Obra Literária

Trecho de Memórias, segunda parte de Rua Paraíba
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Trecho de Memórias, segunda parte de Rua Paraíba
4 de outubro de 2020 at 15:06 0
Foi na Vice que eu ouvi falar em oogles pela primeira vez na vida. Punks vagabundos que se alimentam de restos encontrados no lixo, que usam em excesso todo o tipo de drogas, que vivem na rua com seus cachorros usados como carinho e proteção, que não tomam banho, que são promíscuos sexualmente, que andam clandestinos em trens de carga, sem destino pelos Estados Unidos. Fico horas procurando na internet fotos e textos sobre esses inúteis, esses parasitas, sobre esse pessoal asqueroso por quem sou totalmente apaixonado. No meu aniversário, minha filha, que não tinha ideia desta minha fascinação pelos oogles, me deu uma camiseta com os logos das bandas amadas por eles: D.R.I., T.S.O.L., Agent Orange, AC/DC, Black Flag. Parecia uma camiseta oogle estilizada. Deus sabe como amo aquela camiseta.
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Obra Literária
Contracapa de “Rua Paraíba”, meu próximo livro
20 de setembro de 2020 at 21:39 0

Formado por três livros (“Rua Paraíba”, “Memórias” e “Energia”) escritos entre 2016 e 2019, “Rua Paraíba” conta histórias pessoais, histórias profissionais e comentários do autor a respeito de assuntos como religião, economia, política e música pop.

Cada uma das três obras tem um foco e um estilo diferentes: “Rua Paraíba” conta sobre o início da vida de casado do autor e seu trabalho como hidrólogo; “Memórias” é composto por recordações e comentários curtos; finalmente, “Energia” é um livro sobre o início da vida profissional do autor como especialista em estudos energéticos de usinas hidráulicas, função que ele exerce até hoje.

De todo modo, uma característica permeia todo o volume: a passagem de um assunto para outro de maneira mais ou menos aleatória – mas num todo que, espera-se, faça sentido.

Enfim: quanto ao estilo, na falta de um termo melhor, “Rua Paraíba” é uma espécie de ensaio autobiográfico.

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Obra Literária
Novo livro – Rua Paraíba
29 de julho de 2020 at 13:11 0

Nos próximos meses vou publicar um livro chamado "Rua Paraíba", pela editora do meu amigo Sandro Bier, a Café do Escritor. Ele é composto por três livros autobiográficos escritos entre 2016 e 2019. Segue o prefácio, para dar uma ideia da 'coisa:

“Rua Paraíba” e “Energia” eu escrevi aí pelo ano de 2016, e “Memórias” é mais recente, terminei em 2019.

A ideia de “Rua Paraíba” era escrever sobre o meu período inicial no casamento: minha profissão, meu dia-a-dia, o nascimento da filha, meu trabalho como hidrólogo. “Energia” teria mais a ver com meus primeiros anos como especialista em estudos energéticos e sobre minha visão sobre política e economia – que não mudou muito de lá para cá, diga-se de passagem, por mais que meu interesse no assunto tenha diminuído de maneira significativa. Já “Memórias” seria um livro com recordações esparsas e textos que eu já tinha colocado no meu blog (fabriciomuller.com.br/wp/), cada um deles ocupando meia página, no máximo (objetivo que eu não consegui cumprir inteiramente).

Relendo os três livros, reunidos aqui, percebi que consegui mais ou menos o que queria: falar da minha vida e da minha profissão de maneira aleatória – mas não sei se isso é algo de que eu deveria me orgulhar.

De todo modo, a releitura dos três trabalhos me deixou meio assustado num ponto: em como a música pop permeia a obra como um todo. Sei lá se por uma espécie de autoengano, eu não achava que isso era tão evidente.

 

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Literatura, Obra Literária
Vídeo de divulgação do meu conto “A mulher de César”, na coletânea “Ser”
19 de dezembro de 2019 at 09:23 0
https://youtu.be/ephpVxUthG8

Este é o vídeo que fiz para divulgar o meu conto "A mulher de César", publicado na coletânea "Ser". Ele foi feito para a live de lançamento do livro, no canal do YouTube do Café do Escritor.

A coletânea pode ser comprada na página do Facebook do Café do Escritor.

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Obra Literária
“O verão de 54 (novelas)”
6 de outubro de 2019 at 14:28 0

“O verão de 54 (novelas)” , de Fabricio Muller (Editora Appris), é composto por quatro histórias bastante diferentes uma da outra.

O Verão de 54 é uma história de amor proibido. Conversão trata de família e religião, Morrissey é um policial sobre um assassino serial com “uma missão” e Sorry é uma novela para adolescentes. O Verão de 54 é uma história em metalinguagem. Conversão utiliza um narrador onisciente, Morrissey é em formato de diálogo e Sorry é um diário.

Como se vê, o leitor pode iniciar a leitura deste livro por qualquer uma das quatro novelas cujo tema lhe pareça mais interessante.

Informações:

  • Comprar na Amazon, impresso ou para Kindle: aqui
  • Live de lançamento no YouTube, em de agosto de 2019 no Encontro Café do Escritor: aqui
  • Entrevista na CBN: aqui
  • Prefácio, por Robertson Frizero: aqui
  • Anúncio do lançamento na semana literária do Sesc, em 23 de setembro de 2019: aqui
  • Resenha da Regina Pimentel: aqui
  • Foto do lançamento do livro no CIP, em 4 de agosto de 2019: aqui
  • Trecho inicial da novela Morrissey: aqui
  • Trecho inicial da novela Sorry: aqui



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Literatura, Obra Literária
O verão de 54 – resenha
6 de outubro de 2019 at 13:08 0
foto: autor

Segue abaixo a resenha, bem elogiosa por sorte, que a Regina Pimentel fez do meu "O verão de 54 (novelas)":

Fabricio Muller publicou mais um livro. Este, agora, é uma coletânea de quatro novelas, díspares entre si, cada uma com seu próprio leitmotiv. Mas há o que as una: é o estilo muito pessoal de Fabricio, sempre muito intimista, voltado para os recessos da mente e da emoção. As “verdades em si mesmas”: a noção protofenomenológica de que o mundo é como a consciência o percebe.

Já vimos isso em Balzac, em Flaubert, em Henry James, em Phillip Roth, e já vimos isso aqui mais perto em Dalton Trevisan – o realismo  voltado àquilo que constitui o desenrolar da vida  humano. Sem a crítica social. O sexo sempre premente, as relações interpessoais, os pequenos fracassos e sucessos. Tudo isso, na pena de Fabricio, exposto a céu aberto, às vezes com um sarcasmo que é ao mesmo tempo uma divina concessão à humana pequenez. E a sua escrita é impecável.

“Morrissey”, entre os quatro contos, se destaca por ser, ao mesmo tempo, uma homenagem ao cantor inglês, uma história policial e uma novela escrita inteiramente como fluxo de consciência dialogal. O que é ainda mais interessante por se tratar do diálogo entre um acusado e um criminoso...

A primeira novela, a que dá nome ao livro, entremeia à narração o diálogo interior do autor. A história em si é então uma metanovela: o conto é sobre como o autor decidiu escrever, e escreveu, sobre fatos. Ou o inverso? Um contista narra uma história, mas há um metanarrador que insiste em dizer como e por que isso e aquilo foi escrito...

“Sorry” é o diário de uma adolescente – “nada do que é humano me é estranho”, diria Fabricio, que sim, conseguiu narrar as aventuras e desventuras de uma menina rica de família judia.

Finalmente, “Conversão” relata o caminho percorrido por um grupo de pessoas de classe média rumo a Jesus, nominadamente o Jesus das igrejas Luterana e Bola de Neve. Mais uma vez, o autor consegue mostrar os fatos e as reflexões envolvidas em acontecimentos aparentemente cotidianos.

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Literatura, Obra Literária
“O verão de 54 (novelas)”
16 de julho de 2019 at 02:03 0

“O verão de 54 (novelas)” , de Fabricio Muller (Editora Appris), é composto por quatro histórias bastante diferentes uma da outra.

O Verão de 54 é uma história de amor proibido. Conversão trata de família e religião, Morrissey é um policial sobre um assassino serial com “uma missão” e Sorry é uma novela para adolescentes. O Verão de 54 é uma história em metalinguagem. Conversão utiliza um narrador onisciente, Morrissey é em formato de diálogo e Sorry é um diário.

Como se vê, o leitor pode iniciar a leitura deste livro por qualquer uma das quatro novelas cujo tema lhe pareça mais interessante.

Informações:

  • Comprar na Amazon, impresso ou para Kindle: aqui
  • Live de lançamento no YouTube, em de agosto de 2019 no Encontro Café do Escritor: aqui
  • Entrevista na CBN: aqui
  • Prefácio, por Robertson Frizero: aqui
  • Anúncio do lançamento na semana literária do Sesc, em 23 de setembro de 2019: aqui
  • Resenha da Regina Pimentel: aqui
  • Foto do lançamento do livro no CIP, em 4 de agosto de 2019: aqui
  • Trecho inicial da novela Morrissey: aqui
  • Trecho inicial da novela Sorry: aqui

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Literatura, Obra Literária
Prefácio de “O verão de 54 (novelas)”
9 de junho de 2019 at 17:41 1

Segue abaixo o prefácio do meu livro "O verão de 54 (novelas)", a ser publicado brevemente, escrito pelo escritor, tradutor, editor, professor e conferencista Robertson Frizero.

Há um conceito musical que se aplica perfeitamente ao livro que tens em mãos, caro leitor. Na música, chamamos rapsódia a um tipo de composição que reúne, em um só movimento, diferentes temas musicais que, sem seguir uma estrutura pré-definida, encantam por sua variedade de temas, tons e intensidade. Nesse sentido, O Verão de 54 pode ser visto como uma grande e multifacetada rapsódia literária que nos apresenta Fabrício Muller.

Composto por quatro novelas, a obra mostra a imensa capacidade narrativa de Muller, nada espantosa para os que conheceram o escritor em seu seu romance de estreia, Um amor como nenhum outro, um romance de formação que merece ser descoberto pelos leitores brasileiros. Seguindo a ideia de uma rapsódia narrativa, cada uma das novelas tem seu universo particular e – como traço inegável de domínio da escrita – uma estrutura narrativa própria e absolutamente distinta dos demais. Se o cenário une essas quatros novelas – o livro é universalmente curitibano –, cada uma das histórias encantará o leitor por diferentes razões.

A novela-título, Verão de 54, é uma das mais bem sucedidas experiências metalinguísticas que já li em forma de narrativa longa; a história de inocência e ousadia desse jogo farsesco proposto por Muller é entremeada pela voz desse autor onisciente intruso, que tudo sabe e sobre tudo opina – e que nos convida a acompanhar o próprio ato de criação, tornando-se quase uma aula sobre o ofício de escritor.

Morrissey é uma ousada novela em modo dramático, contada do início ao fim em um diálogo do qual o leitor dificilmente conseguirá se desprender; os fãs do cantor irão se deliciar com cada canção aqui recordada, e será impossível para quem não as conhece fugir da tentação de buscá-las de imediato. Não creio exagerar ao dizer que o próprio homenageado se divertiria muito ao ler essa narrativa policial que traz o vocalista do The Smiths até Curitiba na tentativa de solucionar uma série surpreendente de crimes.

Conversão é, em termos de estrutura, a mais tradicional das quatro partes desta rapsódia; a forma como o autor escolheu para abordar a questão central dessa novela – a fé –, no entanto, é inusitada e tão verossímil que certamente encontrará eco na experiência de vida de muitos leitores. Seu final é um bom exemplo de uma das principais características da literatura de Muller, um autor que oferece caminhos ao leitor, mas nunca respostas prontas; que confia na capacidade intrínseca do homem em buscar razões e preencher lacunas; que sabe usar a escrita para suscitar reflexões que vão muito além das obviedades cotidianas.

Sorry, o quarto movimento desta obra, é uma história deliciosa. Traz a voz narrativa de uma aluna da nona série, com todos os seus maneirismos e gírias, mas sem que isso ganhe tintas de exagero. É uma divertida história de amor adolescente temperada por pequenos tabus e estranhamentos, um refrigério que, ao final da rapsódia, deixa o ouvinte desejoso de conhecer mais e mais histórias cantadas por Muller.

Preciso apropriar-me desse autor intruso que surge em vários momentos deste livro para dizer que não há erros aqui – falo de ouvinte e histórias cantadas porque a música está intrinsecamente ligada a este Verão de 54. Fabrício Muller tem um texto musical, para ser lido em voz alta, e um sentido de composição e harmonia que remete aos grandes mestres daquela outra grandiosa forma de arte. Permita-se ouvir suas histórias como se as personagens estivessem vivendo cada episódio diante de seus olhos, leitor. Atesto que será um sarau particular – ou um concerto de rock – dos mais agradáveis.

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