Bones

Quem é vivo sempre aparece: 1. Hüsker Dü
Música
Quem é vivo sempre aparece: 1. Hüsker Dü
3 de março de 2024 at 15:35 0
Vendo aqui a relação das coisas que tenho ouvido ultimamente, além dos preferidos de sempre da casa (a pianista Hélène Grimaud, Bones, Elvis Presley, Arctic Monkeys, Bach), percebi que boa parte são músicas que eu já tinha deixado de lado há anos, às vezes décadas, e sobre as quais nunca comentei aqui. Pensei então em criar uma nova série no site sobre estes sons retomados depois de muito tempo, nos moldes daquela sobre os livros que minha mãe amava. Só que o título da série não vinha nunca. “Das profundezas da memória”? “Inéditos no site”? “Deixados de lado, mas nunca esquecidos”? Todos eles me pareceram meio pedantes, meio autoindulgentes. “Quem é vivo sempre aparece”, por outro lado, apesar de ser falso em muitos casos (Lester Young, por exemplo, o próximo da lista, já é falecido), é engraçadinho, com o tipo de humor infame que me agrada sobremaneira. O primeiro da lista desta nova série, a banda americana Hüsker Dü, é um dos mais difíceis de comentar, por um motivo que logo conto. A banda existiu entre 1979 e 1987 e era do estado americano do Minnesota. Segundo o AllMusic, o grupo foi um “trio punk influente de Minneapolis que conciliava habilmente a introspecção barulhenta de Bob Mold com o romantismo pop mordaz de Grant Hart”. Como muita coisa nos anos 1980, comprei os dois álbuns da banda lançados por aqui (“Candy Apple Grey” e “Warehouse: Songs and Stories”, duplo) por influência da revista Bizz, e várias coisas me chamaram a atenção neles. Praticamente todas as músicas eram assinadas e interpretadas ou pelo baterista Grant Hart (falecido em 2017) ou pelo guitarrista Bob Mould - já o baixista Greg Norton, que postava um bigode completamente fora de moda para a época, nem compunha nem cantava. As capas eram lindas e coloridas (é só ver a imagem que acompanha este texto, de “Warehouse: Songs and Stories”, obtida no site da Amazon), e mesmo a foto da banda no encarte, com colunas e flores, era bem diferente do visual do rock da época. Mas o que sempre mais me marcou na banda, e que torna este texto meio difícil de escrever, era sua irregularidade - pelo menos para meus ouvidos: ou as músicas eram absolutamente irritantes, gritadas e apenas barulhentas, ou conseguiam fazer uma síntese maravilhosa entre belíssimas melodias e um punk/hardcore pesado. Ouvindo a banda hoje, infelizmente as músicas irritantes continuam irritantes. A categoria de músicas perfeitas, por outro lado - da qual fazem parte, por exemplo, “Eiffel Tower High” ou “Ice Cold Ice” - me emocionava nos anos 1980, e me emociona igualmente em 2024.  
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O mais emocionante
Música
O mais emocionante
21 de janeiro de 2023 at 19:38 0
Eu não sei como explicar direito, mas acho que isso deve acontecer meio com todo o mundo: umas músicas batem diferente das outras. Sei lá, é como se elas tocassem um nervo que as outras não tocam. Normalmente os músicos, ou compositores, ou cantores, ou bandas, que têm músicas que “batem” aqui comigo estão no meu álbum “músicas” do Facebook. Sempre que vou colocar uma foto lá fico me perguntando se aquele músico compôs (ou interpretou) coisas que realmente tocaram aquele “nervo” metafórico. É engraçado isso: gosto de muita coisa dos Beatles, mas só umas quatro canções da banda realmente me tocam (e por causa delas a banda está no meu álbum). Oasis é outro grupo que gosto muito, mas acho que só “bate” mesmo – e olhe lá - a versão deles de “I Am The Walrus”, dos Beatles (e por isso a banda não está no álbum). E isso vale para todos os estilos que escuto: no meu álbum “músicas” têm compositores barrocos pouco conhecidos como Girolamo Frescobaldi (1583-1683) e Monsieur de Sainte-Colombe (1640-1700), mas nenhum russo (Tchaikovski, Mussorgski, Rachmaninoff, Prokofiev, credo). E tem gente lá por causa de umas três músicas, como o rapper americano Chamillionaire, e tem outros que eu tenho até tatuagens de tanto que curto (Arctic Monkeys, Stone Roses). E tem aqueles que sempre acho que poderiam constar do álbum “músicas”, como Eminem e Caetano Veloso, mas sempre acabo adiando a sua entrada. Enfim, quem dos músicos no meu álbum mais toca naquele “nervo” metafórico? Quem, dentro do espectro da música, mais – desculpem a expressão – me emociona? Pergunta difícil. Tenho umas dez camisetas do Nirvana. Tenho tatuagens em homenagem a The Weeknd e Ariana Grande. Morrissey e Bones ocuparam, em diferentes épocas da minha vida, durante uns dez anos no total, uns 90% do tempo em que eu ouvia música. O melhor show a que já assisti foi o da banda de metal belga Amenra. Fui um dos 0,2% top ouvintes do Radiohead no YouTube Music em 2022. Skip James e Mississippi Fred McDowell são dois bluesmen que fizeram músicas lindas demais. Mas acabei me surpreendendo com a minha conclusão: o cara que mais me emociona – desculpem de novo a breguice - na música é um cantor e compositor americano que se matou com duas facadas no coração em 2003, o Elliott Smith. Fã do supracitado Beatles, ainda por cima, e cujas músicas se parecem com as do Fab Four de vez em quando. Mas, quando escuto o que ele compôs e gravou, “bate” quase sempre. Mas eu nem devia me surpreender tanto com minha conclusão: afinal, alguns anos atrás eu escrevi sobre Elliott Smith um dos piores textos que já fiz na vida, para o Mondo Bacana: desculpem, eu estava emocionado demais.
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Músicas preferidas por artista ou banda
Música
Músicas preferidas por artista ou banda
3 de julho de 2022 at 18:28 0
Além de gostar de fazer listas, acho bacana saber qual a minha música preferida de determinado artista (seja cantor e/ou compositor) ou banda. Comecei a pensar no assunto e logo percebi que a lista de preferidas por artista seria grande, e resolvi escrevê-la. Quando o assunto é música clássica, não achei que faria sentido colocar uma peça inteira, como uma cantata ou sonata, mas sim um movimento dela, como um movimento ou um lied: achei que assim o conceito de uma “música preferida” seria mais coerente. Tem uma exceção, o Concerto para Violão de Heitor Villa-Lobos, que sempre ouvi inteiro. Também apareceriam artistas que quase não ouço, além de preferidos da casa. Não importaria, eu iria curtir todas as músicas da lista. Enquanto pensava no assunto, percebi, com alguma estranheza, que em poucos casos fiquei com dúvidas – lembro, por exemplo, de não saber qual de duas eu preferia de artistas ou bandas como The Smiths, Arctic Monkeys, Massive Attack ou Bhad Bhabie. Mas, em geral, foram casos isolados - e não colocarei a música alternativa aqui, porque a lista já está grande demais. Dei uma reconferida naquelas que eu não ouvia há muitos anos, para saber se elas ainda “batiam”, e só estão aqui as que “bateram” mesmo – quase todas. Em alguns casos um artista aparece mais de uma vez, mas a segunda aparição é sempre em participação (ver Ariana Grande e Cashmere Cat, por exemplo). Outras vezes (posso citar Bryan Ferry e Roxy Music), um mesmo artista aparece na sua banda e na sua carreira solo. Alguns dos músicos listados eu não gosto, mas aparecem aqui quando algum raro som me agrada: caso de  Queen e Red Hot Chilli Peppers, por exemplo. Segue, finalmente, a relação das minhas músicas preferidas de artistas ou bandas, sem nenhuma ordem de gênero ou preferência: a única ordem que respeitei é a da memória, ou seja, o que apareceu antes na minha cabeça apareceu antes na lista.
