julho 2017

“Almanaque 02 Neurônio – Manual Para Moças em Fúria”, de Jô Hallack, Nina Lemos e Raq Affonso
Literatura
“Almanaque 02 Neurônio – Manual Para Moças em Fúria”, de Jô Hallack, Nina Lemos e Raq Affonso
31 de julho de 2017 at 12:51 0
O terceiro livro das jornalistas do grupo 02 Neurônio, Jô Hallack, Nina Lemos e Raq Affonso, "Almanaque 02 Neurônio – Manual Para Moças em Fúria" (Editora Record, 144 páginas) é autobiográfico e – forçando um pouco a barra – pode ser visto como um retrato de um certo grupo social. O livro é apresentado na forma de pequenos artigos (muitos anteriormente publicados no site delas), de três ou quatro páginas no máximo. O objetivo delas é fazer rir mas quando se lê o "Manual Para Moças em Fúria" de uma sentada o livro acaba funcionando como se fosse um grande blog – por mais bem escrito e divertido que ele realmente seja. (mais…)
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Vernon God Little, de DBC Pierre e Sujeito Oculto, de Manoel Carlos Karam
Literatura
Vernon God Little, de DBC Pierre e Sujeito Oculto, de Manoel Carlos Karam
28 de julho de 2017 at 10:40 0
É difícil não se lembrar da famosa a frase de William Shakespeare em Macbeth [“a vida é uma história contada por um idiota, cheia de som e fúria”] quando se lê Vernon God Little, do australiano – que viveu a maior parte da vida no México – DBC Pierre (Editora Record, 384 páginas). O romance, ganhador do Booker Prize de 2003, é contado em primeira pessoa pelo personagem principal, Vernon Gregory Little. Ele é o melhor amigo de Jesus, rapaz de origem hispânica que certo dia resolve atirar em vários colegas de escola e depois se suicidar. (mais…)
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Minhas músicas preferidas: 7. “Go Hard (La.La.La)”, de Kreayshawn
Música
Minhas músicas preferidas: 7. “Go Hard (La.La.La)”, de Kreayshawn
25 de julho de 2017 at 21:06 0
Para você ver como às vezes a pessoa pode ser preconceituosa sem se dar conta. Se uns anos atrás alguém me contasse que um dos meus raps preferidos seria cantado por uma mulher branca, eu provavelmente riria na cara da pessoa. A partir disto, dá para imaginar o meu espanto quando Leonardo Gama, sempre ele, me mostrou o clipe de “Go Hard (La.La.La)”, da rapper Kreayshawn – claro, branca. Eu assistia e assistia àquele clipe – lançado em 2012, acho que foi naquela época mesmo que o conheci – sem acreditar direito que um muro de preconceito imbecil contra mulheres (não gostei das poucas rappers que ouvi) E brancos (tinha Eminem, aprovado por negros, e Beastie Boys, mais indie que qualquer outra coisa, que não contavam) no rap estava sendo destruído inapelavelmente num clipe avassalador de três minutos e pouco. O vídeo de “Go Hard (La.La.La)” era totalmente diferente de tudo o que eu já tinha visto até então. Só Kreayshawn, morena, que canta, mas outra rapper, Lil Debbie, loira, fica o tempo fazendo palhaçadas ao lado dela. A principal influência do clipe são histórias em quadrinhos: a rapper e sua amiga aparecem em cenários coloridos, no meio de desenhos de olhos enormes, sorvetes e doces gigantes, pessoas fantasiadas de animais, grafites, páginas de jornal, automóveis de fantasia; elas mesmas são enquadradas fazendo parte de HQs coloridas e alucinadas. Neste cenário infanto-juvenil, Lil Debbie realmente parece fazer parte de um especial para crianças e adolescentes – mas Kreayshawn nem tanto, com sua postura ao mesmo tempo divertida e desafiadora, que só dá mais charme para a coisa toda. Nada disso seria memorável, claro, se não fosse o som: “Go Hard (La.La.La)” é pesada, divertida, grudenta, com um refrão matador – tem até umas batidas de rap e scratches típicos dos anos 80 lá pelo final da música. Um deslumbre. (mais…)
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Jorge Luis Borges: O Homem no Espelho do Livro, de James Woodall
Literatura
Jorge Luis Borges: O Homem no Espelho do Livro, de James Woodall
25 de julho de 2017 at 08:59 0
A Bertrand Brasil lançou recentemente a segunda edição (a primeira foi publicada há sete anos) de Jorge Luis Borges: O Homem no Espelho do Livro, de James Woodall (422 páginas), a primeira biografia escrita originalmente em inglês de um dos maiores escritores do século passado. (mais…)
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Uma ponte para Terebin, de Letícia Wierzchowski
Literatura
Uma ponte para Terebin, de Letícia Wierzchowski
24 de julho de 2017 at 09:10 0
Uma ponte para Terebin, de Letícia Wierzchowski (Record, 444 páginas), é uma biografia romanceada do polonês Jan Wierzchowski, avô da autora. A história atribulada da vida dele realmente vale um livro. (mais…)
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Duas noites no Teatro Guaíra
Literatura, Música, Shows e Espetáculos
Duas noites no Teatro Guaíra
17 de julho de 2017 at 22:30 0
Estou escrevendo um romance que se passa em Curitiba nos anos 50-60. Li alguns livros sobre a época e alguma literatura daqueles tempos – principalmente Nelson Rodrigues e Dalton Trevisan. O curitibano é um de meus autores preferidos, mas fico meio dividido quanto a Nelson Rodrigues: li as crônicas de “A vida como ela é”, comecei, mas não consegui terminar, o folhetim “O meu destino é pecar” - que ele assinava com o pseudônimo de Suzana Flag - e algumas crônicas esportivas. Tudo me pareceu muito exagerado, sem sutileza, carregado nas tintas. (mais…)
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Minhas músicas preferidas: 8. “Company”, de Justin Bieber
Música
Minhas músicas preferidas: 8. “Company”, de Justin Bieber
10 de julho de 2017 at 22:24 0
Foi com “Purpose”, disco de novembro de 2015, que Justin Bieber começou a querer ser tratado como um artista sério. Seu quarto álbum de estúdio é uma deliciosa mistura de faixas dançantes (“Get Used To It”, “Been You”), melancólicas (“Trust”, “Life Is Worth Living”, “Purpose”), delicadas (“What Do You Mean”, “Children”). O melhor são as mais viajantes, em que a rica produção musical parece querer levar o ouvinte para um lugar distante e bonito (“The Feeling”, “Where Are Ü Now”, com Jack Ü, “I’ll Show You”). Tudo isto com a belíssima e (aparentemente) sincera interpretação de Justin Bieber, cantor de recursos vocais limitados, mas de timbre único. A minha faixa preferida do disco é “Company”, em que Bieber pergunta para alguém (uma pretendente, possivelmente) se eles não podem fazer companhia um para o outro – uma letra singela, ombreada por um balanço sofisticado e hipnotizante. O clipe é uma maravilha: mostra o cantor em vários momentos de sua vida “na estrada” durante uma turnê: como em suas interpretações, ele parece sincero quando está sério, melancólico ou se divertindo com fãs e amigos (algum engraçadinho pode vir me perguntar se ele estava sendo sincero quando veio aqui para o Brasil uns anos atrás e não parou de aprontar). (mais…)
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“Le diable au corps”, de Raymond Radiguet
Literatura
“Le diable au corps”, de Raymond Radiguet
10 de julho de 2017 at 00:44 0
A Primeira Guerra Mundial estava no seu auge quando um adolescente de 15 anos – que ainda não podia servir nas Forças Armadas – tem um tórrido caso amoroso com Marthe, moça de 18 anos noiva de Jacques, rapaz que servia no front. A guerra, para o jovem amante, significou “quatro anos de férias”. (mais…)
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