Formada por Wroth, Zorgh e Zhaaral, a banda suíça de black metal Darkspace já lançou três discos desde o seu primeiro, I, de 2003. O segundo, II, foi lançado em 2005. O mais recente (adivinhem o nome?) foi lançado neste ano. Nos três, a levada é a mesma: faixas com predominância de tons agudos que alternam trechos violentíssimos e velozes com temas sinfônicos ou ambient. Muitas músicas não têm vocal nenhum, enquanto que outras têm apenas berros, ou sussurros, ou palavras que parecem não ter sentido perdidas atrás do muro de barulhos. A duração média das faixas é de pouco mais de dez minutos – quando a gente não inclui aí aquelas de II que têm mais de vinte minutos. Por uma margem curta, se fosse para indicar um,  eu indicaria o primeiro (e mais pesado dos três).

O Darkspace faz uma música extremamente intensa e avassaladora, um cruzamento de tecnologia com black metal insano. Eles têm uma página no Myspace e um site oficial tão cheio de segredinhos que eu demorei uns três dias pra conseguir entrar. Ao contrário de muitas bandas no estilo, eles fazem alguns shows, como o da foto que acompanha este texto.

Será que Wroth (cujo nome real é Tobias Möckl), o principal membro da banda, criou o Darkspace para se expor ao público? Para mostrar que, por baixo da fachada do integrante solitário do excepcional Paysage d’Hiver (que também será comentado neste espaço) existe alguém com vida social? Fica a pergunta.

(publicado no blog do Mondo Bacana em 8 de agosto de 2008)