  • Massive Attack: Small Time Shot Away
  • João Gilberto: Manhã de Carnaval
  • The Beatles: Blackbird
  • Rolling Stones: Paint It Black
  • Johann Sebastian Bach: ária “Ach, mein Sinn”, da Paixão Segundo João, BWV 245
  • Bhad Bhabie: Gucci Flip Flops (feat Lil Yachty)
  • Lil Xan: Betrayed
  • João Gilberto: Manhã de Carnaval
  • Jorge Ben: Menina mulher da pele preta
  • Tom Jobim: Chansong
  • Marisa Monte: Balança Pema
  • Morrissey: Boxers
  • Arctic Monkeys: Tranquility Base Hotel & Casino
  • Selena Gomez: Back to You
  • Ariana Grande: 7 rings
  • Dua Lipa: Levitating
  • Prince: Darling Nikki
  • The Weeknd: Reminder
  • Justin Bieber: Company
  • Elvis Presley: Little Sister
  • Sam Cooke: Bring It on Home to Me
  • Mahalia Jackson: How I got over
  • Frank Sinatra: I've Got the World on a String
  • Billie Holiday: Strange Fruit
  • John Coltrane: Moment's Notice
  • Robert Schumann: I. Nicht schnell, de Three Romances for Oboe and Piano, Op. 94
  • Johannes Brahms: V. Mädchenlied "Auf die Nacht in der Spinnstub'n", de Fünf Lieder, Op. 107
  • João Mineiro e Marciano: Seu Amor Ainda É Tudo
  • The Doors: Riders on The Storm
  • Jimi Hendrix: All Along the Watchtower
  • Pink Floyd: Echoes
  • Led Zeppelin: In the Light
  • Black Sabbath: Behind the Wall of Sleep
  • Electric Wizard: Funeralopolis
  • François Couperin: II.Soeur Monique / Tendrement Sans lenteur - 18e ordre, 3e livre
  • Henry Purcell: Suite No.2 in G minor Z661
  • Ashley All Day: Hiyah
  • Giuseppe Tartini: terceiro movimento (grave), do Cello Concerto in D major GT 1.D34
  • Domenico Scarlatti: sonata K.20 in E major
  • Beastie Boys: Sure Shot
  • Velvet Underground: Venus in Furs
  • Roberto Carlos: O Divã
  • Lou Reed: Sword of Damocles
  • Bones: CtrlAltDelete
  • ZillaKami x SosMula: 33rd Blakk Glass
  • Demi Lovato: Stone Cold
  • $uicideboy$: Magazine
  • 6ix9ine: GUMMO
  • Neurosis: No River to Take Me Home
  • Amenra: A Solitary Reign
  • Velvet Cacoon: Genevieve
  • Burzum: Dunkelheit
  • Drudkh: Самітність (Solitude)
  • Charles Aznavour: Comme Ils Disent
  • Xasthur: Telepathic with the Deceased
  • Deathspell Omega: Second Prayer
  • GZA: 4th Chamber Feat. Ghostface Killah, Killah Priest & Rza
  • Wu-Tang Clan: Cash Still Rules / Scary Hours (Still Don't Nothing Move but The Money)
  • Cardi B: Bodak Yellow
  • DJ Khaled: Popstar ft. Drake
  • Drake: Nonstop
  • 21 Savage & Metro Boomin: X ft Future
  • Franz Schubert: Am Flusse I, D. 160: Verfließet, vielgeliebte Lieder
  • Skip James: Washington D.C. Hospital Center Blues
  • Lightnin Hopkins: Trouble in Mind
  • Sonny Boy Williamson II: Keep It to Your Self
  • Stevie Ray Vaughan & Double Trouble: Pride and Joy
  • B. B. King: The Thrill Is Gone
  • John Lee Hooker Official: Hard Times Blues
  • Mississippi Fred McDowell: Goin Down to the River
  • Muddy Waters: Got My Mojo Workin'
  • Sonic Youth: Kool Thing
  • Nirvana: Negative Creep
  • Radiohead: Fake Plastic Trees
  • Stone Roses: I Wanna Be Adored
  • The Cure: Killing an Arab
  • New Order: Paradise
  • Echo & The Bunnymen: Turquoise Days
  • The Smiths: Please, Please, Please, Let Me Get What I Want
  • The Jesus and Mary Chain: Never Understand
  • Ike & Tina Turner: Nutbush City Limits
