Phelps, Phelps, Phelps
Esporte

Phelps, Phelps, Phelps

26 de agosto de 2015 0

Chegando em casa, liguei a televisão e fiquei espantado com o que vi: passava, ao vivo, a premiação dos 400 m medley da Olimpíada de 2012 e no lugar mais alto pódio estava o americano Ryan Lochte. Meio inesperado. De todo modo, se o segundo lugar de Thiago Pereira era espantoso (a primeira medalha olímpica do brasileiro), o esquisito mesmo era o terceiro lugar: Michael Phelps. Sim, o maior atleta olímpico da história, o ganhador de seis medalhas de ouro em Atenas (2004) e outras oito (!) em Pequim (2008), começava a Olimpíada de Londres em terceiro lugar. Três dias depois Phelps levaria a prata, perdendo para o francês Chad Le Clos nos 200 m borboleta.

Sim, Phelps estava acabado.

Mais dois dias e Phelps larga na raia três (lugar reservado ao terceiro melhor tempo das semifinais) na final dos 200 m medley. Perfilados nas balizas estavam seus dois carrascos dos 400 m medley, Thiago Pereira e Ryan Lochte. Era praticamente certo – pelo menos para mim – que ele novamente não ganharia. Ledo engano. Phelps deu um verdadeiro show, ficando em primeiro de ponta a ponta – e acabou recebendo mais um ouro para sua inacreditável coleção. E, pelo visto, não era só eu que não estava acreditando muito nele: no vídeo oficial da prova pode-se perceber a emoção dos narradores – e da torcida – com esta vitória espetacular e, dadas as circunstâncias, quase inesperada.

No dia seguinte, os 100 m borboleta. Bem, ainda não dava para achar que Phelps fosse o favorito: além das derrotas nos 400 m medley e nos 200 m medley comentadas acima, os 100 m borboleta eram quase uma pedra no sapato para o nadador em Olimpíadas: em Atenas ele tinha vencido a prova por quatro centésimos; em Pequim a coisa foi pior ainda: por muito pouco ele deixaria de ganhar todos os seus oito já lendários ouros, pois ficou à frente do sérvio Milorad Cavic por apenas um centésimo (numa decisão polêmica, aliás, com os juízes tendo que analisar quadro-a-quadro o filme da chegada dos dois nadadores). Voltando a Londres 2012: nadando na raia quatro (melhor tempo das semifinais), Phelps passa os primeiros 50 metros atrás dos três primeiros colocados mas, numa recuperação espetacular, ganha mais um ouro para sua coleção. E sem polêmica e sem sofrimento desta vez: chegou 27 centésimos de segundo na frente do segundo colocado, Chad Le Clos.

De lá para cá, Phelps anunciou que iria parar de nadar, voltou às competições, disputou o mundial de Roma de 2009, quando ganhou o ouro nos 100 m borboleta derrotando novamente Milorad Cavic (desta vez Phelps se mostrou agressivo após a vitória, em resposta às provocações que o sérvio lhe tinha feito), anunciou novamente que iria parar de nadar… e voltou de novo às competições.

Punido pela federação americana por ser pego dirigindo bêbado (era reincidente), Phelps não pôde participar do Mundial de Kazan, que terminou recentemente, e participou do campeonato norte-americano. Suas marcas nesta competição nos 100 m e 200 m borboleta lhe assegurariam o ouro em Kazan. Só isso.

Não vejo a hora de saber o que Michael Phelps vai aprontar no Rio de Janeiro em 2016.

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