François Couperin

Música
Retrospectiva musical – 2019
8 de dezembro de 2019 at 17:08 0
François Couperin - foto: https://www.medici.tv/en/artists/francois-couperin/

Na minha - extremamente limitada - paisagem musical, o ano de 2019 apresentou algumas novidades, mas não muitas.

Entre as descobertas, foi bacana sacar que a Grã-Bretanha consegue fazer música pop de qualidade equivalente ao que se pratica do outro lado do Atlântico, com Ellie Goulding, Anne-Marie e Clean Bandit (Dua Lipa não vale, porque virei fã dela ano passado). 

Foi também um ano de duas redescobertas, Roxy Music e Nirvana - bandas que não ouvia direito há décadas - e de uma descoberta, Drake, de quem eu sempre tinha gostado de algumas poucas músicas. Outro que comecei a ouvir com mais cuidado em 2019 ano foi o DJ Marshmello.

Quanto à música clássica, foi um ano quase que só ouvindo teclados: cravo e piano com o compositor François Couperin, e diversos compositores com o pianista Ivo Pogorelich. 

Nada de grandes novidades na minha lista de músicas preferidas lançadas em 2019, apresentada lá embaixo neste texto. Selena Gomez anunciou que lançará seu disco novo no início do próximo ano, e as duas faixas já disponíveis são lindas: “Lose to love me” foi seu primeiro single a alcançar o topo da Billboard, e está no topo da minha lista também; “Look at her now” tem um clipe lindo. “DontLookDown” é uma das melhores faixas da vida do Bones, dá pra se ter uma ideia do que é isso? “METHHEAD LIFESTILE” é um rap coletivo alucinado que tem o grande Lil Darkie como destaque - agradeço Leonardo Gama, sempre me apresentando coisas maravilhosas. “7 rings” é provavelmente a melhor faixa da vida de Ariana Grande, e “Heartless” é um sinal de que o próximo disco de Weeknd vai ser um petardo. Morrissey lançou um disco de covers muito bom, “California Son”, mas eu gostei mais de suas músicas autorais novas, como este “Brow of my beloved”. O nothing,nowhere. lançou um EP com o baterista do Blink 182, e “destruction” é citado na minha lista. Fiquei chateado por não terem entrado na minha relação “Money In The Grave”, de Drake e Rick Ross, e "Get Like Me", de Bhad Bhabie com NLE Choppa - mas tudo bem, foram lembrados aqui.

Finalmente, minha lista de preferidas, definida anteontem, já tinha “Fast”, de Juice WRLD, que acabou falecendo hoje. Rest in peace.

A lista segue abaixo. Clicando nos títulos estão os links para os videos no YouTube, e logo abaixo o endereço da playlist correspondente no Spotify.

  1. Selena Gomez - Lose You To Love Me
  2. Ashley All Day - Shop Til U Drop
  3. BONES - DontLookDown
  4. Selena Gomez - Look At Her Now
  5. Morrissey - Brow of My Beloved
  6. LIL DARKIE - METHHEAD FREESTYLE
  7. The Weeknd - Heartless
  8. Ariana Grande - 7 rings
  9. nothing,nowhere. x Travis Barker - destruction
  10. Juice WRLD - Fast

O endereço da playlist no Spotify está aqui.

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Minha retrospectiva musical – 2018
Música
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12 de dezembro de 2018 at 08:36 0
2018 foi o ano em que eu conheci Bhad Bhabie e Juice WRLD, uma cantora e um cantor de rap que logo se transformaram em favoritos da casa. (mais…)
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“Les Ombres Errantes”, de François Couperin
Música
“Les Ombres Errantes”, de François Couperin
18 de abril de 2018 at 09:37 0
A maioria dos discos para teclado solo do compositor francês François Couperin (1668-1733) que se encontra no serviço de streaming Spotify são executadas no cravo, instrumento para o qual suas músicas foram originariamente compostas. Um dos poucos tocados no piano é este “Les Ombres Errantes”, com o israelense Iddo Bar-Shaï. Tudo parecia, à primeira vista, perfeito no disco: a capa, que me lembrou um visual meio black metal, meio Joy Division; o título, “As Sombras Errantes”; o nome exótico do pianista; os títulos das peças, a cargo do próprio Couperin: “La Muse-Plantine” ("A Musa-Plantinha"), “Le Rossignol-em-Amour” ("O Rouxinol-em-Amor"), “Double du Rossignol” ("O Rouxinol Duplo"), “Les Petites Âges – L’Enfantine” ("As Pequenas Idades - O Infante"), “La Misterieuse” (“A Misteriosa), e por aí vai. O texto da contracapa fala o seguinte:

“Grave, ligeira, majestosa, pitoresca, a obra para cravo de François Couperin, com seus indispensáveis ornamentos e detalhes picantes, nos propõe seguir todas os movimentos da alma do 'maior poeta entre nossos cravistas', segundo a expressão de Debussy. Interpretado ao piano, que traz consigo sua própria cor, estas peças de cravo, em seus climas diferentes, conservam tudo o que faz seu charme.”

As peças do disco são movimentos de composições maiores: estamos, portanto, diante de um “best of”. A sensibilidade do pianista, a delicadeza das composições, as belíssimas melodias, tudo faz com que este “Les Ombres Errantes” cumpra com louvor o que prometia na primeira impressão que eu tive. Belíssimo. Dê uma rápida escutada em “Le Dodo, ou L’Amour ou Berceu: 15ème ordre, 3ème Livre” ou em  "Les Rozeaux: 13ème ordre, 3ème livre"– duas das mais belas peças de Couperin - para você ter uma ideia do que estou falando. (mais…)
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