Paulo Leminski

“Stroheim”, de Arthur Lennig
Cinema
“Stroheim”, de Arthur Lennig
12 de setembro de 2021 at 16:49 0
Minha memória não costuma falhar para esse tipo de coisa, e realmente lembro de ter lido na Gazeta do Povo uma crônica do escritor e poeta curitibano Paulo Leminski (1944-1989), escrita enquanto ele era vivo, que falava sobre um tipo especial de chato, “o chato contador de filmes” - não precisa explicar muito. Mas sei lá, procurei na internet e não achei nada que se referisse a este texto. Não importa. O que importa aqui é que lembrei bastante daquela crônica enquanto lia o monumental “Stroheim”, de Arthur Lennig (University Press of Kentucky, 574 páginas, publicado originalmente em 2000). Já comentei bastante sobre Erich von Stroheim (1885-1957) aqui, e não sei se vale a pena escrever de novo sobre a vida deste grande diretor de cinema austríaco que fez grande sucesso como diretor em Hollywood nos anos 1920, mas que gastava tanto dinheiro em suas produções que acabou não conseguindo mais trabalho como diretor, apenas como ator, nos seus 25 últimos anos de vida. Voltando ao livro de Arthur Lennig: realmente, é emocionante a dedicação do autor pela obra de um dos meus diretores preferidos – ele chegou a trabalhar na restauração de alguns filmes do diretor. Mais do que isso, a pesquisa que ele fez é primorosa, e com a leitura ficamos sabendo de muitos detalhes da vida de Stroheim. Mas acho que metade de seu livro descreve os filmes do diretor. Sim, é meio chato, como já dizia Leminski. De todo modo, como fã de Stroheim, fiquei satisfeito com a leitura, claro. E ele ainda cita uma visita do diretor ao Brasil, no Festival Internacional de Cinema do Brasil em 1954, sobre o qual já descobri na internet dois artigos (ver aqui e aqui) – quem sabe eu comente alguma coisa sobre aquele festival por aqui ainda.
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Laranja Mecânica, Catatau
Literatura
Laranja Mecânica, Catatau
9 de fevereiro de 2016 at 22:10 0
O jovem Alex na versão de Laranja Mecânica feita por Stanley Kubrick para o cinema. - Então, o que é que vai ser, hein? Éramos eu, ou seja, Alex, e meus três druguis, ou seja, Pete, Georgie e Tosko, Tosco porque ele era muito tosco, e estávamos no Lactobar Korova botando nossas rassudoks pra funcionar (...) O Lactobar Korova era um mesto de leite-com, e possa ser, Ó, meus irmãos, que tenhais esquecido como eram esses mestos, pois as coisas mudam tão skorre hoje em dia (...)
É assim que começa o clássico do escritor inglês Anthony Burgess, Laranja Mecânica, publicado recentemente no Brasil pela Editora Aleph [200 páginas], com excelente tradução de Fábio Fernandes. (mais…)
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