Xasthur: Telepathic with the deceased
O Xasthur é uma one-man-band americana de black metal especialista em criar climas soturnos. A maioria de suas músicas é lenta, a voz é longínqua, e o teclado fica atrás dos outros instrumentos, dando uma atmosfera ainda mais sombria à coisa. Telephatic with deceased é provavelmente meu disco preferido da banda, e a música-título é uma das melhores gravações que já ouvi no gênero.
Primordial: The Gathering Wilderness
A banda irlandesa Primordial faz um metal de difícil definição, misturando elementos de música celta, doom e black metal. O que ninguém nega é que o grupo faz um som hipnotizante, épico e com grande tensão dramática. Considerado o melhor disco do ano de 2005 pelo ótimo site Chronicles of Chaos, The Gathering Wilderness é o seu quinto álbum.
Lurker of chalice: álbum homônimo
Projeto paralelo de Wrest, o único integrante da banda de black metal Leviathan, o Lurker of Chalice lançou até agora somente um álbum, homônimo, em 2005. Apesar de ter realmente um pé no raw black metal do Leviathan, no Lurker of Chalice há espaço de sobra para muitos experimentalismos envolvendo ambient e noise. Um prato cheio para aqueles que, assim como eu, gostam de música sombria e assustadora.
Frozen shadows: Hantises
Disco extremamente intenso da banda franco-canadense de black metal Frozen Shadows.
Silencer: Death, pierce me
A voz do vocalista é aguda demais mas, por incrível que pareça, combina.
Drudkh: Blood in our wells
Pesado, épico, forte, melodioso. Blood in our wells, da ótima banda ucraniana Drudkh, já um dos meus discos de metal preferidos. E Solitude, a música, já está no meu top 5 metal. Um grande lançamento de 2006.
Nachtmystium: Instinct: Decay
Esta é mais uma banda de um só integrante, Azentrius, e que faz parte do supergrupo Twilight. Lançado em 2006, Instinct: Decay tem um pouco de psicodelia, um pouco de rock and roll… e muito metal extremo de primeira linha, claro.
Wigrid: Hoffnungstod e Die Asche Eines Lebens
Há quem reclame do Wigrid por ser um clone do Burzum. E a reclamação até que é pertinente. De todo modo, as faixas profundamente sombrias, lentas e assustadoras de Hoffnungstod e Die Asche Eines Lebens são tão impressionantes que a última coisa que a gente se lembra é da pouca originalidade delas.
Enthroning silence: A dream of the nightskies
Esta banda italiana é um projeto paralelo de dois músicos do Mortuary Drape. O som é arrastado e ruidoso, lembrando bastante o Burzum. É o que basta para eu achar muito bacana.
Velvet Cacoon: Genevieve e Northsuite
A voz fica bem atrás dos instrumentos e recebe uns efeitos que a tornam aguda e estranha: é como se o vocalista estivesse distante, pedindo socorro perdido numa floresta fria. Se existe uma banda extraordinária cujo som realmente faz lembrar suas belas e assustadoras capas de discos, esta é a americana Velvet Cacoon.
Darkestrah: Epos
Epos é formado por uma faixa só, de 33 minutos. Mas que faixa! Ali você encontra de tudo: lindas melodias, sons da natureza, música folclórica do Quirguistão (país de origem da banda), black metal violentíssimo, temas hipnóticos. E sim, tudo combina de maneira quase perfeita. Coisa linda.
Drudkh: Estrangement
Passei boa parte do dia de ontem ouvindo o novo lançamento do Drudkh – depois do irregular EP Anti-Urban, lançado no início do ano. Sendo bem franco, ainda não tenho como comentar o disco. Como Estrangement mantém a qualidade dos álbuns anteriores, creio que ainda vou precisar de meses antes de absorver toda a sua complexidade e genialidade. A melhor banda de metal de todos os tempos?
Krohm: The Haunting Presence
O segundo álbum oficial do Krohm, one-man-band americana formada por Numinas (Dario Derna), mantém a mesma qualidade de A World Through Dead Eyes, de 2004, ou seja: faixas lentas, soturnas, hipnotizantes e extraordinárias – The Haunting Presence ainda tem duas músicas em italiano (!). Um dos grandes lançamentos do ano, sem dívida nenhuma.
Posando de conhecedor profundo de Wolves in the throne room
Por mais bonita que seja a capa do álbum Diadem of 12 Stars, do Wolves In The Throne Room, e por mais que eu tenda a preferir lançamentos oficiais, não tem como não gostar mais da demo de 2005 ao álbum.
Assim não pode, assim não dá
O Chronicles of Chaos deu nota 3 para o Subliminal Genocide, do Xasthur. Espero que o Blood in our wells, do Drudkh, fique no primeiro lugar de 2006 na votação deles para compensar a asneira.
Geasa
O som é uma mistura de dark/doom/celtic/black metal, e pode ser definido como uma espécie de Primordial mais acessível (aliás, o Geasa também é irlandês, e o mesmo baterista toca nas duas bandas). Brilhante.
(textos escritos em 2006)
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