Em um bairro rico da cidade peruana de Miraflores duas chilenas surgem movimentando a vida social dos jovens. Lily tinha cerca de 15 anos, enquanto sua irmã Lucy tinha uns dois anos a menos. Segundo Ricardo Samacurcio, o personagem que narra em primeira pessoa o extraordinário
Travessuras da menina má, do escritor peruano Mario Vargas Llosa (Alfaguara, 303 páginas), "o adjetivo marcante parecia ter sido inventado para elas, mas, sem deixar de sê-lo, Lucy era menos marcante que a irmã, não só porque seu cabelo era menos louro e mais curto e se vestia com menos atrevimento que Lily, mas também porque era mais calada e, na hora de dançar, apesar de também fazer firulas e requebrar a cintura com uma audácia que nenhuma miraflorense se atreveria a assumir, parecia uma garota recatada, inibida e quase insípida em comparação com aquele pião, aquela labareda ao vento, aquele fogo-fátuo que era Lily quando, colocados os discos na vitrola, o mambo explodia e começávamos todos a dançar."
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