Katy Perry
Música

Katy Perry

2 de outubro de 2015 0

Não acompanho a carreira de cantores como Demi Lovato, Selena Gomez, Miley Cyrus, Justin Timberlake, Rihanna, Nicki Minaj, Bruno Mars, Justin Bieber, Usher, Pitbull, Meghan Trainor. De todo modo, tem gente que estranha (ou acha que estou brincando) quando digo que prefiro qualquer um dos citados à maioria das bandas de rock que eu ouvia na adolescência/início da idade adulta (como New Order, Jesus and Mary Chain, Echo and the Bunnymen, Lloyd Cole and the Commotions, Pixies, Smashing Pumpkins e por aí vai) ou outras bandas atuais de rock (não-metal, obviamente) cujas músicas não consigo ouvir mais do que poucos minutos, como Wilco, Flaming Lips e Arcade Fire. Os cantores de pop “descartável” (na falta de outro termo) citados no início do texto me parecem muito mais “leves” e “vitais” que grande parte do rock (não-metal, não custa insistir) que já ouvi ou que é considerado, ops, “artístico”. Ou meu gosto musical é estragado mesmo, vai saber. De todo modo, passo horas lendo ou mexendo no computador com o canal “VH1 hits” ligado. Minha última paixão é uma música (“Close to your love”) do AtellaGalli, uma dupla de música eletrônica acompanhada por uma cantora chamada Amanda Renee: o clipe eu já vi umas cinquenta vezes. Sim, eles parecem bregas. Sim, eles devem ser bregas mesmo. Mas eu acho bom demais.

De todo modo, nunca gostei de duas cantoras de pop “descartável” (de novo o termo) de sucesso: uma delas é a Beyoncé, que eu acho agitada demais, e cujo timbre me desagrada. Acho que não tem jeito. A outra é Katy Perry: eu simplesmente não conseguia gostar das músicas dela.

Até que um belo dia apareceu a notícia de que a Katy Perry viria tocar aqui em Curitiba e minha filha pediu para eu levá-la ao show: teria uma chance de confirmar ou não a minha implicância com a cantora americana (que eu, sabe Deus por quê, achava que era inglesa).

Chegamos em cima da hora, e é muito bom saber que não se vendem mais tantos ingressos na Pedreira Paulo Leminski: apesar de todos os ingressos terem sido vendidos, havia muito espaço na parte de trás do local para as pessoas transitarem.

Quanto à produção, dizer que o show é deslumbrante é meio que chover no molhado: Katy Perry e os cantores que a acompanham trocam de roupa várias vezes durante o show, quando o cenário também é modificado; as coreografias são extremamente bem ensaiadas; as imagens atrás do palco se modificam o tempo todo, de modo bastante criativo; a parte em que a cantora fala com o público – e que chama um espectador para o palco – é bem engraçada.

Quanto à música, nos divertimos muito, eu e minha filha. A Katy Perry tem essa “leveza” e essa “vitalidade” (citadas acima) que me agradam tanto no tal pop “descartável” de hoje em dia. Mas eu não estava tão errado assim quanto a ela, acho: apesar de as canções animadas terem me agrado muito, não gostei das poucas baladas que ela cantou durante o show. É só comparar as músicas lentas de Katy Perry com “Good for you”, de Selena Gomez  com A$ap Rocky, para saber do que estou falando.

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