outubro 2021

Meus clipes preferidos
Música
Meus clipes preferidos
31 de outubro de 2021 at 20:55 0
Gosto muito de assistir a clipes de música. Seja pela música em si, seja pela filmagem, seja por alguma outra coisa, alguns deles eu vejo muitas vezes. Fiz uma lista deles, que seriam os meus preferidos, ou coisa assim:
  1. Hiyah - Ashley All Day: já falei sobre esse clipe aqui. Imagens de Ashley All Day na cozinha, com amigas e com o então marido, e em lugares de Los Angeles. E nada mais.
  2. Dance Again - Selena Gomez: também já comentei aqui sobre esse clipe, que mostra a cantora dançando. O vídeo foi gravado antes da pandemia, mas foi lançado depois do seu início: ficou meio estranho uma música tão feliz naquele momento, mas quem se importa?
  3. Color Blind - Diplo feat. Lil Xan: descoberta minha recente, Lil Xan é um menino com tatuagens assustadoras e com problemas com drogas, mas parece boa gente. Color Blind é uma obra-prima, e o vídeo, vá lá, é meio estranho e assustador.
  4. Heart-Shaped Box - Nirvana: tendo a preferir as apresentações ao vivo do que os clipes do Nirvana, mas este, famoso, com cores estouradas e imagens de uma religiosidade meio absurda, é perfeito.
  5. Fake Plastic Trees - Radiohead: a banda e pessoas de várias idades e estilos por um corredor de supermercado cheio de produtos de forma semelhante e cores distintas. Difícil um dia que eu não assista a este vídeo.
  6. Reminder - The Weeknd: já falei sobre este clipe aqui, que parece se passar num paraíso diferente.
  7. Tranquility Base Hotel & Casino - Arctic Monkeys: Alex Turner é funcionário e hóspede de um hotel de luxo e canta uma música que, com o tempo, vai se transformando numa das melhores da banda.
  8. Nonstop - Drake: um clipe em preto e branco, filmado em Londres, em que algumas imagens me lembram filmes noir. Ou é coisa da minha cabeça.
  9. DontLookDown - Bones: chuva, um filtro verde e uma música maravilhosa.
  10. destruction - nothing,nowhere. x Travis Barker: esse aqui tem um filtro vermelho e uma moto numa estrada numa floresta no meio do mato.
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“Pieces of You”, de nothing,nowhere.
Música
“Pieces of You”, de nothing,nowhere.
18 de outubro de 2021 at 23:12 0
Lembro bem da minha emoção quando o disco “Reaper”, do nothing,nowhere., esteve numa relação do jornal New York Times como um dos melhores discos do ano de 2017. Alguns meses antes eu tinha ficado simplesmente embasbacado com “the nothing,nowhere.lp”, ainda na época em que a banda só lançava músicas no YouTube (e no SoundCloud também). O único membro do grupo, John Mulherin, era tão esquivo que sempre escondia o rosto em fotos e clipes. Criei um grupo de fãs no Facebook, e escrevi nele textos sobre a banda que até hoje reputo entre as melhores coisas que já escrevi – a ponto de eu tê-los colocado no meu terceiro livro publicado, “Rua Paraíba”. De lá para cá nosso amigo John Mulherin parece ter encontrado o caminho do sucesso: sempre participa de festivais, realiza shows em diversos países e chegou a gravar um EP com o baterista do Blink 182, Travis Barker. Sua música se tornou mais raivosa, mais pop, menos melancólica - e ele não se esconde mais o rosto. E ele gosta de brincar de vez em quando. No clipe de “nightmare” ele se veste como um cantor de hard rock brega dos anos 80, com mullets brancos, roupa chamativa e óculos escuros - e fica fazendo micagens o tempo todo para a diversão de diversos personagens pouco afeitos ao rock que aparecem no clipe, como idosos e gente com roupas quase tão bregas como a que ele está usando. No clipe mais recente, “Pieces of You”, ele toca numa banda que aparece de surpresa num casamento num asilo de idosos. O clima, feliz, parece retirado diretamente de um Sessão da Tarde. Se você quiser saber, é lindo demais. Não me arrependo de ter tatuado o nome da banda nas minhas costas.
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“Don Juan (narrado por ele mesmo)”, de Peter Handke
Literatura
“Don Juan (narrado por ele mesmo)”, de Peter Handke
3 de outubro de 2021 at 15:48 0
Considerado por Karl Ove Knausgård “talvez um dos três melhores autores vivos do mundo”, Peter Handke nasceu na Áustria em 1942 e recebeu o Prêmio Nobel de Literatura em 2019. Foi, portanto, com a melhor das expectativas que comecei a leitura de seu “Don Juan (narrado por ele mesmo)” (Estação Liberdade, 144 páginas, tradução de Simone Homem de Mello, lançado originalmente em 2004). O narrador do livro é dono de um albergue, próximo de Port-Royal-des-Champs, “o mais famoso e também mais famigerado monastério da França do século XVII”. No inverno ele praticamente nunca tinha hóspedes, mas numa tarde nesta estação do ano chegou Don Juan, de moto – segundo o narrador, poderia ter sido qualquer outro personagem da literatura, como o Señor Buendía, o Comissário Maigret, Lucien Leuwen ou Raskolnikov, mas quem veio foi Don Juan, o que lhe deu “uma lufada libertadora”. Depois desse início promissor, o restante da novela mostra Don Juan contando sobre suas conquistas amorosas na semana anterior à sua chegada no albergue - sempre de maneira caótica, indo de um país a outro tão rapidamente que parecia se movimentar na velocidade da luz. O livro pode ser interessante para estudiosos de literatura, já que o estilo de Peter Handke é bastante original, feito quase sempre de lembranças imprecisas. Mas preciso ser franco: o livro é tão confuso que para mim pareceu apenas chato. (foto que acompanha o texto obtida no Wikipédia)
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