Juliana Frank

Meus livros: passado e futuro
Literatura, Obra Literária
Meus livros: passado e futuro
23 de fevereiro de 2025 at 12:27 0
Eu tenho três livros inéditos, que pretendo publicar pela Amazon ainda neste ano. *** O primeiro é “3040”, um romance de mais de 400 páginas contado em primeira pessoa por uma personagem feminina, chamada Silvia. O livro foi baseado num sonho da minha filha Teresa, no qual ela fez uma viagem no tempo: saindo de uma espécie de submarino, ela viu que estava em 5040; a paisagem era estranhíssima, com prédios gigantescos e brilhantes. A partir do sonho dela, imaginei que em 5040 a humanidade resolveria se fechar, se isolando em prédios gigantescos, e que ninguém mais viveria ao ar livre. Isso porque os seres humanos resolveram sair da natureza, que estava sofrendo com nossa participação no aquecimento global. Grande parte da energia deste futuro enclausurado era obtida em painéis solares gigantescos, situados nas paredes externas de arranha-céus enormes. Estes painéis deixavam os edifícios brilhantes - conforme o sonho da minha filha. Comecei a escrever “5040” no início de 2019, antes ainda da pandemia de COVID! Lá pelas tantas entrei numa “sinuca de bico” literária, sem saber para que lado deveria levar a história. Quando, em 2020, a pandemia chegou e efetivamente tivemos que ficar enclausurados, consegui entrar em contato com a grande escritora Juliana Frank (autora, entre outros, de “Meu coração de pedra-pomes”, publicada pela Companhia das Letras, e “Cabeça de Pimpinela”, pela 7 letras) para me ajudar. Ela logo mudou “5040” para “3040”, e na história a humanidade foi para prédios gigantes não mais por causa do aquecimento global, mas devido a pandemias. Muitas pandemias. No fim, com muito esforço de parte a parte (meu e da Juliana), 3040 ficou pronto, e agora está na hora de lançá-lo! *** Junto com o “3040” escrevi um livro de contos, também com mentoria da grande Juliana Frank. Tem histórias fantásticas, histórias eróticas, histórias assustadoras, e muitas que misturam tudo isso. Ainda não tem nome, mas acho que vai se chamar “Contos” mesmo. *** Finalmente, tenho um livro de poemas, dividido em duas partes: “Sempre”, com poemas curtos, e “deus um delírio”, uma espécie de viagem ao inconsciente, escrito sem nenhuma pontuação e sem nenhuma letra maiúscula. Acho que o livro vai se chamar “Poesia” mesmo. *** Isto, para o futuro. No passado, publiquei os livros abaixo: *** “Um amor como nenhum outro”, lançado em 2017 pela Editora Schoba. Novela sobre um nadador fracassado. Segundo Jonatan Silva, meu grande amigo e também escritor, um dos donos do ótimo canal Curitibando, “quem foi adolescente na década perdida, ou nos anos seguintes, pode cair na tentação de se identificar e, com certeza, vai se encontrar como peça no jogo criado por Fabricio Muller, um ardiloso experimento sobre os pequenos fracassos que nos fazem mais fortes”. Meu livro de estreia está fora de catálogo, mas quem quiser uma cópia em pdf pode pedir no e-mail fabriciomuller60@gmail.comO verão de 54 (novelas)”, lançado em 2019 pela Editora Appris, “é composto por quatro histórias bastante diferentes uma da outra. O Verão de 54 é uma história de amor proibido. Conversão trata de família e religião, Morrissey é um policial sobre um assassino serial com “uma missão” e Sorry é uma novela para adolescentes. O Verão de 54 é uma história em metalinguagem. Conversão utiliza um narrador onisciente, Morrissey é em formato de diálogo e Sorry é um diário. Como se vê, o leitor pode iniciar a leitura deste livro por qualquer uma das quatro novelas cujo tema lhe pareça mais interessante.”  Pode ser obtido, impresso ou para Kindle, neste link. “Rua Paraíba”, lançado em 2020 pela Café do Escritor. “Formado por três livros (“Rua Paraíba”, “Memórias” e “Energia”) escritos entre 2016 e 2019, “Rua Paraíba” conta histórias pessoais, histórias profissionais e comentários do autor a respeito de assuntos como religião, economia, política e música pop.” Pode ser obtido em versão em Kindle aqui. Tenho algumas cópias impressas comigo, se alguém se interessar. Além dos três livros acima, a versão inicial da novela “Conversão”, que está na coletânea “O verão de 54 (novelas)”, foi lançada na Amazon, e pode ser obtida em Kindle e impressa, neste link. Publiquei também um conto da coletânea “Ser: Antologia em contos”, da Editora EntreCapas, de 2019, coordenada pelo meu grande amigo e grande escritor Robertson Frizero, que pode ser obtida em versão impressa aqui. Fiz também um vídeo de divulgação do conto, que pode ser assistido neste link. Mais informações sobre minha obra literária podem sobre obtidas no meu no meu site. (Na foto que acompanha o texto, eu e a grande escritora Juliana Frank. quem tiver interesse em receber meus textos semanalmente, clique aqui e cadastre seu e-mail )
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O Paraíso de John John
Literatura
O Paraíso de John John
29 de outubro de 2022 at 14:03 0
Tudo começou quando a Teresa e o André trouxeram um lindo cachorrinho, de uma feira de adoção, aqui para casa. Eu não queria saber de outro cachorro logo depois que a nossa poodle Ninon tinha morrido. Para me convencer a ficar com ele, Teresa, minha filha, sugeriu batizá-lo com o nome do meu surfista favorito, o americano John John Florence. John John logo fez amizade com a Lana, uma mistura de boiadeiro australiana com vira-lata muito agressiva com estranhos, que haviamos adotado quatro anos antes. Extremamente carinhoso, faminto e aventureiro, John John Florence logo deixou todos apaixonados. Eu acho que até a Rebeca, a cachorra da minha mãe, gostou um pouco dele. Minha mulher, a Valéria, achou que ele parecia um malandro da Zona Norte carioca, e o apelidou de "gafieira" e "fuleiragem", e assim fomos criando um personagem. Logo, o André, namorado da Teresa, começou a fazer histórias com o John John, criando uma voz para ele. Ficamos tão empolgados que decidimos transformar o John John no astro de uma história em quadrinhos. E chamamos o Rafa Campos Rocha, de quem sou fã incondicional, e a querida Juliana Frank para a empreitada. Deu tudo certo, e agora você está com o produto dessas mentes brilhantes - menos a minha, claro - nas mãos. Fabricio Muller
Posfácio que escrevi para "O Paraíso de John John", história em quadrinhos publicada recentemente pela editora Oh! outra história, com roteiro de André Curtarelli e Juliana Frank e desenhos de Rafael Campos Rocha. À venda no site da editora, em https://veneta.com.br/produto/o-paraiso-de-john-john/.
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Literatura
“uísque e vergonha”, de Juliana Frank
16 de junho de 2019 at 16:44 0

