Poema de Maya Angelou
Literatura

Poema de Maya Angelou

30 de julho de 2015 0

Você pode me inscrever na história /
Com as mentiras amargas que contar /
Você pode me arrastar no pó, /
Ainda assim, como pó, vou me levantar. //

Minha elegância o perturba? /
Por que você afunda no pesar? /
Porque eu caminho como se eu tivesse /
Petróleo jorrando na sala de estar. //

Assim como a lua ou o sol /
Com a certeza das ondas no mar /
Como se ergue a esperança /
Ainda assim, vou me levantar. //

Você queria me ver abatida? /
Cabeça baixa, olhar caído, /
Ombros curvados como lágrimas,/
Com a alma a gritar enfraquecida? //

Minha altivez o ofende? /
Não leve isso tão a mal /
Só porque eu rio como se tivesse /
Minas de ouro no quintal. //

Você pode me fuzilar com palavras /
E me retalhar com seu olhar /
Pode me matar com seu ódio /
Ainda assim, como ar, vou me levantar.

(trad. Francesca Angiolillo)

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