Entrevistado frequente de programas científicos em emissoras como Discovery e History Channel, o físico norte-americano de origem japonesa Michio Kaku é, segundo a Wikipédia, autor de vários artigos científicos envolvendo a teoria das cordas, a supergravidade, supersimetria, hádrons, e, atualmente, se dedica à Teoria de Tudo – uma teoria científica hipotética que unificaria, procuraria explicar e conectar em uma só estrutura teórica, todos os fenômenos físicos (juntando a mecânica quântica e a relatividade geral) num único tratamento teórico e matemático. Ele também é divulgador científico, tendo escrito diversos livros para o público em geral – eu já tinha comentado aqui sobre “Hiperespaço”, e o presente texto se concentra em “Mundos paralelos – uma jornada através da criação, das dimensões superiores e do futuro do Cosmo” (Rocco, 428 páginas, traduzido por Talita M. Rodrigues).
O livro versa sobre vários aspectos da física moderna, como o fim do universo, universos quânticos paralelos, uma espécie de teoria das cordas chamada “Teoria M”, viagens no tempo, dimensões maiores que as quatro que estamos acostumados (três espaciais e uma temporal).
São tantas informações malucas que Michio Kaku traz sobre a física moderna que um leitor leigo, mas com alguma formação matemática, como eu, fica se perguntando como os físicos e matemáticos conseguem entender aquelas teorias todas – mas a leitura do livro vale muito a pena, mesmo assim.
E, depois dessa loucurada toda, a conclusão de Michio Kaku tão bonita que resolvi transcrevê-la inteira:
“Acredito que Sigmund Freud, com todas as suas especulações sobre o lado sombrio da mente inconsciente, tenha chegado mais perto da verdade ao dizer que o que dá estabilidade e sentido a nossa mente é trabalho e amor. O trabalho ajuda a nos dar uma sensação de responsabilidade e propósito, um foco concreto para nossos esforços e sonhos. O trabalho não só confere disciplina e estrutura a nossa vida, ele também nos dá uma sensação de orgulho, conquista e uma estrutura para a satisfação. E o amor é um ingrediente essencial que nos coloca dentro do tecido da sociedade.
Além do trabalho e do amor, eu acrescentaria mais dois outros ingredientes que dão sentido à vida. Primeiro, satisfazer os talentos com os quais nascemos. Por mais abençoados que sejamos, com diferentes habilidades e pontos fortes, devemos tentar desenvolvê-las ao máximo, em vez de deixá-las atrofiar e apodrecer. Todos nós conhecemos indivíduos que não cumpriram a promessa que demonstraram na infância. Muitos se assustaram com a imagem do que poderiam se tornar. Em vez de culpar o destino, penso que devemos nos aceitar tal como somos e tentar satisfazer todos os sonhos que estejam dentro da nossa capacidade.
Segundo, devemos tentar deixar o mundo um lugar melhor do que quando nele chegamos. Como indivíduos, podemos fazer a diferença, seja sondando os segredos da Natureza, limpando o ambiente e trabalhando pela paz e justiça social, ou nutrindo o espírito inquisidor e vibrante dos jovens, sendo um mentor ou guia.”
(foto que acompanha o texto obtida da Wikipédia)
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