Sempre que alguém comenta "que os livros são sempre melhores do que os filmes baseados neles” eu lembro que “Laranja Mecânica”, o filme de Stanley Kubrick (1971), me pareceu muito melhor do que o livro correspondente de Anthony Burgess, publicado em 1962. Já com “Carrie, a estranha” (Objetiva, 200 páginas), a disputa filme x livro é bem acirrada.
Assisti ao filme de 1976 (há outras duas versões, uma de 2002 e outra de 2013), de Brian De Palma, com Sissy Spacek no papel principal, há muitos anos já. Carrie é uma garota que tem poderes de telecinese (basicamente, mover objetos com o poder da mente) e sofre bullying na escola em que estuda. Tentando aliviar a barra da moça, um garoto, convencido pela namorada, convida Carrie para o baile de formatura – e chega de contar a história.
O livro - que li recentemente e que foi o primeiro publicado por Stephen King, em 1974 -, à maneira de H.P. Lovecraft, descreve com linguajar científico e detalhado a história da pobre garota e dos seus poderes mentais, o que acaba fazendo com que assistir ao filme - muito mais direto - seja muito mais assustador do que ler o livro. De todo modo, o sofrimento de Carrie, personagem baseada em duas meninas que o autor realmente conheceu, é mostrado em cores bem mais fortes no romance - o que faz com que o jogo termine praticamente empatado, no final das contas.
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