“Crise em Seis Cenas”, de Woody Allen
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“Crise em Seis Cenas”, de Woody Allen

28 de fevereiro de 2018 0

Lançada em 2016 pela Amazon Prime Video, “Crise em Seis Cenas” é a única e, no dizer do próprio diretor, também a última experiência de Woody Allen no formato de série. Com seis episódios de pouco mais de vinte minutos cada um, “Crise em Seis Cenas” foi detonada pelos críticos e, até onde sei, pouca gente assistiu.

Woody Allen faz um escritor, Sidney J. Munsinger (nome propositalmente semelhante a J. D. Salinger, como se percebe no decorrer da trama), casado com uma psicanalista chamada Kay (Elaine May). A série se passa nos anos 60, época de grande turbulência política – e é Lennie Dale (Miley Cyrus), uma ativista radical de esquerda conhecida de Kay, que chega na casa dos dois para se esconder da polícia e deixa tudo de pernas para o ar: o casal, seus amigos, conhecidos e até os clientes da esposa do escritor têm seus cotidianos abalados pela verdadeira força da natureza que é a personagem vivida por Miley Cyrus.  

“Crise em Seis Cenas” tem tudo aquilo que os fãs de Woody Allen aprenderam a amar em grande parte de seus filmes: diálogos rápidos e engraçadíssimos, trama complexa e cheia de surpresas, grande quantidade de personagens importantes e um clima geral de leveza.

Quem não gosta de Woody Allen ou achava que ele iria fazer uma série “convencional” realmente não teria como curtir a série – eu, por outro lado, gostei muito.

Antes que me perguntem, quanto às acusações que Woody Allen sofre em relação ao seu comportamento sexual, eu particularmente acho que ele merece mais o benefício da dúvida do que tantos outros acusados que têm aparecido no noticiário.

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