charlotiê (assim mesmo, em minúsculas, como todas as letras do livro) é uma menina de treze anos que é mandada embora de casa pela mãe, com quem morava num pequeno apartamento, depois de ter sido despedida em mais um dos empregos que sua progenitora a obrigava a ter. Solta na vida, charlotiê vai morar com um tatuador, com quem fazia sexo boa parte do tempo, e depois vai arranja outro relacionamento com furks, músico que tinha acabado de ter sido abandonado pela ex-mulher. Com furks, charlotiê vai acampar num camping, onde tudo dá errado - e é lá que ela arranja um porco, que passa a acompanhá-la em todos os lugares.

Este é um resumo da novela “uísque e vergonha”, de Juliana Frank (Oito e Meio, 100 páginas), publicada em 2016 e que serviu de base para uma peça de teatro atualmente em cartaz em São Paulo, com Alessandra Negrini no papel principal.

O livro é estranho e, ao mesmo tempo, fácil e interessante de ler. Com suas cenas explícitas e texto aparentemente caótico, é a dor da personagem principal – que ainda não se recuperou do suicídio de du, o grande amor de sua vida (e que tem uma mãe, como vimos, para lá de cruel) – que faz com que “uísque e vergonha” “ganhe os ares e as alturas da mais fina, da mais leve e mais densa literatura”, como bem notou Caetano Galindo na orelha do livro.

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