setembro 2015

Serginho Groisman
Televisão
Serginho Groisman
28 de setembro de 2015 at 23:14 0
Não sou grande fã de programas de entrevistas e/ou de auditório. De todo modo, conversando dia desses com meu amigo Marcelo Stahlhoefer, este me chamou a atenção para o fato de que o Serginho Groisman tem basicamente o mesmo programa desde o tempo do SBT, nos anos 90. O Marcelo, que é mais novo que eu, ficou espantado quando eu lhe disse que o formato do programa continua o mesmo desde o tempo na TV Cultura - quando o atual “Altas Horas” se chamava “Matéria Prima”, ainda nos anos 80. Não assisto sempre o “Altas horas”, mas dá para saber que as entrevistas sempre estão presentes no programa, do mesmo modo que a presença de Laura Müller falando sobre sexo. Outros quadros vêm e vão. (mais…)
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Olá, José Augusto Lemos
Música
Olá, José Augusto Lemos
28 de setembro de 2015 at 05:39 0
Deixa eu me apresentar: meu nome é Fabricio Muller, tenho 33 anos, sou casado, tenho uma filha e sou engenheiro. Pode ser que você se lembre de mim. Quando você escreveu aquela famosa crítica contra o show do Paul McCartney no Maracanã, você recebeu uma chuva de cartas contra. (E pelo menos uma, a minha, a teu favor!) Eu te escrevi uma longa carta, procurei todas as minhas Bizz antigas, citei todas as muitas críticas que eu tinha praticamente decorado, e completei dizendo que quem falava mal de você não te lia, quem falava mal de você não te conheceu. Você me respondeu a mão dizendo que tinha se emocionado (mesmo - sublinhado) com a carta que eu tinha te mandado. (mais…)
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Bones: “Skinny”
Música
Bones: “Skinny”
27 de setembro de 2015 at 07:07 0
Lançado em setembro de 2014, depois de “Garbage” (de junho) e antes de “Rotten” (de dezembro), só pela “vizinhança” dá para sacar que “Skinny” já é um disco de maturidade de Bones (que tinha 20 anos quando de seu lançamento). Comecemos pelos videoclipes: “USB”  é assustador, mostrando o rapper contando dinheiro sentado na cozinha, além de imagens que parecem vindas de outros clipes (como as luzes de “Deadboy” ou a roupa fosforescente de “HighVisibilityRainCoat”), mas num contexto que parece totalmente deslocado. Seria a tentação demoníaca do dinheiro (ele, que não quer vender músicas)? No já citado “HighVisibilityRainCoat” tudo é escuro, só o rapper é iluminado: o efeito é bacana. Em “TheNoiseInsideMyHead” Bones conta uma história de inveja numa garagem à noite, com imagens mais deformadas do que o usual (a que acompanha este texto dá uma ideia da coisa). Finalmente, “Skinny” é uma vinheta: sim, Bones faz clipes de vinhetas. E este é bem bonito – no sentido "tradicional" da palavra. (mais…)
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“Timoleon Vieta Volta Para Casa”, de Dan Rhodes
Literatura
“Timoleon Vieta Volta Para Casa”, de Dan Rhodes
27 de setembro de 2015 at 04:51 0

Com uma capa meio infantil, mostrando um desenho rabiscado de um cachorro, e uma orelha de página que diz, entre outras coisas, que o livro é "divertido", o leitor pode imaginar que Timoleon Vieta Volta Para Casa, do escritor inglês Dan Rhodes (Editora Rocco, 209 páginas), seja um romance de leitura descontraída. Mas não é bem assim. Muito pelo contrário. Justiça se faça, entretanto: o início do livro de Rhodes é, realmente, divertido. Ele conta a história de um músico inglês já idoso, Cockroft, que fez sucesso no passado mas que graças a uma desastrosa entrevista na televisão teve sua carreira totalmente destruída. Quando Timoleon Vieta Volta Para Casa começa, Cockroft está morando sozinho em uma pequena cidade italiana na região da Toscana, na Itália. Homossexual, o músico costuma trocar frequentemente de parceiros sexuais. Sua única companhia constante é seu cachorro, o Timoleon Vieta do título, vira-lata de olhar belíssimo, "irresistível". Cockroft relembra antigos namoros com rapazes e senhores. A descrição de sua vida passada é tão engraçada quanto patética: o músico, afinal, é um sujeito carente ao extremo, e que frequentemente se humilha enormemente para conseguir companhia e sexo.  (mais…)

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Romances de Diogo Mainardi
Literatura
Romances de Diogo Mainardi
25 de setembro de 2015 at 22:25 0
Diogo Mainardi é, provavelmente, o mais polêmico jornalista brasileiro da atualidade. Dono de uma coluna semanal na revista Veja e participante fixo do programa de debates Manhattan Connection, da emissora de TV a cabo GNT, ele não costuma poupar políticos, colegas de profissão e brasileiros de modo geral de seus ácidos comentários. Além de jornalista, Mainardi também é (ou foi, já que ele já declarou que sua experiência nesta área terminou) romancista, tendo publicado quatro livros do gênero, que foram recentemente reeditados pela Record. O primeiro romance de Mainardi, Malthus (95 páginas, publicado originalmente em 1989) recebeu o Prêmio Jabuti de 1990. Segundo o prefácio de Ivan Lessa, Thomas Robert Malthus (1766-1834) foi um economista inglês que "em seu livro Um ensaio sobre o princípio da população e seu efeito na formação das sociedades (1798) sustentava que a população aumenta mais rapidamente do que o suprimento de alimentos e se limita apenas pela guerra, pobreza e vício. (...) (mais…)
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“Feriado de mim mesmo”, de Santiago Nazarian
Literatura
“Feriado de mim mesmo”, de Santiago Nazarian
24 de setembro de 2015 at 22:05 0
O leitor não deve se desanimar se, ao iniciar a leitura de “Feriado de mim mesmo”, o terceiro romance de Santiago Nazarian (Planeta, 161 páginas), achar que está diante de um livro redundante e repetitivo. Para que se tenha uma ideia, este é um começo de parágrafo na terceira página:
Então os pingos eram muitos, quentes, o chuveiro. O chuveiro a pingar sobre ele. A pingar sobre sua mão, girando a torneira. Um pouco mais quente. Um pouco mais frio. A temperatura exata, para o dia começar. A água escorrendo pelo ralo lembrou-lhe que ele precisava limpar. Lembrou-lhe que ele precisava limpar o apartamento.
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“O novo Epicuro: as delícias do sexo”, de Edward Sellon
Literatura
“O novo Epicuro: as delícias do sexo”, de Edward Sellon
23 de setembro de 2015 at 03:04 0
Na excelente introdução de “O novo Epicuro: as delícias do sexo”, (mais…)
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Alcorão
Literatura
Alcorão
22 de setembro de 2015 at 03:27 0
Não lembro o personagem e nem em qual livro de J. M. G. Le Clézio essa história apareceu. Mas era uma das muitas andarilhas/fugitivas dos livros dele, que acabou se hospedando na casa de um rapaz muçulmano. Ele não era religioso nem nada: tinha uma vida, digamos, "alternativa". Mesmo assim ele dizia que não havia livro árabe como com a qualidade do Alcorão Sagrado - que, como todos sabem, é o livro revelado por Deus ao Profeta Muhammad (segundo a crença muçulmana). Indo no mesmo caminho, o Alcorão Sagrado é publicado pela Penguin Classics, a mais importante editora de livros clássicos do mundo. A Introdução da edição da Penguin começa assim: "O Alcorão é a primeira e a melhor obra de prosa clássica árabe". (mais…)
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