  • The Shangri-Las: Past, Present and Future
  • Ramones: Blitzkrieg Bop
  • NOFX: Stickin' in My Eye
  • Husker Du: Could You Be the One
  • Sublime: Santeria
  • Korn: Falling Away from Me
  • Slipknot: Duality
  • System Of A Down: Chop Suey!
  • blink-182: All the Small Things
  • nothing,nowhere. : bedhead
  • Limp Bizkit: Nookie
  • Nick Drake: Day is Done
  • Elliott Smith: Between the Bars
  • Frédéric Chopin: Ballade No. 4 in F minor, Op. 52
  • Éric Satie: 3 Gymnopédies No. 1: Lent et douloureux
  • Egberto Gismonti: Dança das Cabeças, lado A
  • Villa-Lobos: Concerto para Violão
  • Chet Baker: Time After Time
  • David Bowie: Life on Mars?
  • Roxy Music: Oh Yeah
  • T. Rex: Mystic Lady
  • Bryan Ferry: The Right Stuff
  • Selena Gomez, Marshmello: Wolves
  • DJ Snake: Let Me Love You ft. Justin Bieber
  • Major Lazer & DJ Snake: Lean On (feat. MØ)
  • Dave Brubeck: Take Five
  • Cashmere Cat: Quit ft. Ariana Grande
  • Clean Bandit: Rockabye (feat. Sean Paul & Anne-Marie)
  • Anne-Marie: Alarm
  • Ellie Goulding: Love Me Like You Do
  • Diplo: Color Blind (feat. Lil Xan)
  • Miles Davis: 'Round Midnight
  • Louis Armstrong & Jack Teagarden: Rockin Chair
  • Thelonious Monk: Little Rootie Tootie
  • Charlie Parker: Hot house
  • Dre: Still D.R.E. ft. Snoop Dogg
  • Snoop Doggy Dogg: Tha Shiznit
  • Fetty Wap: 679 feat. Remy Boyz
  • Eminem: Without Me
  • Kreayshawn: Go Hard (La.La.La)
  • Rick Ross: Hustlin'
  • Chico Buarque: Samba de Orly
  • Milton Nascimento: Ponta de Areia
  • Rita Lee: Ovelha Negra
  • Caetano Veloso: Terra
  • Gal Costa: Coração Vagabundo
  • Maria Bethânia: Três Apitos
  • Evaldo Braga: Tudo Fizeram Pra Me Derrotar
  • Agnaldo Timóteo: A Casa do Sol Nascente (The House of the Rising Sun)
  • Robert Johnson: Me and the Devil Blues
  • Luiz Gonzaga: Respeita Januário
  • Tim Maia: Azul da Cor do Mar
  • Gilberto Gil: Pai e Mãe
  • The Sex Pistols: Anarchy In The U.K
  • The Stooges: I Wanna Be Your Dog
  • Lil Darkie: Methhead Freestyle (Ft. Spider Gang & Friends)
  • Olivier Messiaen: VI. Jardin du Sommeil d’amour, Très modéré, très tendre, da Sinfonia Turangalila
  • Gustav Mahler: Das Lied von der Erde (Der Abschied)
  • Ludwig van Beethoven: II. Adagio un poco mosso, do Concerto n.5 para Piano e Orquestra, op. 73
  • Mozart: Piano Sonata No. 5 in G, K.283 - 1. Allegro
  • Georg Friedrich Händel: Suite in D Minor, HWV 428: IV. Air & 5 variations
  • Queen: Another One Bites the Dust
  • Kyuss: Supa Scoopa And Mighty Scoop
  • Queens Of The Stone Age: Go With The Flow
  • Girolamo Frescobaldi: Toccata Settima
  • Red Hot Chili Peppers: Californication
  • Ministry: Jesus Built My Hotrod
  • Behemoth: Christians to The Lions
  • Wiegedood: Ontzieling
  • Darkthrone: Transilvanian Hunger
  • Immortal: Sons of Northern Darkness
  • Oasis: Champagne Supernova
  • Blur: Song 2
(foto que acompanha o texto: Bones com camiseta do Darkthrone, obtida na página oficial do Bones no Facebook)
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The highlights, The Weeknd
Música
The highlights, The Weeknd
22 de maio de 2022 at 16:44 0
