novembro 2017

“Condenada”, de Chuck Palahniuk
Literatura
“Condenada”, de Chuck Palahniuk
26 de novembro de 2017 at 20:35 0
Madison é a filha de uma atriz e de um produtor de cinema, ambos ricaços. Quando ela aparece no início de “Condenada”, do romancista americano Chuck Palahniuk (LeYa, 304 páginas), está presa em uma cela no inferno, para onde foi levada depois da morte por overdose de maconha (!). O inferno é um lugar hostil: a primeira dica que os outros moradores de lá lhe dão é que “não tocasse nas grades das celas”, porque são gosmentas. Ela também não deveria comer as guloseimas do chão, endurecidas como se fossem pedras. De vez em quando chega uma entidade demoníaca, entediada, e come um dos seus vizinhos de cela – mas, como ali a danação é eterna, os engolidos voltam “à vida”. Madison e alguns amigos – a cheerleader bonita e vulgar, o punk, o nerd que sabia com detalhes a história de cada entidade demoníaca que atormenta os moradores do inferno – conseguem sair das celas e fazem uma excursão por lá. É quando Madison vai descobrindo a quantidade enorme de lugares nojentos do local: O Grande Oceano De Esperma Não Aproveitado, O Lago da Bile Tépida, O Mar de Insetos, As Grandes Planícies de Lâminas de Barbear Descartadas – isso sem contar o fedor e a sujeira que infestam boa parte do lugar. Sem transição, Madison, que conta o livro em primeira pessoa, descreve sua atividade como operadora de telemarketing: ela e outros moradores do inferno ligam para pessoas vivas na  Terra para atormentá-los, sempre na hora das suas refeições, com perguntas para pesquisas inúteis. Em outro momento, Madison e seus amigos atacam vários líderes maus do inferno – como Hitler e a Condessa Bathory, uma das maiores, senão a maior, assassinas em série da História – e assim conseguem um bando enorme de seguidores. E assim a vida da personagem no inferno vai sendo contada... (mais…)
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Literatura
Texto antigo sobre “Sim, Os Deuses Eram Astronautas”, de Erich von Däniken
24 de novembro de 2017 at 09:14 0
A Editora Nova Era (pertencente à Editora Record) está lançando Sim, Os Deuses Eram Astronautas (270 páginas), de Erich von Däniken. Esta é uma espécie de resposta ao famoso Eram os Deuses Astronautas?, livro do mesmo autor, lançado originalmente na década de 70. (mais…)
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“O Misantropo”, de Molière
Literatura
“O Misantropo”, de Molière
19 de novembro de 2017 at 19:46 0
Alceste é um sujeito correto. Correto demais, para falar a verdade. Não aceita hipocrisia. Fala a verdade, doa a quem doer. Um admirador dele, Oronte, lhe mostra um soneto e Alceste lhe responde que ele deveria parar com a poesia, já que o soneto é odioso. Reclama com seu amigo Philinte porque ele trata bem gente que não conhece direito, ou que tem má fama. Mas Alceste tem um ponto fraco: Célimène, garota por quem é apaixonado, é uma conhecida manipuladora dos sentimentos dos homens – mas dela o nosso Alceste perdoa tudo. Este é um resumo de “O Misantropo”, peça de Molière encenada pela primeira vez em 1666 (Jorge Zahar, 130 páginas, tradução de Barbara Heliodora). Na introdução da peça, Barbara Heliodora comenta que, em outras duas peças do francês Molière (1622-1673), “O Avarento” e “Tartufo”, já comentadas aqui, o dramaturgo criticava com cores fortes tanto a avareza do protagonista da primeira peça quanto a hipocrisia religiosa do da segunda. Ainda segundo Heliodora, em “O Misantropo”, “porém, a questão é muito mais sutil, e o protagonista é criticado por levar sua integridade a excessos que prejudicam seu relacionamento com o mundo em que vive. Alceste por certo não merece riso tão forte ou cruel” quanto os protagonistas de ‘O Avarento’ e ‘Tartufo’, “porém Molière, com seu exemplar bom senso, mostra o engano da integridade e da indignação moral quando há perda de perspectiva”. (mais…)
