A volta
Esporte

A volta

19 de maio de 2015 0

Depois de vários meses ausente dos estádios, finalmente peguei coragem e, mesmo com a locomoção ainda comprometida (estou usando bengala), fui assistir ao jogo do Glorioso contra o Treze da Paraíba no Pinheirão. Esta ausência se explica por um acidente futebolístico acontecido na véspera do dia dos pais do ano passado, no colégio da minha filha, quando quebrei em cinco partes a cabeça do fêmur.

Conforme escrevi aqui no site na ocasião, eu esperava ansioso por esta volta: (…) Não sei ainda como farei nos próximos jogos – provavelmente ouvirei no rádio mesmo. Ouvirei no rádio e pensarei, feliz, que logo estarei novamente no Couto Pereira – assim como para muitos dos que estão me lendo, o Coritiba faz parte da minha vida, foram minhas palavras então.

Antes de chegar no estádio, comecei a pensar que a volta poderia não ser assim assim tão boa como previra: para começar, o jogo não foi no Couto. Depois, a perda recente do Título Paranaense desanimava o ambiente. Mas fui, mesmo assim.

Chegando lá, a primeira surpresa: o estádio estava bem mais cheio do que eu esperava. E o comportamento da torcida foi novamente maravilhoso, apoiando o time o tempo todo. E, finalmente, eu, que tinha ido sozinho ao Pinheirão, acabei achando por acaso meu amigo Gustavo Henrich que, junto com a namorada, me fizeram (ótima) companhia.

Quanto ao jogo, este foi, principalmente a partir do primeiro gol do Coritiba, bastante corrido e disputado – com destaque para o ótimo goleiro adversário.

Na saída, resolvi enfrentar a tempestade. Meu óculos saiu voando do rosto, de tanto que ventava (não teve como pegá-lo de novo… ainda bem que tinha um reserva). Andei naquela chuva torrencial, com a perna esquerda fraquejando, com medo de que um raio, uma construção ou uma árvore caíssem sobre mim. Além de tudo, demorei um tempão para achar a residência, que servia de estacionamento na ocasião, em que tinha deixado meu carro – e, quando finalmente cheguei neste, tive que dirigir sem óculos até chegar em casa, totalmente ensopado, mas feliz. Feliz por ter sobrevivido, e feliz por poder voltar a ver o Coxa num estádio de futebol. Como escrevi em agosto de 2004, o Coritiba faz parte da minha vida.

(texto publicado no site coxanautas em 23 de abril de 2005)

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