Já no início “La Peur du Noir” (o medo do escuro), de Françoise Rey (Livrior, 222 páginas), ocorre um acidente grave com uma moça grávida, Claire. O filho é retirado da barriga dela com vida, mas corre o risco sério de perder a visão. O pai, Roland, fica desesperado e cria uma tática patética para tentar encarar o fato terrível: tenta viver como cego, pelo menos enquanto sua mulher está se restabelecendo na UTI. A sua sogra, mãe de Claire, tenta consolar o genro e os dois acabam tendo um tórrido caso de amor, com ele sempre se fingindo de cego.
“La Peur du Noir” tem uma temática tão chocante quanto interessante, e as cenas de amor – que os dois fazem em vários lugares, como no corredor do prédio onde ele mora, numa igreja ou num local de encontro entre homossexuais – são tórridas, mas a mão da escritora é pesada, e os personagens principais, sogra e genro, falam demais.
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