Eu gosto de comprar CDs. Acho bacana como uma lembrança, ou coisa assim, dos artistas que admiro.  Para mim, que tenho seis gatos em casa, os CDs têm uma vantagem sobre os LPs: não são uma tentação para os felinos brincarem com um prato girando com uma agulha em cima. Além disso, os antigos discos de vinil também ocupam muito espaço: me desfiz de todos os que eu tinha há mais de quinze anos e nunca me arrependi. E ainda há mais uma vantagem dos CDs sobre os LPs, sob meu ponto de vista: é possível conseguir lançamentos de disquinhos prateados por um preço razoável, ao contrário do que acontece com os vinis. Sim, gosto de CDs mas não de gastar muito dinheiro com isso: como não costumo comprar discos usados, acabo conseguindo por preços módicos lançamentos nacionais de artistas populares como Elvis Presley, The Weeknd, Ariana Grande e Selena Gomez, mas não de outros artistas que também gosto, como Amenra, Wiegedood, Radiohead ou Massive Attack. Isso sem contar Bones e $uicideboy$, né, que não lançam CDs. Morrissey é um caso especial: comprei “Low in high school”, o penúltimo que ele lançou, mas não o mais recente “Dog in a chain”, que não teve versão nacional. E foi numa dessas que acabei comprando “The highlights”, do Weeknd. Coisa de maníaco mesmo: as melhores músicas de um artista que não só eu conheço bem, como tenho em CDs toda a sua obra recente. Mas ficou legal no Instagram, e é a foto que acompanha este texto. Até que comecei a ouvir, e acabei ficando mais e mais surpreso: todos os clássicos dele juntos me deram a impressão de estar ouvindo algo raro, um verdadeiro álbum atemporal. A voz, as melodias, os arranjos… é um equivalente musical de um volume de obras essenciais de algum grande escritor na coleção Penguin-Companhia. E olha que o CD nem tem minha música preferida do Weeknd, “Reminder”, sobre a qual já falei aqui.
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Meus clipes preferidos
Música
Meus clipes preferidos
31 de outubro de 2021 at 20:55 0
Gosto muito de assistir a clipes de música. Seja pela música em si, seja pela filmagem, seja por alguma outra coisa, alguns deles eu vejo muitas vezes. Fiz uma lista deles, que seriam os meus preferidos, ou coisa assim:
  1. Hiyah - Ashley All Day: já falei sobre esse clipe aqui. Imagens de Ashley All Day na cozinha, com amigas e com o então marido, e em lugares de Los Angeles. E nada mais.
  2. Dance Again - Selena Gomez: também já comentei aqui sobre esse clipe, que mostra a cantora dançando. O vídeo foi gravado antes da pandemia, mas foi lançado depois do seu início: ficou meio estranho uma música tão feliz naquele momento, mas quem se importa?
  3. Color Blind - Diplo feat. Lil Xan: descoberta minha recente, Lil Xan é um menino com tatuagens assustadoras e com problemas com drogas, mas parece boa gente. Color Blind é uma obra-prima, e o vídeo, vá lá, é meio estranho e assustador.
  4. Heart-Shaped Box - Nirvana: tendo a preferir as apresentações ao vivo do que os clipes do Nirvana, mas este, famoso, com cores estouradas e imagens de uma religiosidade meio absurda, é perfeito.
  5. Fake Plastic Trees - Radiohead: a banda e pessoas de várias idades e estilos por um corredor de supermercado cheio de produtos de forma semelhante e cores distintas. Difícil um dia que eu não assista a este vídeo.
  6. Reminder - The Weeknd: já falei sobre este clipe aqui, que parece se passar num paraíso diferente.
  7. Tranquility Base Hotel & Casino - Arctic Monkeys: Alex Turner é funcionário e hóspede de um hotel de luxo e canta uma música que, com o tempo, vai se transformando numa das melhores da banda.
  8. Nonstop - Drake: um clipe em preto e branco, filmado em Londres, em que algumas imagens me lembram filmes noir. Ou é coisa da minha cabeça.
  9. DontLookDown - Bones: chuva, um filtro verde e uma música maravilhosa.
  10. destruction - nothing,nowhere. x Travis Barker: esse aqui tem um filtro vermelho e uma moto numa estrada numa floresta no meio do mato.
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Música
As melhores músicas de todos os tempos
8 de janeiro de 2020 at 22:22 0

