estados Unidos para cá. O endereço de compra, neste caso, é o seguinte: https://www.amazon.com/dp/1983275298/ref=sr_1_2… Quem ler e gostar, recomenda para os amigos; os outros, para os inimigos.
 
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“SPQR – Uma história da Roma antiga”, de Mary Beard
História
“SPQR – Uma história da Roma antiga”, de Mary Beard
24 de junho de 2018 at 21:51 0
Uma pequena decepção que tive com este ótimo “SPQR – Uma história da Roma antiga”, da historiadora inglesa Mary Beard (Editorial Crítica, 576 páginas), é que a história contada no livro termina em 212 d.C., quando o então Imperador Caracala decretou que todos os habitantes livres do Império Romano, onde quer que vivessem, seriam, a partir de então, cidadãos romanos. O Império Romano do Ocidente, como se sabe, só caiu mais de dois séculos mais tarde, em 476 d.C. - e este intervalo restante de tempo não é coberto pela obra. (mais…)
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“hammer”, nothing,nowhere.
Música
“hammer”, nothing,nowhere.
20 de junho de 2018 at 23:54 0
Dia desses Joe Mullerin, o único integrante do nothing,nowhere., em sua conta oficial do twitter, retuitou uma mensagem da usuária “queen of the cave”, que dizia mais ou menos o seguinte:

"Eu fico confusa com o público dos shows do nothing,nowhere. São emos, garotas bonitinhas no estilo rap, garotos com camisas de bolinhas, meninas com coroas de flores e um cara fantasiado de urso... onde será que estou?"

Ao retuitar a mensagem, Joe Mullerin comentou algo como “faz sentido”. (mais…)
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“Hors d’atteinte?”, de Emmanuel Carrère
Literatura
“Hors d’atteinte?”, de Emmanuel Carrère
13 de junho de 2018 at 23:52 0
Em um artigo no jornal inglês Guardian Emmanuel Carrère foi chamado de “o mais importante escritor francês do qual você nunca ouviu falar” – embora, no mesmo artigo, o próprio autor se diga satisfeito com o seu sucesso literário, “semelhante ao de Michel Houellebecq”. Por outro lado, em entrevista para o Le Monde, o escritor se queixa de que a Academia Goncourt  não gosta dele: a única vez em que Carrère foi finalista do maior prêmio da literatura francesa – o Prix Goncourt – foi no já distante 1988, com este “Hors d’atteinte?” (Gallimard, 290 páginas), objeto do presente texto. (mais…)
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Dois livros de Junichiro Tanizaki
Literatura
Dois livros de Junichiro Tanizaki
10 de junho de 2018 at 21:56 0
É engraçado dizer isso, mas a primeira palavra que me vem à cabeça quando penso nos dois livros de ficção do escritor japonês Junichiro Tanizaki que li recentemente (já tinha comentado aqui recentemente sobre o belo ensaio "Em Louvor da Sombra") é "desconforto". Os livros, publicados pela Companhia das Letras, são o romance "Há Quem Prefira Urtigas" (192 páginas) e as duas novelas que compõem o volume "A Vida Secreta do Senhor de Musashi e Kuzu" (218 páginas). Vou tentar explicar o porquê deste "desconforto" a seguir. (mais…)
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“Sidarta”, de Hermann Hesse
Literatura
“Sidarta”, de Hermann Hesse
6 de junho de 2018 at 22:38 0
Como se sabe, e a Wikipédia corrobora, Sidarta Gautama, o Buda, foi um príncipe de uma região no sul do atual Nepal que, tendo renunciado ao trono, se dedicou à busca da erradicação das causas do sofrimento humano e de todos os seres, e desta forma encontrou um caminho até ao "despertar" ou "iluminação". Já em "Sidarta", do alemão Herman Hesse (li na edição em inglês da Fall River Press, 143 páginas), Sidarta é um nobre brâmane que também renuncia à vida tranquila e confortável que tem para procurar a iluminação, e Gautama é outra pessoa: o próprio Buda.  (mais…)
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“As Nuvens”, de Aristófanes
Literatura
“As Nuvens”, de Aristófanes
3 de junho de 2018 at 22:35 0
Estrepsíades tem um filho, Fidípedes, que gasta todo o dinheiro do pai em cavalos. Para resolver as dívidas causadas por este, Estrepsíades tem uma ideia genial: vai até a academia de Sócrates na esperança de que o filósofo e seus discípulos lhe arranjem um jeito de, através de argumentos sofistas, passar a perna nos seus credores e não precisar mais pagar nada. Este é o argumento principal de "As Nuvens" (Coleção Teatro Vivo da Abril Cultural, 214 páginas, edição conjunta com "Lisístrata"), comédia clássica de Aristófanes (446?-380? a.C.). (mais…)
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