Dalton Trevisan criou um universo literário tão particular que mesmo em seu único romance, “A Polaquinha” (Record, 160 páginas), publicado em 1985, sentimos que estamos lendo um de seus contos.
A “polaquinha” do título é a narradora da história, moça pobre que descreve seus relacionamentos – o rapaz que ela amava não a quis, os outros três com os quais ela teve casos eram casados – e sua dificuldade em pagar o cursinho e o aluguel do quarto onde mora trabalhando como enfermeira num hospital e fazendo bicos como prostituta.
E a escrita de Dalton Trevisan, gloriosa, está toda lá: os romances mal resolvidos, as descrições cruas de sexo, as dificuldades de vida das camadas mais pobres da sociedade.
Uma obra-prima, para variar.
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