Fabio Bianchini, Fabrício Calado
Impressões

Fabio Bianchini, Fabrício Calado

13 de agosto de 2015 0

De algum modo misterioso, os nomes dos jornalistas Fabio Bianchini e Fabrício Calado ocupam um espaço próximo nesta coisa estranha que é minha cabeça.

Soube da existência de Fabio Bianchini perto do ano 2000, no grupo de e-mails do site Scream and Yell. Sua praia, naquela época e até hoje, é a música que – de novo o problema – as pessoas costumam chamar de “indie”. Ele é muito fã do Teenage Fanclub e do Ride, por exemplo. Um dos poucos indies que conheço fã de verdade dos Engenheiros do Hawaii (tantos anos depois, vejo que ele é que estava certo). Toca numa banda muito legal, o Superbug, e mora em Florianópolis. Apesar de eu conhecê-lo pessoalmente, foi na lista da Scream and Yell que passei admirar suas frases lapidares, sua visão sempre original das coisas, seu humor agridoce. Um exemplozinho bem recente – que compartilhei no Facebook – situa a coisa:

Se quem mais te conhece te trata como idiota, é o caso de no mínimo avaliar com carinho a possibilidade de que tu realmente o seja.

Fui perdendo o contato com o Fabio Bianchini quando descobri, numa idade em que as pessoas costumam deixar o metal de lado, que eu era metaleiro. Mas continuei admirador do cara, e agradeço ao Facebook por eu ter retomado contato com seus comentários sempre legais.

Soube da existência de Fabrício Calado perto do ano 2000, no grupo de e-mails do site da Revista Zero. Sua praia musical, naquela época e acho que até hoje, é o metal extremo. Ele é muito fã do Neurosis e do Gorefest, por exemplo. Ele provavelmente não lembra, mas as propagandas que ele fazia no grupo da Zero do fórum newmetal.com.br acabaram despertando em mim a curiosidade de dar uma chegada lá. No fórum descobri muita gente legal e muitas – mas muitas mesmo – bandas excelentes que escuto até hoje: Neurosis, Electric Wizard, Velvet Cacoon, Xasthur, Om, etc etc. Apesar de eu não conhecê-lo pessoalmente, foi na lista da Revista Zero e no fórum newmetal.com.br que passei admirar seu gosto musical, sua visão sempre original das coisas, seu humor às vezes sombrio e quase sempre divertido. Um exemplozinho bem recente – e que ainda não compartilhei no Facebook – situa a coisa:

Ia escrever algo aqui sobre a manifestação do dia 16, mas os lados esquerdo e direito do meu cérebro começaram a trocar acusações de petralhismo e coxinhismo, baixou a polícia do pensamento e pôs tudo em ordem. Deixa.

Fui perdendo o contato com o Fabrício Calado quando ele saiu do fórum newmetal.com.br. Mas continuei admirador do cara, e agradeço ao Facebook por eu ter retomado contato com seus comentários sempre originais (ele nunca foi jornalista cultural, e hoje parece ainda mais interessado em política e economia do que antes).

Quem sabe não seja assim tão absurdo que eu situe estes dois jornalistas num mesmo cantinho do cérebro, né?

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