O judeu polonês Bruno Schulz (1892-1942), assassinado durante o Holocausto, tem sua obra completa composta basicamente por dois livros: “Lojas de canela” e este “Sanatório” (Imago Editora, 236 páginas, tradução de Henryk Siewierski, publicado originalmente em 1937), uma sequência interligada de contos que, segundo o autor, é “uma tentativa de recobrar a história de uma certa família, uma certa casa numa cidade provinciana”.
Boa parte dos contos fala sobre o pai do narrador: ou sendo um chefe tirânico em sua loja, ou trabalhando num estranho corpo de bombeiros, ou vivendo num sanatório onde o tempo passa mais devagar que o normal, ou ainda quando se transforma numa barata. Em outros contos, o narrador fala de um livro mítico ou descreve estações como a primavera ou o outono.
“Sanatório” é bastante imaginativo e poético, mas sua leitura é terrivelmente cansativa em boa parte do tempo.
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