Carnaval, Papillons, Kinderszenen e  Arabeske, de Schumann, com Nelson Freire
Música

Carnaval, Papillons, Kinderszenen e Arabeske, de Schumann, com Nelson Freire

2 de junho de 2016 0

Não é fácil ser crítico de música clássica. A Folha de São Paulo, por exemplo, tinha um crítico exclusivo sobre o assunto, Sidney Molina (que acho que não escreve mais lá). O sujeito, obviamente, tem que ter uma formação mínima sobre música erudita, o que requer bastante estudo e tal.

É por isto que eu fico meio envergonhado quando leio algum texto antigo meu falando sobre música clássica. Tudo bem ser diletante, mas este assunto requer um conhecimento mais aprofundado que eu não tenho. Mas, enfim, não resisto.

O disco de Nelson Freire executando as peças “Carnaval” (Op. 9), “Papillons” (Op. 2), “Kinderszenen” (Op. 15) e  “Arabeske” (Op.  18), de Robert Schumann, é tão maravilhoso que merece o registro. Nem que seja para uma simples e humilde (ops!) recomendação.

São 47 faixas em 59 minutos de duração total: “Carnaval” tem vinte movimentos, “Papillons” doze,  “Kinderszenen” treze: as faixas são muito curtas – grande parte não necessita mais de um minuto para sua execução. “Arabeske” é composta por um movimento único de seis minutos e meio de duração.

“Carnaval” é uma das peças mais famosas de Schumann, e a maioria de seus movimentos varia entre o pomposo e o alegre – o movimento final é épico. Já o tom geral de “Papillons” e “Kinderszenen” varia entre a alegria e a melancolia, assim como o de “Arabeske”, que  começa alegre e termina melancólico.

A execução conjunta das peças é um achado, tal a quantidade de melodias inesquecíveis e profundamente diferentes umas das outras que se ouvem na sequência.

E a execução de Nelson Freire é de uma sensibilidade a toda prova.

Pronto, acabei.

Espero não me envergonhar deste texto no futuro.

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