Na minha - extremamente limitada - paisagem musical, o ano de 2019 apresentou algumas novidades, mas não muitas.
Entre as descobertas, foi bacana sacar que a Grã-Bretanha consegue fazer música pop de qualidade equivalente ao que se pratica do outro lado do Atlântico, com Ellie Goulding, Anne-Marie e Clean Bandit (Dua Lipa não vale, porque virei fã dela ano passado).
Foi também um ano de duas redescobertas, Roxy Music e Nirvana - bandas que não ouvia direito há décadas - e de uma descoberta, Drake, de quem eu sempre tinha gostado de algumas poucas músicas. Outro que comecei a ouvir com mais cuidado em 2019 ano foi o DJ Marshmello.
Quanto à música clássica, foi um ano quase que só ouvindo teclados: cravo e piano com o compositor François Couperin, e diversos compositores com o pianista Ivo Pogorelich.
Nada de grandes novidades na minha lista de músicas preferidas lançadas em 2019, apresentada lá embaixo neste texto. Selena Gomez anunciou que lançará seu disco novo no início do próximo ano, e as duas faixas já disponíveis são lindas: “Lose to love me” foi seu primeiro single a alcançar o topo da Billboard, e está no topo da minha lista também; “Look at her now” tem um clipe lindo. “DontLookDown” é uma das melhores faixas da vida do Bones, dá pra se ter uma ideia do que é isso? “METHHEAD LIFESTILE” é um rap coletivo alucinado que tem o grande Lil Darkie como destaque - agradeço Leonardo Gama, sempre me apresentando coisas maravilhosas. “7 rings” é provavelmente a melhor faixa da vida de Ariana Grande, e “Heartless” é um sinal de que o próximo disco de Weeknd vai ser um petardo. Morrissey lançou um disco de covers muito bom, “California Son”, mas eu gostei mais de suas músicas autorais novas, como este “Brow of my beloved”. O nothing,nowhere. lançou um EP com o baterista do Blink 182, e “destruction” é citado na minha lista. Fiquei chateado por não terem entrado na minha relação “Money In The Grave”, de Drake e Rick Ross, e "Get Like Me", de Bhad Bhabie com NLE Choppa - mas tudo bem, foram lembrados aqui.
Finalmente, minha lista de preferidas, definida anteontem, já tinha “Fast”, de Juice WRLD, que acabou falecendo hoje. Rest in peace.
A lista segue abaixo. Clicando nos títulos estão os links para os videos no YouTube, e logo abaixo o endereço da playlist correspondente no Spotify.
O endereço da playlist no Spotify está aqui.
“A primeira vez que vi Ariana Grande num clipe foi em ‘Focus’, uma impressionante mistura de ingenuidade infantil e de sensualidade explosiva – ela me pareceu uma espécie de Marylin Monroe mais alegre. ‘Side To Side’, com Nicki Minaj, é melhor ainda. No vídeo, o jeito ao mesmo tempo inocente e provocativo de Ariana Grande serve como um ótimo contraponto para a autoconfiança divertida da rapper. O fato é que gostei tanto destas duas canções que acabei baixando todos os álbuns de Ariana Grande pelo Spotify, e foi muito agradável descobrir que a qualidade do restante de suas músicas basicamente não diferia da de “Focus” e de “Side To Side”. Ela consegue ser dramática e intensa (“Let Me Love You”, com Lil Wayne), dançante (“Greedy”), melancólica (“I Don’t Care”), romântica (“Moonlight”), forte (“Dangerous Woman”), e por aí vai. As músicas de Ariana Grande são sempre uma excelente companhia. Quando as escuto por muito tempo normalmente acho que já está na hora de mudar um pouco - mas sinto que suas canções me puxam, como se fossem um redemoinho para onde sou levado. Ouvir Ariana Grande me acalma. Obrigado, mocinha. ”O texto acima – um pouco modificado – eu fiz para um livro de crônicas que estou escrevendo, chamado provisoriamente de “Memórias”: naquela ocasião ainda não estava marcado o show da cantora aqui no Brasil. Assim que anunciado, consegui meu ingresso para a sua apresentação em São Paulo e começou a longa expectativa. Entre a compra da entrada e o show da menina por aqui, sábado passado, ocorreu a tragédia de Manchester, onde um idiota se explodiu matando 22 pessoas e ferindo outras 50 depois de um show da cantora. Houve a possibilidade – real – de que Ariana Grande acabasse cancelando o restante da turnê, o que felizmente não aconteceu. Chegou o grande dia e lá estava eu, no estádio do Palmeiras em São Paulo. Não tinha como um fã como eu não gostar do show, mas mesmo assim me surpreendi com a sua espetacular presença de palco, com as belíssimas tomadas, literalmente cinematográficas, que surgiam no telão e com a voz da menina. Que voz, minha gente. Quem sabe faz ao vivo. (mais…)
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