Música

Meus discos preferidos: 7. “the nothing​,​nowhere. lp ” – nothing​,​nowhere.
Música
Meus discos preferidos: 7. “the nothing​,​nowhere. lp ” – nothing​,​nowhere.
22 de setembro de 2016 at 23:35 4
Acho que uma boa definição visual da misteriosa banda americana nothing,nowhere é  o clipe de “deadbeat valentine”. No início o vocalista canta e toca guitarra numa peça que parece ser um porão de uma casa: ele não olha para a câmera, que treme e fica boa parte do tempo atrás de uns pilares. Quando ele finalmente olha de frente, a luz é estranha, seu rosto fica assustadoramente branco e seus olhos parecem dois riscos negros. Tudo isto permeado com imagens e legendas do estilo da Fox News. O clipe dá uma sensação permanente de deslocamento, de algo estranho e fora de lugar. Nada, lugar nenhum. (mais…)
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Curitiba Pop Festival, 2003
Música, Shows e Espetáculos
Curitiba Pop Festival, 2003
16 de setembro de 2016 at 11:37 2
O local Confesso que fiquei preocupado quando soube que o Curitiba Pop Festival seria na Ópera de Arame. Para quem não conhece, o local é belíssimo e todo construído em estruturas metálicas e vidro. A acústica, por outro lado, é péssima. As cadeiras são todas parafusadas no chão e com os assentos em grade metálica - o que seria também muito ruim para um show de rock. Por sorte, nada disso foi empecilho para que o Festival transcorresse bem. O local mostrou-se excelente para o evento, já que as cadeiras todas foram retiradas e várias plataformas de madeira emborrachada foram colocadas no seu lugar, permitindo uma excelente movimentação de todos os presentes - ajudada aliás pela arquitetura do lugar como um todo, com várias escadas e passagens para os pavimentos superiores e inferiores. A acústica, apesar de deficiente, não impediu que se ouvisse bem os bons shows.   (mais…)
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Meus discos preferidos: 8. “Check Your Head” – Beastie Boys
Música
Meus discos preferidos: 8. “Check Your Head” – Beastie Boys
7 de setembro de 2016 at 23:01 0
Eu nunca gostei muito de ouvir músicas repetidamente: tanto pelo fato de sempre ter apreciado vários estilos diferentes, quanto por ter medo de me cansar do que estou ouvindo, o repeat nunca foi meu forte – mesmo no tempo dos LPs, poucos foram os discos que ficaram muito tempo seguido no aparelho de som. Nas minhas madrugadas fazendo dissertação de mestrado, meio que deixei este costume de lado: em boa parte do tempo dispendido escrevendo ou programando eu ouvia o CD “Cor de Rosa e Carvão”, de Marisa Monte, no aparelho de som do escritório, ou a fita cassete oficial (acho que nem tinha sido lançado o LP no Brasil) de “Check Your Head”, do grupo de rap americano Beastie Boys, que eu ouvia num aparelho pequeno que tinha apenas rádio e toca-fitas. (mais…)
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Gottfried Heinrich Bach
Música
Gottfried Heinrich Bach
28 de agosto de 2016 at 02:24 0
O compositor alemão Johann Sebastian Bach (1685-1750) teve sete filhos com a primeira mulher, Maria Barbara, e mais treze com a segunda, Anna Magdalena. Praticamente metade deles faleceu ainda criança e, entre os sobreviventes, quatro se tornaram compositores importantes: Wilhelm Friedemann, Carl Philipp Emanuel, Johann Christoph Friedrich e Johann Christian. (mais…)
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Bones: “PaidProgramming2”
Música
Bones: “PaidProgramming2”
19 de agosto de 2016 at 17:43 0
Quem sabe Bones não estaria assim tão errado se tivesse chamado seu novo disco, “PaidProgramming2”, de “Powder2”. Do mesmo modo que para “Powder”, de 2015, para “PaidProgramming2” o rapper anunciou meses antes o lançamento do disco, com teasers no Youtube e tudo (quando o “processo” normal dele consiste no anúncio de novos álbuns pouco tempo antes do lançamento na internet – não esqueçamos que Bones sempre distribui de graça suas músicas). Fora isso, os dois discos têm um grande número de faixas (25 para “PaidProgramming2” e 28 para “Powder”) e um clima em geral mais tranquilo do que, por exemplo, aquele das obras-primas “Rotten”, “Garbage” ou “Deadboy”. De todo modo, é interessante ele ter criado um “volume 2” de “PaidProgramming”, um lançamento do já longínquo 2013 (época em que o nosso Elmo