Gabriel García Márquez – necrológio
Literatura

Gabriel García Márquez – necrológio

1 de julho de 2015 1

O meu livro preferido escrito por um latino-americano é  2666, de Roberto Bolaño. Mas os outros livros dele que li, como Os detetives selvagens, não chegam nem perto da qualidade de 2666.

Então, pra mim faz muito tempo que é claro que meu escritor latino-americano preferido é Gabriel García Márquez. Sei que é mais chique gostar de Borges, Cortázar ou mesmo de Mario Vargas Llosa – porque Márquez tinha o pecado de ser imensamente popular. Outros ainda se queixam da orientação política dele, amigo desde sempre de Fidel Castro. Não importa.

Em Funerais de mamãe grande, Cem anos de solidão, O general em seu labirinto, Relato de um náufrago, A incrível e triste história de Cândida Erêndira e sua avó desalmada, Olhos de cão azul, O outono do patriarca, Crônica de uma morte anunciada, O Amor nos tempos do cólera, Memória de minhas putas tristes, Notícia de um sequestro ou Ninguém escreve ao coronel, ele jamais me decepcionou. Com um enorme carinho por seus personagens e uma imaginação delirante e maravilhosa, Gabriel García Márquez é um daqueles gigantes da literatura que nascem de vez em quando em nosso planeta.

(texto escrito em 2014)

0

There is 1 comment

  • Ramiro Ribeiro disse:

    Gosto de livros que me assombram logo nas primeiras páginas, e foi assim com Cem Anos… quando Gabo diz que o mundo era tão novo que algumas coisas ainda não tinham nomes e era preciso apontar o dedo para elas… Li o livro ainda moleque e até hoje fico ruminando esse trecho. Aconteceu isso também com o livro O Amante da Marguerite Duras…

  • Deixe um comentário para Ramiro Ribeiro Cancelar resposta

    O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *