Se há uma coisa que chama a atenção em “Leão-de-chácara” (Cosac Naify), de João Antônio (1937-1996), é a evolução da escrita do autor: a segunda parte, “Um conto da boca do lixo”, foi escrita em 1965, enquanto que a primeira, “Três contos do Rio”, quando da publicação do livro em 1975. A diferença de qualidade entre as duas partes é gritante.
Não que “Paulinho Perna Torta”, o único conto da segunda parte e que ocupa basicamente metade do livro, seja ruim: mas a história (baseada em fatos reais) do malandro que desde a infância difícil se envolveu com o crime – inicialmente com a exploração de prostitutas -, “evoluindo” até se tornar um dos grandes criminosos de São Paulo, não chega a chamar a atenção do leitor.
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