Esporte

Magia e a bandeira recolhida

1 de outubro de 2015 0

Que o Coritiba está melhorando a olhos vistos, ninguém duvida. A cada jogo o time fica melhor, mais aguerrido, mais consistente. A torcida começa a confiar em Antonio Lopes, e suas mudanças têm começado a surtir efeito.
Mas confesso que não esperava o que houve no jogo contra o Rosário Central, quarta-feira passada dia 10. O que senti no estádio pode ser resumido numa palavra: magia. Foi mágico ganhar pela primeira vez nesta participação da Libertadores (por mais que a exibição do Coritiba não tenha sido a ideal).

É algo imponderável, até mesmo difícil de explicar. Mas podia-se sentir no ar. A vitória do Glorioso foi um daqueles momentos únicos, inesquecíveis, que fazem com que o futebol seja o esporte profundamente emocionante que é.

Sinceramente acredito que os que estiveram no estádio não vão achar que estou exagerando. Afinal de contas, no jogo contra o Rosário pude ver esta magia nos olhos de praticamente todos os torcedores coxas presentes no Couto Pereira.


Um desejo que tenho, e que ainda não pude realizar, é assistir a um jogo de futebol na Argentina. Na minha coluna “O Bom Exemplo da Argentina” – mostrada em http://fabriciomuller.tripod.com/coxanautas1.htm – eu explico o porquê.

Por isto acabei chegando perto da torcida deles no intervalo. Bem como eu esperava, enfeitavam o lado argentino do Couto Pereira várias faixas de torcedores particulares homenageando o time, além de faixas compridas de duas cores que iam de um lance ao outro da arquibancada. Não é como estar no Monumental de Nuñez (estádio do time pelo qual tenho pequena simpatia na Argentina, o River Plate), mas não deixa de ser interessante, pensei comigo.

Lá pelas tantas um grupinho de torcedores, acima e um tanto distante da pequena massa argentina – que ficava perto das faixas – começa a cantar um conhecido refrão anti-coxa. Olhei bem para o pequeno grupo… quando então eles abrem, meio acanhados, uma pequena bandeira rubro-negra – para logo em seguida voltarem a recolhê-la.

Não pareceu haver grande união entre os torcedores do time da Água Verde e os do Rosário Central: a impressão que dava – dali de onde eu estava – é que nossos adversários curitibanos estavam se sentindo bastante deslocados ali.

“Também pudera”, pensei comigo.

(publicado no site COXAnautas em 13 de abril de 2004)

0

There are 0 comments

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *