junho 2016

“Tartufo”, “Escola de Mulheres”, “O Burguês Fidalgo”, de Molière
Literatura
“Tartufo”, “Escola de Mulheres”, “O Burguês Fidalgo”, de Molière
26 de junho de 2016 at 23:49 0
O fato de eu ter estudado “Le Cid”, de Pierre Corneille (1606-1684), no curso de francês, me fez gostar muito deste dramaturgo clássico do sec. XVIII, e esta admiração se estendeu posteriormente a seu contemporâneo Jean Racine (1639-1699) - ambos eram dramaturgos da corte de Luís XIV. Os dois eram mestres na criação de tragédias, e suas peças tratam dos grandes dramas humanos – honra, amor, paxão, orgulho; seus diálogos em forma de versos são tão bem escritos que sempre tenho vontade de ler aquelas poesias maravilhosas em voz alta. Por levar tão a sério Corneille e Racine, sempre tendi a menosprezar o outro grande dramaturgo clássico da corte de Luís XIV, Molière (1622-1672, pseudônimo de Jean-Baptiste Poquelin), que era especialista em comédias – na minha opinião, um comediante não poderia ser tão profundo quanto um poeta trágico. Para tirar a cisma, resolvi ler as três peças de uma antiga edição da Editora Abril, “O Tartufo”, “Escola de Mulheres” e “O Burguês Fidalgo” (acho que li uma ou duas delas na adolescência, mas certamente a leitura não me marcou muito). (mais…)
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“Clara dos Anjos”, de Lima Barreto
Literatura
“Clara dos Anjos”, de Lima Barreto
25 de junho de 2016 at 20:16 0
Os textos introdutórios da edição da Penguin-Companhia das Letras de “Clara dos Anjos”, de Lima Barreto (304 páginas), escritos por Beatriz Resende, Lúcia Miguel Pereira e Sérgio Buarque de Holanda, apontam alguns defeitos do livro – como a falta de profundidade psicológica da personagem-título e do sujeito que a seduziu, Cassi Jones: realmente, não é um começo muito animador. (mais…)
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“Hiperespaço”, de Michio Kaku
Filosofia
“Hiperespaço”, de Michio Kaku
19 de junho de 2016 at 22:57 0
Imagine “Flatland”, um universo com duas dimensões: árvores, casas, pessoas, estradas, todos fazendo parte de um plano. (mais…)
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“Paraíso Perdido”, de Cees Nooteboom
Literatura
“Paraíso Perdido”, de Cees Nooteboom
16 de junho de 2016 at 23:23 0
Dia desses sonhei que tinha ganhado de presente alguns livros, todos escritos pelo mesmo autor (um deles, inclusive, era uma edição especial com três romances). Durante o sonho eu não sabia direito quem era o escritor (coisas de sonho), mas de manhã me veio o nome do holandês Cees Nooteboom, de quem eu já tinha lido alguns comentários favoráveis aqui e ali. Como gosto de conhecer novos autores, achei que era uma boa oportunidade de arriscar. O único livro em português disponível no site da Amazon era “Paraíso Perdido”: curto, lançado pela Companhia das Letras. Não tinha muito como dar errado. Comprei. Num exercício de metalinguagem, a introdução do romance se compõe dos pensamentos de um homem de meia-idade (provavelmente o próprio autor) no início de uma viagem de avião, quando olha admirado para uma bela mulher. Ela está sentada numa poltrona próxima e está lendo exatamente “Paraíso Perdido”, de Cees Nooteboom (é estranho, eu sei). A conclusão do livro mostra uma conversa entre os dois. (mais…)
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“A Bruxa”, de Robert Eggers
Cinema
“A Bruxa”, de Robert Eggers
12 de junho de 2016 at 03:07 0
No imaginário moderno, a bruxa em geral é um serzinho simpático. As crianças se divertem no Dia das Bruxas e em filmes como “As Bruxas de Eastwick”, por exemplo. No Bosque do Alemão aqui em Curitiba uma "bruxa boa" conta histórias bonitinhas para as crianças. E os mais velhos se lembram da charmosa bruxa Samantha do seriado “A Feiticeira”. Mas no século XVIII a coisa estava longe de ser assim: na mentalidade da época, a bruxaria era um aspecto do maligno. No espetacular “História do medo no Ocidente 1300-1800”, o historiador Jean Delumeau apresenta um painel do medo dos povos ocidentais entre os séculos XIV e XVIII mostrando que, dentre todos os temores, o de Satã era de fundamental importância. Era um medo verdadeiro, sentido por quase toda a população da época; é até difícil imaginar, atualmente, como era viver num tempo assim. (mais…)
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“O enforcado de Saint-Pholien”, de Georges Simenon
Literatura
“O enforcado de Saint-Pholien”, de Georges Simenon
8 de junho de 2016 at 08:55 0
É quase como se fosse uma coceira: a cada tantos meses eu começo a pensar que “já tem muito tempo” que não leio nenhum livro de Georges Simenon. Quando a “coceira” começa a incomodar, leio o mais rapidamente possível um de seus curtos romances, fico quase que inevitavelmente satisfeito e espero a próxima “coceira” chegar - para mais uma nova alegria, claro. (mais…)
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Carnaval, Papillons, Kinderszenen e  Arabeske, de Schumann, com Nelson Freire
Música
Carnaval, Papillons, Kinderszenen e Arabeske, de Schumann, com Nelson Freire
2 de junho de 2016 at 16:55 0
Não é fácil ser crítico de música clássica. A Folha de São Paulo, por exemplo, tinha um crítico exclusivo sobre o assunto, Sidney Molina (que acho que não escreve mais lá). O sujeito, obviamente, tem que ter uma formação mínima sobre música erudita, o que requer bastante estudo e tal. É por isto que eu fico meio envergonhado quando leio algum texto antigo meu falando sobre música clássica. Tudo bem ser diletante, mas este assunto requer um conhecimento mais aprofundado que eu não tenho. Mas, enfim, não resisto. (mais…)
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