O meu conhecimento de Domenico Scarlatti (1685-1757) veio junto com o da sonoridade áspera – que me chocou muito na época – do cravo. Era na coleção “Mestres da Música”, da Abril, que saiu no início dos anos 80. O fascículo falava da vida do compositor, italiano, que passou as décadas finais da vida em Madri, como músico da corte espanhola. Lá ele compôs cerca de quinhentas sonatas para cravo, a maior parte de composta por um único movimento, que lhe garantiram a imortalidade. Segundo o fascículo da coleção, apesar de ter nascido no mesmo ano de Bach e Haendel, sua obra já prenunciava o rococó e o classicismo – ao contrário do barroco dos dois alemães mais famosos. Mais do que isso, “Mestres da Música” ainda comentava que era possível perceber a influência da música espanhola – notadamente o flamenco - em muitas de suas peças.
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