É engraçado ouvir novamente uma música que você gostava muito depois de alguns meses, ou anos, sem ouvir: a experiência pode ser emocionante, ou frustrante. No caso de “New Rules”, grande sucesso de Dua Lipa que está chegando em dois bilhões de visualizações no YouTube, a surpresa foi fantástica: ela era ainda muito melhor do que eu lembrava, um verdadeiro clássico moderno.

A experiência de ouvir de novo “New Rules” me fez imaginar este texto, chamado pomposa e falsamente de “As melhores músicas de todos os tempos”, e fiquei pensando numa nova lista de músicas preferidas – sim, eu amo listas.

Durante muitos anos eu dizia para todo o mundo que a minha música preferida era o último movimento do ciclo de “A canção da terra”, de Gustav Mahler, chamado de “O Adeus” (Der Abschied). A edição que eu tinha, ainda em vinil, era com a Jessie Norman como solista deste incrível lied sinfônico – triste, lento e poderoso – com a London Symphony Orchestra regida por Sir Colin Davis. Lembro como se fosse hoje que fiquei uns quarenta minutos na loja me perguntando por que eu queria comprar este disco só pela capa – que é linda mesmo, como se pode ver pela imagem que acompanha este texto.

Já tinha tentado gostar de Nick Drake, indicado por um conhecido, mas só quando ouvi “Day is done” compartilhado pelo meu amigo Arthur Vicente Cordeiro entendi por que este cantor que não fez sucesso em vida, mas que é adorado hoje, é tão bom. Eu ouvia sem parar a faixa achando que iria parar de gostar dela – eu já tinha tentado gostar de Nick Drake, né – mas nunca rolou de eu deixar de amar "Day is done", até hoje.

Postei recentemente que “You know you’re right”, do Nirvana, era minha música preferida, então ela tem que ser citada aqui. Antes dela, minha preferida era “Boxers”, de Morrissey, também lembrada. Sou meio obrigado a colocar Ashley All Day em qualquer lista que eu faça, e “Obsessed”, com Kiiara, é a lembrada da vez.

“rockstar”, com Post Malone e 21 Savage, é outro sucesso monstruoso na linha de “New Rules” - com todo merecimento, aliás. O videoclipe da canção, cheio de sangue assumidamente falso, é outro clássico.

Lembro como se fosse hoje do choque que tive ao ouvir o início de “CtrAltDelete”, de Bones, que, sem exagero, se repete a cada nova ouvida desta maravilha – um caso raro de clássico instantâneo do Elmo que não tem videoclipe. Ainda no assunto “exagero”, confesso que lacrimejei diversas vezes ouvindo a ária “Ach, mein Sinn”, da Paixão Segundo São João de Johann Sebastian Bach.