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Filmes assistidos recentemente
Cinema
Filmes assistidos recentemente
19 de novembro de 2017 at 13:36 0
Almas desesperadas (Don’t Bother to Knock, EUA, 1952), de Roy Ward Baker: Marilyn Monroe faz Nell, uma moça que vem do interior e é babá por um dia em Nova Iorque, graças à influência do seu tio - e nada dá certo. No seu primeiro papel importante, Marilyn é mais do que convincente no papel de uma moça desequilibrada. Resgate em alta velocidade (Getaway, EUA, 2013), de Courtney Solomon: Brent Magna (Ethan Hawke) está sendo chantageado por um sujeito misterioso (Jon Voight) que sequestrou a sua mulher e o obriga a correr de carro que nem um doido pelas ruas de Budapeste para salvá-la. Kid (Selena Gomez) era a dona do carro que Magna tinha roubado (obrigado pelo sujeito misterioso) e lá pelas tantas tenta recuperá-lo, e acaba virando parceira do chantageado. Divertido, viu? (mais…)
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“Ódio, Amizade, Namoro, Amor, Casamento”, de Alice Munro
Literatura
“Ódio, Amizade, Namoro, Amor, Casamento”, de Alice Munro
12 de novembro de 2017 at 21:56 0
Não é exatamente uma novidade para quem me conhece que eu gosto de ler. Muito. Prefiro ler do que assistir a séries no Netflix, por exemplo (nada contra séries, muito pelo contrário). Gosto de viagens longas de avião, longas esperas no aeroporto ou em filas de bancos quando posso ler – e eu muito, mas muito raramente mesmo, não carrego um livro comigo. Nem precisa ser um “bom livro” – um razoável já está bom. É difícil eu ler um livro muito ruim, aliás – e, mesmo quando isto acontece, sofro quando desisto de sua leitura no meio do caminho. Toda essa enrolação para dizer que “Ódio, Amizade, Namoro, Amor, Casamento” (Coleção Folha Grandes Nomes da Literatura, 342 páginas), da canadense Alice Munro, Prêmio Nobel de 2013, me trouxe um prazer que eu mesmo não estou acostumado a sentir em minhas leituras. Acho que o último livro que me trouxe algo semelhante foi “2666”, de Roberto Bolaño, que devo ter lido aí por 2010, e que eu me enrolava para ler com pena de terminá-lo. (mais…)
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Justin Bieber – Allianz Parque, São Paulo (1/4/2017)
Música, Shows e Espetáculos
Justin Bieber – Allianz Parque, São Paulo (1/4/2017)
8 de novembro de 2017 at 17:13 0
Foi com “Purpose”, disco de novembro de 2015, que Justin Bieber começou a querer ser tratado como um artista sério. Seu quarto álbum de estúdio é uma deliciosa mistura de faixas dançantes (“Get Used To It”, “Been You”), melancólicas (“Trust”, “Life Is Worth Living”, “Purpose”), delicadas (“What Do You Mean”, “Children”). O melhor são as mais viajantes, em que a rica produção musical parece querer levar o ouvinte para um lugar distante e bonito (“The Feeling”, “Where Are Ü Now”, com Jack Ü, “I’ll Show You”). Tudo isto com a belíssima interpretação de Justin Bieber, cantor de recursos vocais limitados, mas de timbre único. (mais…)
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Minhas músicas preferidas: 5. “The Way”, de Ariana Grande (feat Mac Miller)
Música
Minhas músicas preferidas: 5. “The Way”, de Ariana Grande (feat Mac Miller)
5 de novembro de 2017 at 13:37 0
Existem músicas do Morrissey que eu não curto. Existem músicas do Bones que eu não curto. Músicas dos $uicideboy$ que eu não curto. Músicas dos Stone Roses que eu não curto. Músicas do The Weeknd que eu não curto. Nada demais, né? Todo o mundo não curte algumas faixas de seus músicos preferidos. (mais…)
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Texto antigo sobre dois DVDs de Morrissey
Música
Texto antigo sobre dois DVDs de Morrissey
1 de novembro de 2017 at 10:54 0
É interessante observar as diferenças existentes entre os dois DVDs com videoclipes de Morrissey lançados recentemente no Brasil pela EMI.  (mais…)
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