Imre Kertész

Um Nobel para Chamar de Meu
Literatura
Um Nobel para Chamar de Meu
9 de outubro de 2025 at 14:09 0
O Prêmio Nobel de Literatura de 2025, concedido a László Krasznahorkai, foi anunciado há pouco. Como de costume, assisti ao anúncio ao vivo pelo site do Prêmio Nobel. O processo é bem simples: há uma porta fechada com algumas pessoas sentadas em frente a ela. Pouco depois, uma pessoa bem-vestida sai e, com frases rápidas em sueco e inglês, anuncia o nome do vencedor, além de dar uma breve justificativa para a escolha. Comecei a acompanhar o Nobel de Literatura com mais atenção em 2008, quando J.M.G. Le Clézio foi o vencedor. Eu tinha comprado um livro dele, Mondo et autres histoires, quase por acaso e tinha ficado embasbacado. Fiquei tão feliz quando vi a vitória de Le Clézio na página principal do UOL que liguei para a Valéria para contar. O Prêmio Nobel de Literatura tem me ajudado a descobrir excelentes autores ao longo dos anos, como Han Kang (2024), Patrick Modiano (2014), Svetlana Alexievich (2015), Kazuo Ishiguro (2017), Alice Munro (2013), Mo Yan (2012), J.M. Coetzee (2003), Naguib Mahfouz (1988) e Olga Tokarczuk (2018). Gosto de outros escritores que já conhecia antes de receberem o Nobel, como Gabriel García Márquez (1982), Vidiadhar Naipaul (2001) e Mario Vargas Llosa (2010). De outros, cheguei a ler algo, mas não gostei muito, como Imre Kertész (2002) e Peter Handke (2019). De Jon Fosse (2023), já comprei o livro “Trilogia”, mas ainda não comecei a ler. Não tenho muita facilidade com poesia, então acabei lendo pouquíssima coisa de Louise Glück (2020), Tomas Tranströmer (2011) e Wisława Szymborska (1996). O caso de Herta Müller (2009) é um pouco diferente: li alguns de seus livros, gostei de uns e menos de outros, mas suas histórias tendem a grudar na memória, sejam elas boas ou ruins. Alguns autores simplesmente não me atraem, e não pretendo lê-los, como é o caso de Abdulrazak Gurnah (2021) e Annie Ernaux (2022). Porém, isso não aconteceu com o laureado de hoje, László Krasznahorkai, que recebeu o prêmio, segundo a Academia Sueca, “pela sua obra convincente e visionária que, em meio de um terror apocalíptico, reafirma o poder da arte”. “Distopia” e “terror” são termos frequentemente citados quando se fala em sua obra, dois assuntos que me interessam bastante: meu novo romance, “3040”, é uma espécie de distopia, e meu texto mais recente aqui foi sobre filmes de terror. Em breve, comprarei “Sátántangó”, romance “apocalíptico” publicado originalmente em 1985 e já lançado no Brasil pela Companhia das Letras. (Imagem que acompanha o texto obtida no Google Gemini. Se você estiver interessado em receber este e outros textos meus semanalmente, clique aqui e cadastre seu e-mail.)
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Rápidos comentários sobre livros lidos – 9
Literatura
Rápidos comentários sobre livros lidos – 9
5 de novembro de 2015 at 01:47 0
Febre de bola (Editora Rocco) é o primeiro livro de Nick Hornby, e é uma leitura deliciosa. Ele conta a paixão do autor pelo Arsenal, equipe de futebol londrina. O titulo de cada capítulo é a data e as equipes participantes de uma dada partida. Nick Hornby se concentra principalmente na relação daquele jogo  com algum acontecimento, de caráter pessoal ou não. Assim, ele faz comentários sobre os trágicos acontecimentos dos estádios de Heysel (quando dezenas de torcedores italianos foram mortos espezinhados por hooligans ingleses, na Bélgica, em 1985) e de Hillsborough (quando 96 torcedores ingleses foram mortos esmagados, em 1996), a vitória brasileira na Copa de 1970 ou o racismo nos estádios ingleses. Mas o que torna o livro especialmente saboroso são os comentários de Hornby sobre sua vida pessoal: os temas principais são o seu próprio fanatismo desvairado, qual o papel do futebol na relação com as pessoas próximas (o meio-irmão, o melhor amigo, o pai, a namorada), como foi a carreira de Nick Hornby como torcedor de outra equipe, o Cambridge United (que passou por várias divisões na Liga Inglesa, sempre abaixo da primeira). (mais…)
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Rápidos comentários sobre livros lidos – 6
Literatura
Rápidos comentários sobre livros lidos – 6
30 de outubro de 2015 at 01:11 0
Restif de la Bretonne (1734-1806) era um escritor francês que viveu numa época extremamente conturbada na França, e é representante do "Segundo Iluminismo" (fim do século XVIII). Sua obra, extremamente vasta, e frequentemente autobiográfica, fez com que ele fosse apelidado de "Rousseau da sarjeta". Este apelido engloba sua preocupação social e seu gosto pelo sexo e pela pornografia. (mais…)
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