Finalmente, “Oh yeah”, do Roxy Music, é a “nossa música”, minha e da Valéria Müller, a quem eu amo exageradamente.

Haha, ficou brega esse final. Não pelo exagero do amor, mas “nossa música” é coisa de gente brega.

Aqui está o link para a playlist no Spotify: https://open.spotify.com/playlist/5Zz91ZHuYgezfzLOc8QuIQ?si=qPO0EdStTZC-xfTUiDXhDw

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Música
Retrospectiva musical – 2019
8 de dezembro de 2019 at 17:08 0
François Couperin - foto: https://www.medici.tv/en/artists/francois-couperin/

Na minha - extremamente limitada - paisagem musical, o ano de 2019 apresentou algumas novidades, mas não muitas.

Entre as descobertas, foi bacana sacar que a Grã-Bretanha consegue fazer música pop de qualidade equivalente ao que se pratica do outro lado do Atlântico, com Ellie Goulding, Anne-Marie e Clean Bandit (Dua Lipa não vale, porque virei fã dela ano passado). 

Foi também um ano de duas redescobertas, Roxy Music e Nirvana - bandas que não ouvia direito há décadas - e de uma descoberta, Drake, de quem eu sempre tinha gostado de algumas poucas músicas. Outro que comecei a ouvir com mais cuidado em 2019 ano foi o DJ Marshmello.

Quanto à música clássica, foi um ano quase que só ouvindo teclados: cravo e piano com o compositor François Couperin, e diversos compositores com o pianista Ivo Pogorelich. 

Nada de grandes novidades na minha lista de músicas preferidas lançadas em 2019, apresentada lá embaixo neste texto. Selena Gomez anunciou que lançará seu disco novo no início do próximo ano, e as duas faixas já disponíveis são lindas: “Lose to love me” foi seu primeiro single a alcançar o topo da Billboard, e está no topo da minha lista também; “Look at her now” tem um clipe lindo. “DontLookDown” é uma das melhores faixas da vida do Bones, dá pra se ter uma ideia do que é isso? “METHHEAD LIFESTILE” é um rap coletivo alucinado que tem o grande Lil Darkie como destaque - agradeço Leonardo Gama, sempre me apresentando coisas maravilhosas. “7 rings” é provavelmente a melhor faixa da vida de Ariana Grande, e “Heartless” é um sinal de que o próximo disco de Weeknd vai ser um petardo. Morrissey lançou um disco de covers muito bom, “California Son”, mas eu gostei mais de suas músicas autorais novas, como este “Brow of my beloved”. O nothing,nowhere. lançou um EP com o baterista do Blink 182, e “destruction” é citado na minha lista. Fiquei chateado por não terem entrado na minha relação “Money In The Grave”, de Drake e Rick Ross, e "Get Like Me", de Bhad Bhabie com NLE Choppa - mas tudo bem, foram lembrados aqui.

Finalmente, minha lista de preferidas, definida anteontem, já tinha “Fast”, de Juice WRLD, que acabou falecendo hoje. Rest in peace.

A lista segue abaixo. Clicando nos títulos estão os links para os videos no YouTube, e logo abaixo o endereço da playlist correspondente no Spotify.

  1. Selena Gomez - Lose You To Love Me
  2. Ashley All Day - Shop Til U Drop
  3. BONES - DontLookDown
  4. Selena Gomez - Look At Her Now
  5. Morrissey - Brow of My Beloved
  6. LIL DARKIE - METHHEAD FREESTYLE
  7. The Weeknd - Heartless
  8. Ariana Grande - 7 rings
  9. nothing,nowhere. x Travis Barker - destruction
  10. Juice WRLD - Fast

O endereço da playlist no Spotify está aqui.

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Minha retrospectiva musical – 2018
Música
Minha retrospectiva musical – 2018
12 de dezembro de 2018 at 08:36 0
2018 foi o ano em que eu conheci Bhad Bhabie e Juice WRLD, uma cantora e um cantor de rap que logo se transformaram em favoritos da casa. (mais…)
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