já tinha basicamente criado sua identidade artística própria), também mais ou menos tranquilo e com muitas faixas. A capa de “PaidProgramming2”, inclusive, é uma comparação para lá de interessante com a de “PaidProgramming”. Comecemos pelos clipes lançados até agora: “TheCurseOfTheGhost” e “BlackMold” podem se inserir numa tendência recente de seus vídeos que, mesmo utilizando técnicas diferentes (por exemplo, o primeiro foi filmado com tecnologia moderna e segundo foi feito em VHS), utilizam primordialmente as cores preto, cinza, branco e azul (outros exemplos desta tendência são os de “WhereTheTreesMeetTheFreeway”, “TheDayYouLeaveThisPlanetNobodyWillNotice”, “GladWeHaveAnUnderstandig” e “Cholesterol”). Eu particularmente acho uma escolha feliz, e já tinha comentado aqui a beleza do clipe de “OakGroveRoad”, em que a utilização intensiva destas cores é a primeira coisa que chama a atenção. (mais…)
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Meus discos preferidos: 9. “It Takes a Nation of Millions to Hold Us Back” – Public Enemy
Música
Meus discos preferidos: 9. “It Takes a Nation of Millions to Hold Us Back” – Public Enemy
12 de agosto de 2016 at 18:38 0
Eu tinha comprado uma coletânea com músicas de vários grupos de hip hop, da qual constavam duas faixas do Public Enemy: “Sophisticated Bitch” e “Timebomb”. Naqueles longínquos anos 80, quando a Revista Bizz falava bem de algum grupo cujos discos não tinham sido lançados por aqui, não me restava nada senão ficar imaginando o som – ou tentar achar alguma coisa numa coletânea, como no presente caso. Pois bem: “Sophisticated Bitch” e “Timebomb” rapidamente se tornaram favoritas lá em casa. A primeira tem uma guitarra de rock ao fundo, e a segunda é um pouco mais pesada que o rap que eu ouvia na época – Run D.M.C., Beastie Boys, Eric B. and Rakim e o que mais passasse na frente. (mais…)
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Meus discos preferidos: 10. “Lisboa” – Madredeus
Música
Meus discos preferidos: 10. “Lisboa” – Madredeus
2 de agosto de 2016 at 11:34 0
Sempre que eu penso no álbum duplo ao vivo “Lisboa”, do grupo português Madredeus, de 1992, eu penso num ápice antes da decadência fatal. Sim, eu sei que é uma impressão injusta: “O Espírito da Paz”, de 1994 e “O Paraíso”, de 1997, são álbuns superiores a “Os Dias da Madredeus” (1987) e “Existir” (1990), cujas músicas servem de base a este monumental “Lisboa”. Mas eu vou tentar me explicar. “Os Dias da MadreDeus”, o primeiro álbum, espanta quem conheceu a banda nos discos seguintes pelo amadorismo das gravações e pela voz – como direi – inexperiente da espetacular Teresa Salgueiro: o fato é que, neste disco, ela parece outra pessoa cantando. Já no álbum seguinte, “Existir”, tudo é mais profissional e a vocalista do Madredeus já era a cantora que passamos a admirar então – e que teve uma carreira absolutamente irretocável até o lançamento de outro duplo ao vivo, “O Porto” (1998), mas esta é outra história. (mais…)
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“7 years”, de Lukas Graham
Música
“7 years”, de Lukas Graham
8 de julho de 2016 at 17:18 0
Não costumo colocar músicas no repeat. O culpado disto é o Morrissey: ouvi tanto suas músicas (solo e com os Smiths) que hoje elas já não me fazem mais o mesmo efeito que faziam no início nos anos 90 (eu sei que parece papo de maconheiro velho que diz que a erva de hoje não é tão boa quanto aquela que ele usava na juventude - mas eu sou abstêmio, então este papo é só mais uma piada sem graça). Dia destes eu estava ouvindo “7 years”, do dinamarquês Lukas Graham, líder da banda que leva o seu nome. Ouvi uma vez. Duas. Três. Acho que na décima meu alerta “anti-repeat” começou a apitar. Alto. Mas eu lutei contra o alerta, e continuei ouvindo “7 years” durante o resto daquele dia. No dia seguinte, comecei a ouvir a música no início da tarde e… fui ouvindo até anoitecer. Acho que no dia subsequente, com medo de uma recaída (e aqui cabe mais uma piada sem graça), fiquei longe da tentação. De todo modo, contei para minha filha sobre a música e fiquei feliz de saber que ela já era fã. Eu disse que estava pensando em escrever um texto sobre “7 years”, ela gostou da ideia e vem me cobrando desde então. (mais…)
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