Santa Clara (1194-1253) era amiga de São Francisco de Assis e acabou, com a assistência dele, criando a Ordem das Clarissas. Interessado que sou na vida de santos em geral e na de São Francisco em particular, achei que era uma boa ideia ler a biografia “Clara, a primeira plantinha de Francisco”, de Chiara Augusta Lainati (Paulinas, tradução de Leonilda Menossi, 120 páginas). Infelizmente, o livro pouco conta sobre a história da santa e, numa linguagem empolada e cansativa, fica elogiando Santa Clara sem parar – ela não precisa disso, né?
A alemã Edith Stein (1891-1942) era uma filósofa importante, de origem judaica, e que resolveu virar monja carmelita. Perseguida pelos nazistas devido às suas raízes, foi assassinada em Auschwitz. Em 1998 ela foi canonizada como mártir, com o nome de Santa Teresa Benedita da Cruz, o que causou protestos na comunidade judaica, que considera que ela foi morta apenas por ser judia – os católicos rebatem que seu martírio foi causado por ela pertencer à Igreja Católica da Holanda, cuja oposição ao nazismo gerou perseguição de judeus convertidos ao catolicismo (Folha de São Paulo, edição de 12 de outubro de 1998).
Polêmicas à parte, a curtíssima biografia (li em menos de uma hora) “Edith Stein”, de Vittoria Fabretti (Paulinas, 78 páginas, tradução de Antonio Efro Feltrin), ao contrário da de Santa Clara citada anteriormente, é extremamente objetiva, mostrando uma mulher forte, corajosa – e que aparentemente quis mesmo se martirizar por sua fé e por sua raça. Recomendo fortemente a leitura.
A física moderna, queiram ou não, é uma doideira. Partículas que estão em dois lugares ao mesmo tempo, espaço pluridimensional, matéria escura (que se sabe que existe, mas que não se tem ideia do que seja), energia escura (que expande o universo, mas que também ninguém tem ideia exata no que consiste) e outros temas afins são muito bem explicados em “Astrofísica para Apressados”, do astrofísico americano Neil deGrasse Tyson (Planeta, 190 páginas, tradução de Alexandre Martins).
Ilustra este texto uma “representação, a fresco, de Santa Clara por Simone Martini (1312–1320), localizada na Basílica de São Francisco, Assis, Itália” – fonte: Wikipédia
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