Prepare-se para ser transportado para um futuro distópico, onde uma sociedade vive em um gigantesco condomínio. Conheça Sílvia, uma "vagabunda" de 29 anos que, através de seu diário, nos guia por um universo de complexos relacionamentos e buscas por identidade.
Sobre o Romance
Em 3040, Sílvia tem a vida virada de cabeça para baixo quando seu ex-namorado, Paulo, reaparece com visões da Virgem Maria e uma proposta de casamento inusitada. Esse evento a empurra para uma jornada de autodescoberta, explorando fé, sexualidade e o desafio de se encaixar em um mundo que tenta controlá-la.
Enquanto Sílvia navega por dilemas religiosos e familiares, incluindo a relação turbulenta com o irmão enxadrista, ela decide mudar de vida. Mas essa nova trajetória é marcada por decisões arriscadas, crises de identidade e a busca de vingança de sua melhor amiga.
Acompanhe Sílvia em uma jornada que questiona tudo: religião, família, identidade e o que realmente significa ser livre.
Como obter seu exemplar
1. E-book Kindle:
Baixe a versão digital e comece a ler em segundos no seu celular, tablet, computador ou no seu Kindle.
2. Edição Impressa (capa comum):
Sinta a história em suas mãos com a cópia física do livro.
Observação sobre a cópia física:
Se você tiver dificuldades com o envio para o Brasil através do link, fique tranquilo. As cópias do autor já foram solicitadas e, assim que chegarem, uma nova forma de envio será comunicada. Para mais informações ou para adquirir uma cópia diretamente, você pode entrar em contato através do e-mail: fabriciomuller@gmail.com.
Abaixo, confira a capa do livro impresso e mergulhe no universo de "3040"!
Se você tiver interesse em receber este e outros textos meus semanalmente, clique aqui e cadastre seu e-mail.
"Pelas ruas falam uma língua Que já não Me lembro Mais"Este, por exemplo, abre um vasto horizonte poético de significados: pode remeter à saída de uma vida de boemia, a um desajuste mais profundo, ou a muitas outras interpretações. *** Até "3040", todos os meus textos de ficção ou literatura eram contos, memórias ou novelas, e nenhum ultrapassava as sessenta páginas em formato A4. Decidi, em determinado momento, escrever um romance muito longo, mais como um desafio do que qualquer outra coisa. A partir de um sonho da minha filha, imaginei a humanidade em um futuro distante vivendo em pequenos cubículos, isolados, longe da natureza – e isso antes mesmo da pandemia. O livro se chamava "5040", um pouco em homenagem ao meu sogro, que brincava que tinha um dinheiro enorme guardado no banco que só seria liberado em 2040. Consegui que a Juliana Frank me ajudasse na empreitada. Ela sugeriu que o livro deveria estar mais próximo no tempo e que eu deveria abordar a transição dos dias de hoje para o futuro. Tudo o que ela me ensinou na elaboração do livro foi precioso. O prefácio de "3040", livro dedicado à Juliana Frank, segue abaixo. ***
Conversamos. Você me perguntou se eu deveria reler "O Jogo da Amarelinha", já que não me lembrava de nada e nem tinha entendido direito na primeira leitura. Confesso que, mesmo agora, no início da releitura, ainda não estou entendendo tudo – preciso deixar isso bem claro. Minha resposta foi que esperei tanto pelo sexto volume de "Minha Luta" que me pareceu meio triste ter que adiar a leitura, agora que preciso reler "O Jogo da Amarelinha". Conversamos sobre Deus, sobre minhas ideias sobre Ele. Também falamos sobre política e economia, eu à direita, você à esquerda, mas nenhum de nós tão longe do centro assim. Houve um tempo em que eu me espantava com a quantidade de coisas: coisas vividas, coisas faladas, coisas escritas. É angustiante pensar que há muito mais livros escritos do que uma pessoa consegue ler na vida. Eu andava em livrarias e ficava triste porque jamais leria tudo aquilo, nem que quisesse, nem que fosse a única coisa que fizesse até o final da vida. Wilson Martins lia muito, e lia deitado: se dormisse, era sinal de que o livro era ruim. Ele disse uma vez que o Novo Testamento é o Paulo Coelho do passado e, digamos, essa é uma opinião pouco popular – apesar de, em termos estilísticos, ter sim alguma coisa a ver. Lembro do choque quando li "Sidarta", de Hermann Hesse, e me pareceu igual a Paulo Coelho – que, com razão, se queixa de não ter ganhado o Nobel, ao contrário do alemão que, aparentemente, o inspirou. Já imaginaram a quantidade de cantinhos que existem no mar? Mais cantinhos do que podemos sequer conceber. Uma pedrinha aqui, outra ali, um peixe aqui e outro ali. E Deus sabe todos os cantinhos. E leu todos os livros. E ouviu todas as conversas. Não é à toa, digo a você, que haja tantas pessoas que não acreditam Nele. Conto a você que estou gostando de reler "O Jogo da Amarelinha", percebendo nele coisas que eu não tinha notado antes – e não só porque eu tinha lido o livro muito novinho. Há todo um mistério ali, pronto para ser desvendado, que eu nem fazia ideia de que existia. Falo a você que alguns autores deixam transparecer facilmente seu amor-próprio em seus livros – refiro-me a Nabokov, Balzac e Henry James, que sempre parecem satisfeitos com a própria genialidade, e que convencem seus leitores (eu incluído) de que eles são especiais. Eu não sou desses. Sem você, eu teria parado de escrever.*** Se você tiver interesse em receber este e outros textos meus semanalmente, clique aqui e cadastre seu e-mail.