Bastou eu comentar aqui recentemente, num texto sobre a Prêmio Nobel Alice Munro, que eu preferia “ler do que assistir a séries no Netflix”, que eu comecei a ver séries. Mas continuo preferindo ler, então não há necessidade de editar aquele texto sobre a grande contista, hehe. E, claro, já que estou assistindo a séries, não custa comentar sobre elas por aqui, não é? Pedi para o grande Guilherme Bresola da Rocha para colocar uma nova categoria no meu site – e aí vou eu.
Foi quando se colocou um problema: são frequentes brigas por causa de spoilers entre espectadores, e não tenho assim tanta vontade de levar pancadas virtuais por revelar algo que não deveria ter revelado. Se eu não posso dar spoilers, sobre o que eu posso falar? Sei lá, alguma coisa do primeiro capítulo, e algumas características das séries. Acho que vai dar certo. Ou não.
A primeira série das que assisti sobre a qual resolvi comentar aqui é a britânica, produzida pelo Channel 4 e lançada mundo afora pela Netflix, “The End of the F***ing World” (O Fim Deste Mundo F***). Ela conta a história de um rapaz, James (vivido por Alex Lawther), e uma garota, Alyssa (Jessica Barden), ambos desajustados e com 17 anos de idade: ele matava animais quando mais novo, e agora acha que é um assassino serial; ela é, como direi, mal-educada – muito grossa mesmo. Os dois se encontram e saem por aí, sem destino: ela quer sexo com ele e ele quer começar sua carreira como assassino serial, matando-a.
“The End of the F***ing World” é baseada numa história em quadrinhos do mesmo nome, escrita por Charles Forsman e publicada em 2013. São inúmeras as qualidades desta série curta, que na primeira temporada teve oito episódios de cerca de 20 minutos cada: o carisma atrapalhado dos dois personagens, vividos com brilhantismo pelo casal de atores; o balanço equilibrado entre humor e drama; o realismo meio esquisito com o qual a história é contada.
A toda hora saem notícias desencontradas sobre a continuação ou não da série, que na primeira temporada esgotou o assunto da história em quadrinhos em que foi baseada: os muitos fãs de “The End of the F***ing World” – entre os quais me incluo – querem muito uma nova temporada.
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