Até hoje, assisti a poucos filmes iranianos. O que mais me marcou foi "Close-up", de Abbas Kiarostami, semidocumentário em que um homem pobre, parecidíssimo com o diretor Mohsen Makhmalbaf, se faz passar por ele junto a uma família de classe média alta cujos membros são admiradores de arte e cinema. As discussões sobre a importância da arte de maneira e geral e sobre a pobreza e falta de perspectivas dos pobres iranianos são levadas com uma força e sensibilidade admiráveis. Um dos melhores filmes a que já assisti. Outro que gostei muito foi "O balão branco", de Jafar Panahi, em que uma menina sai de casa para comprar um peixinho dourado e passa por várias situações de risco no caminho. Nestes dois, e em outros poucos filmes iranianos a que assisti, sempre se destacaram o profundo carinho com que as histórias são contadas e as grandes provas de solidariedade que os personagens costumam mostrar uns com os outros.
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