Jean Gabin, Lino Ventura e Alain Delon eram os grandes nomes do chamado “filme polar”, a resposta francesa ao “filme noir”. A foto que acompanha este texto é uma reprodução do cartaz de “Os Sicilianos” (1969), no qual os três atuaram juntos.
Lino Ventura era o ator que parecia ser um sujeito confiável e afetivo; Jean Gabin era classudo, imponente, carismático; e, com seus olhos claríssimos e pinta de galã, Alain Delon era frio e enigmático – e era realmente assustador quando atuava como vilão.
Os meus filmes polar preferidos com Alain Delon, além do já citado “Os Sicilianos”, são “Borsalino”, em que faz um gângster em parceria com Jean-Paul Belmondo, e “Gângsters de casaca” (1963), em que seu colega no mundo do crime é vivido por Jean Gabin.
Assisti também com Alain Delon, muitos anos atrás, dois clássicos da cinematografia mundial, ambos dirigidos pelo grande Luchino Visconti: “O Leopardo”, de 1963 (baseado no romance de Lampedusa que inspirou meu próprio nome), e “Rocco e seus irmãos”, de 1960.
Nos últimos anos, devido a graves problemas de saúde, Alain Delon queria morrer por suicídio assistido. Hoje (18 de agosto de 2024) ele faleceu, provavelmente de causas naturais, e o mundo do cinema fica mais triste.
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