História

Dois livros de John Lukács
História
Dois livros de John Lukács
10 de março de 2016 at 17:41 0
O Hitler da História e O Duelo: Churchill x Hitler são dois extraordinários livros sobre o mesmo período, e escritos pelo mesmo autor - o húngaro radicado nos Estados Unidos John Lukács. As semelhanças, entretanto, param por aí. O Duelo: Churchill x Hitler (Jorge Zahar Editor, 241 páginas - cujo título original em inglês é somente The Duel) é um fascinante e detalhado relato dos 80 dias em que Hitler esteve mais próximo da vitória total na Segunda Guerra Mundial. Estes 80 dias vão de 10 de maio de 1940, com o que Lukács chama de Primeira Coincidência - no mesmo dia Churchill assume o poder e Hitler inicia a ofensiva contra a França - até 31 de julho, o dia em que Roosevelt decide apoiar a Inglaterra e Hitler comunica a seus generais que vai invadir a Rússia. Lukács descreve paralelamente a enorme dificuldade que a Inglaterra teve nesse período e a incrível seqüência de vitórias alemãs. A França é vencida no final de maio e os Estados Unidos estavam extremamente relutantes em entrar na guerra. Hitler desejava a todo o custo um acordo de paz com Churchill - a proposta do Führer era a seguinte: a Inglaterra cederia a Europa ocidental ao alemães mas, em troca, teriam seu império intocado. Nestas circunstâncias, a resistência do primeiro-ministro inglês foi muito mais difícil e a vitória alemã muito mais próxima do que comumente se imagina. Ao contrário da antiga idéia estabelecida, Lukács defende que Hitler não desejava invadir a Rússia e nem achava o Lebensraum (*) tão profundamente importante para os alemães. Segundo o autor de The Duel, o ditador nazista só invadiu a Rússia para forçar a Inglaterra a assinar a paz, já que seria improvável que Churchill continuasse lutando contra uma Alemanha senhora de toda a Europa e de toda a Rússia. (mais…)
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Conferência de Wannsee
História
Conferência de Wannsee
5 de fevereiro de 2016 at 15:03 0
Centenas de milhares de judeus, principalmente na União Soviética, já tinham sido assassinados em 20 de janeiro de 1942. Entretanto, esta data é um marco: o nacional-socialismo, que já era uma das ditaduras mais cruéis da História, a partir de então passa a patrocinar o espetáculo mais dantesco de todos os tempos, algo que envergonha a humanidade até hoje, não importando se a pessoa é nazista ou não. (mais…)
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A noite dos longos punhais
História
A noite dos longos punhais
5 de fevereiro de 2016 at 14:57 0
o que e quando De 30 de junho a 2 de julho de 1934 a Alemanha viveu sua “Noite dos Longos Punhais”, o primeiro grande expurgo do Regime Nazista. (mais…)
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Texto sobre o nazismo escrito em 2002
História
Texto sobre o nazismo escrito em 2002
1 de fevereiro de 2016 at 08:31 0
Uma coisa é saber que seis milhões de judeus foram mortos assassinados pelo Nazismo. Outra coisa é saber que no cerco da cidade polonesa de Lomazy os nazistas pegaram 25 judeus idosos, deixaram-nos nus, e obrigaram-nos a rastejar. Então todos os oficiais da companhia começaram a espancá-los impiedosamente com pedaços de pau. Só foram executá-los depois, quando os idosos já estavam quase mortos (Os carrascos voluntários de Hitler, Daniel Godhagen) (mais…)
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O III Reich em cores
História
O III Reich em cores
5 de janeiro de 2016 at 12:26 0
Há poucas semanas eu soube que a GNT iria apresentar um documentário, dividido em duas partes, chamado "O III Reich em cores". Os filmes coloridos, durante os anos de Hitler, eram caríssimos, e foram compilados para a criação do documentário. Bem legal, pensei. No dia marcado lá estava eu, fazendo todo o mundo assistir "Os Normais" pela antena interna, com péssima imagem, para que eu pudesse gravar o tal "O III Reich em cores" pela TV a cabo. Na hora de assistir, a decepção. Cheguei a dormir durante uma das duas partes. Isto não é coisa que eu faça quando o assunto são documentários sobre aquela época maluca. (E é preciso ressaltar que o documentário, tecnicamente, é muito bem feito: é dito, por exemplo, em cada filme apresentado, quem é o autor das imagens e qual o seu interesse ao fazê-las.) Mas por que esta decepção? Por que, afinal de contas, "O III Reich em cores" é um documentário meio duro de assistir? (mais…)
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“Nero: the end of a dinasty”, de Miriam T. Griffin
História
“Nero: the end of a dinasty”, de Miriam T. Griffin
30 de novembro de 2015 at 03:43 0
Considerada uma das melhores biografias do imperador romano, “Nero: the end of a dinasty”, de Miriam T. Griffin, não só apresenta a complexa personalidade do tirano, como tenta contextualizar seu governo em relação ao dos demais imperadores da dinastia julio-claudiana, iniciada por Júlio César e terminada por ele próprio. Nascido no ano 37 d.C., Nero chega ao poder em 54 d.C., aos 16 anos. Uma série de revoltas militares acaba por fazer com que ele se suicide em 68 d.C., aos 30 anos de idade. Os historiadores romanos (basicamente Suetônio, Tácito e Dião Cássio) que escreveram os relatos em que grande parte da pesquisa histórica atual sobre Nero é baseada viveram muitas décadas depois da morte dele, já durante a dinastia flaviana. Muito por causa disto, seus relatos são francamente desfavoráveis ao imperador: grande parte do trabalho dos historiadores contemporâneos, deste modo, é tentar expurgar dos relatos antigos tudo o que era exageradamente negativo contra ele, fruto da opinião predominante da época em que foram escritos. O Nero que emerge do livro de Miriam T. Griffin (assim como de outras biografias dele que li, notadamente a ótima “Nero”, de Edward Champlin) é o de uma personalidade extremamente complexa. (mais…)
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O programa Eutanásia
História
O programa Eutanásia
25 de novembro de 2015 at 15:55 0
O programa Eutanásia (extermínio de deficientes e de pacientes terminais) (mais…)
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Grl. José de San Martín – Padre de la Patria – 150 años
História
Grl. José de San Martín – Padre de la Patria – 150 años
15 de outubro de 2015 at 04:43 0
Se levarmos ao pé da letra a famosa frase “infeliz a nação que precisa de heróis”, do dramaturgo alemão Bertolt Brecht, podemos concluir cinicamente que – ao menos neste aspecto – o Brasil não é uma nação infeliz. Há enormes controvérsias sobre a biografia de Tiradentes, por exemplo. Nossa independência foi proclamada pelo sucessor do trono do país colonizador. Getulio Vargas é outro personagem controverso. Certamente, não temos um herói – pelo menos não um aceito quase que unanimemente pela população. Assim, foi um pouco surpreso que, numa viagem recente a Buenos Aires, ouvi a guia argentina falar algo como “nós temos um herói nacional, José de San Martín”. Eu sabia que ele tinha sido importante na independência de alguns países da América do Sul, mas para mim sua importância jamais poderia se comparar com a de Simón Bolívar. Pelo visto, eu estivera enganado o tempo todo. (mais…)
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