O meu livro preferido escrito por um latino-americano é 2666, de Roberto Bolaño. Mas os outros livros dele que li, como Os detetives selvagens, não chegam nem perto da qualidade de 2666.
Então, pra mim faz muito tempo que é claro que meu escritor latino-americano preferido é Gabriel García Márquez. Sei que é mais chique gostar de Borges, Cortázar ou mesmo de Mario Vargas Llosa – porque Márquez tinha o pecado de ser imensamente popular. Outros ainda se queixam da orientação política dele, amigo desde sempre de Fidel Castro. Não importa.
Em Funerais de mamãe grande, Cem anos de solidão, O general em seu labirinto, Relato de um náufrago, A incrível e triste história de Cândida Erêndira e sua avó desalmada, Olhos de cão azul, O outono do patriarca, Crônica de uma morte anunciada, O Amor nos tempos do cólera, Memória de minhas putas tristes, Notícia de um sequestro ou Ninguém escreve ao coronel, ele jamais me decepcionou. Com um enorme carinho por seus personagens e uma imaginação delirante e maravilhosa, Gabriel García Márquez é um daqueles gigantes da literatura que nascem de vez em quando em nosso planeta.
(texto escrito em 2014)
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Gosto de livros que me assombram logo nas primeiras páginas, e foi assim com Cem Anos… quando Gabo diz que o mundo era tão novo que algumas coisas ainda não tinham nomes e era preciso apontar o dedo para elas… Li o livro ainda moleque e até hoje fico ruminando esse trecho. Aconteceu isso também com o livro O Amante da Marguerite Duras…