“Nietzsche”, de Scarlett Marton
Filosofia

“Nietzsche”, de Scarlett Marton

18 de junho de 2017 0

A coleção “Encanto Radical”, da Brasiliense, é uma série de curtas biografias sobre personagens históricos, artísticos e literários realmente encantadores. O nome da coleção é um primor. Carrego sempre comigo os exemplares das biografias de Marcel Proust, James Dean e Santa Teresa d’Ávila.

Dia desses resolvi retomar a leitura dos livros de Nietzsche (1844-1900), autor que me influenciou profundamente na adolescência, mas que larguei quando comecei a acreditar em Deus. Como não há mais perigo de uma recaída ateia, resolvi ver o que Nietzsche tinha assim de tão fascinante. Já reli a “Genealogia da Moral”, muito bom, mas um tanto irregular, e acabei comprando na Estante Virtual o exemplar de Nietzsche da coleção Encanto Radical.

Nietzsche teve uma vida atormentada e de saúde frágil. Aparentemente nem sua mãe nem sua irmã tinham caráter nenhum, e o filósofo tinha grande inquietude interior, que o fez brigar com vários de seus antigos amigos (como o compositor Richard Wagner) e abandonar a universidade onde dava aulas (logo passou a receber uma pensão que lhe permitiu viver modestamente até o fim de seus dias).

Mudava constantemente de cidade em cidade, viveu uma espécie de relação de amor livre com Lou Andreas Salomé e, dez anos antes de sua morte, teve uma crise de insanidade da qual nunca se recuperou: passou o final da vida enlouquecido, improvisando ao piano na maior parte do tempo (quando ainda era são, era um compositor medíocre – consta que Wagner teve uma crise de riso ao ouvir uma obra sua).

Como filósofo, Scarlett Marton descreve um autor mais do que fascinante. Mas ainda vou retomar o assunto da filosofia dele aqui.

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