Tomasi di Lampedusa

Alain Delon (1935-2024)
Cinema
Alain Delon (1935-2024)
18 de agosto de 2024 at 18:31 0
Jean Gabin, Lino Ventura e Alain Delon eram os grandes nomes do chamado "filme polar", a resposta francesa ao "filme noir". A foto que acompanha este texto é uma reprodução do cartaz de "Os Sicilianos" (1969), no qual os três atuaram juntos. Lino Ventura era o ator que parecia ser um sujeito confiável e afetivo; Jean Gabin era classudo, imponente, carismático; e, com seus olhos claríssimos e pinta de galã, Alain Delon era frio e enigmático - e era realmente assustador quando atuava como vilão. Os meus filmes polar preferidos com Alain Delon, além do já citado "Os Sicilianos", são "Borsalino", em que faz um gângster em parceria com Jean-Paul Belmondo, e "Gângsters de casaca"  (1963), em que seu colega no mundo do crime é vivido por Jean Gabin. Assisti também com Alain Delon, muitos anos atrás, dois clássicos da cinematografia mundial, ambos dirigidos pelo grande Luchino Visconti: "O Leopardo", de 1963 (baseado no romance de Lampedusa que inspirou meu próprio nome), e "Rocco e seus irmãos", de 1960. Nos últimos anos, devido a graves problemas de saúde, Alain Delon queria morrer por suicídio assistido. Hoje (18 de agosto de 2024) ele faleceu, provavelmente de causas naturais, e o mundo do cinema fica mais triste.
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Três romances para reler
Literatura
Três romances para reler
10 de setembro de 2023 at 22:19 0
É meio que um mistério isso. Só costumo reler ficção quando não lembro nada do livro – normalmente no caso de obras que li muito novo, e quando algo me diz que não custaria nada ter uma ideia do que eu tinha lido. Entre os muitos autores de livros relidos nesta categoria eu posso citar Kafka, Faulkner, Jorge Luis Borges, Machado de Assis, Lampedusa, Homero e Virginia Woolf; e normalmente a releitura é prazerosa. Outro caso são os livros de alguns autores que “deixo fazer parte do passado da minha memória”, conforme eu tinha comentado aqui, como Thomas Mann, Honoré de Balzac e Philip Roth (se bem que já mudei de ideia quanto a este último). Situação semelhante é de “Em busca do tempo perdido”, da Marcel Proust, que me deixou completamente alucinado quando o li no final dos anos 1980; cheguei a reler os dois primeiros da série, mas não me vejo mais retomando Proust no futuro. Outros casos específicos são a Bíblia e o Alcorão: estou sempre lendo um pedacinho destas obras sagradas, não é como se eu tivesse necessidade de tomar a iniciativa de relê-los. E, se eu fosse apontar hoje quais os romances que mais gostei até hoje, eu apontaria “As irmãs Makioka”, de Junichiro Tanizaki, e “2666”, de Roberto Bolaño: mas me aprofundei tanto na leitura deles que não vejo muita necessidade de uma releitura. Finalmente, vamos então aos livros da minha pequena lista de três romances que, misteriosamente, sempre quero reler e que sei que ainda vou reler muitas vezes ainda (clicando no nome dos romances abaixo tem outros detalhes sobre os livros, que eu tinha comentado anteriormente neste site), começando por um que só li duas vezes: “A história secreta”, de Donna Tartt. Nunca tinha ouvido falar deste livro e um belo dia minha mãe me mostrou, dizendo que tinha comprado pouco tempo antes e que o tinha amado. Resolvi ler, e nunca esqueci a história maluca de uns estudantes universitários americanos de literatura clássica grega que bebiam sem parar. Na primeira releitura, o romance me pareceu melhor ainda. Conforme comentei aqui, é impressionante como odiei “Recordações do Escrivão Isaías Caminha”, de Lima Barreto, na primeira leitura. Depois que descobri que muito do que ele escrevia era irônico, resolvi reler o romance e ele me pareceu melhor que nunca. Sempre lembro da cena em que o narrador – baseado no próprio Lima Barreto – descobre o preconceito, numa estação de trem, contra a pele negra dele. O melhor livro da literatura brasileira, e não admito que ninguém tenha uma opinião contrária (brincadeira, admito sim, só não concordo). Só não sei se o li três ou quatro vezes, mas isso não importa, né. Finalmente, “A Cartucha de Parma”, de Stendhal. Lembro como fosse hoje quando comprei uma linda pequena edição em francês deste clássico em papel-bíblia, num sebo. Carrego esse livro sempre comigo, e já li o romance quatro vezes no total, tanto em francês quanto em português. É engraçado que meu nome é baseado do personagem Fabrizio de Salina, de um romance de Lampedusa chamado “O Leopardo”: um bom livro, mas que nem se compara com “A Cartucha de Parma”, cujo personagem principal é outro xará meu: Fabricio del Dongo é um sujeito apaixonante e amalucado, meu personagem preferido na história da literatura. Minha mãe, mesmo por vias meio tortas, me batizou muito bem.
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Dois príncipes
Literatura
Dois príncipes
4 de julho de 2015 at 12:44 0
O meu nome foi inspirado no personagem Príncipe Fabrizio di Salina, do livro "O Leopardo", escrito pelo também príncipe Giuseppe Tomasi di Lampedusa. Li o romance na adolescência, mas não me lembrava de praticamente nada. Eu me recordava de alguma coisa do filme (também clássico e dirigido pelo grande Luchino Visconti), que assisti há mais de dez anos. Sempre quis reler o livro cujo personagem inspirou meu nome - o que acabei fazendo poucos dias atrás.
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