Até pelo fato de o húngaro ser um raro idioma ocidental de origem não-indoeuropeia, ele é tão difícil de aprender que é considerado o “único idioma que o diabo respeita”. Possivelmente é a complexidade da língua que fascina o
ghost-writer (segundo a Wikipedia, é a pessoa que, tendo escrito uma obra ou texto, não recebe os créditos de autoria: estes ficam com aquele que o contrata ou compra o trabalho) José Costa. E que
ghost-writer! O personagem principal de “Budapeste”, romance de Chico Buarque, escreve “monografias e dissertações, provas de medicina, petições de advogados, cartas de amor, de adeus, de desespero, chantagens, ameaças de suicídio”. José Costa foi se aperfeiçoando no ofício, e logo já estava publicando artigos em jornais de grande circulação, em nome de gente como o presidente da Federação das Indústrias, o ministro do Supremo Tribunal Federal, o cardeal arcebispo do Rio de Janeiro.
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